A má alimentação já é considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas no Brasil, como diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e alguns tipos de câncer. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, mais de 57% da população brasileira apresenta excesso de peso, reflexo de uma dieta rica em alimentos ultraprocessados, açúcares e sódio, e pobre em frutas, verduras, legumes e grãos integrais.
O problema não está apenas no que se come, mas também na forma como a rotina alimentar tem sido negligenciada. Horários irregulares, refeições rápidas e baixo consumo de alimentos in natura contribuem para um cenário de desequilíbrio nutricional, que muitas vezes passa despercebido até que se manifeste em forma de doença.
Segundo a nutricionista Patrícia Campos, do Instituto Nacional de Alimentação e Saúde, a mudança de hábitos deve começar com pequenas escolhas no dia a dia. “Optar por alimentos menos industrializados, reduzir o consumo de refrigerantes e embutidos e aumentar a ingestão de fibras e água são medidas simples que fazem grande diferença a longo prazo”, afirma.
Além do impacto individual, a má alimentação representa também um problema de saúde pública, gerando custos elevados ao sistema de saúde e comprometendo a qualidade de vida da população. Para combater esse cenário, o Ministério da Saúde lançou recentemente novas campanhas de educação alimentar, com foco em escolas públicas, postos de saúde e redes sociais.
Especialistas alertam que cuidar da alimentação é um investimento direto em bem-estar físico e mental. “Uma dieta equilibrada é o alicerce para prevenir doenças, melhorar o humor, a disposição e até o sono”, diz a médica nutróloga Renata Diniz.
Em um país que convive com o excesso de peso e a insegurança alimentar, garantir acesso a comida de verdade e informação de qualidade é um passo essencial para uma sociedade mais saudável e consciente.
Má alimentação é fator de risco silencioso e afeta mais da metade dos brasileiros
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