PT fecha apoio a Hugo Motta, e PL prepara lista de pedidos a candidato de Lira

Política
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Os principais partidos da Câmara dos Deputados tiveram movimentos contrastantes na tarde desta quarta-feira, 30, sobre a eleição na Casa. Enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL), o Partido Liberal (PL) terminou sua reunião com a bancada sem definição.

 

A ala bolsonarista defende uma postura mais intransigente na disputa, com uma lista de reivindicações para condicionar o apoio a determinado candidato ou até mesmo uma candidatura própria. Por outro lado, um grupo majoritário quer apoiar Motta, nome do próprio Lira para sua sucessão.

 

A costura feira por Lira para conseguir amplo apoio ao seu nome na disputa pela sucessão, no entanto, vem desagradando bolsonaristas. Nesta semana, Lira tirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto de lei que prevê anistiar os bolsonaristas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques de 8 de Janeiro e o transferiu a uma comissão especial - o que deve atrasar a sua tramitação. O projeto é peça-chave para a tentativa de reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

 

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) deixou o auditório nesta quarta-feira chamando Lira de o "pior presidente da Câmara na história do Brasil". Ele diz que a bancada deve divulgar nos próximos dias uma longa lista de demandas para condicionar o apoio da bancada.

 

Júlia Zanatta (SC), por sua vez, defendeu postergar a discussão de modo a dar tempo para viabilizar uma candidatura que agrade a ala bolsonarista. A deputada, da tropa de choque de apoio a Bolsonaro na Câmara, se incomoda com o apoio dos petistas a Motta.

 

"Alguns deputados têm desejo por candidatura própria, mas acho que foi bastante entendido que esse encaminhamento do (apoio a) Hugo Motta já é uma realidade no partido. Estamos formando essa maioria dos deputados", afirmou o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ). "Diante do posicionamento da maioria da bancada, isso (candidato próprio) está descartado".

 

A medida teve apoio de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e o próprio ex-presidente, mas desagradou a deputados federais, como Caroline de Toni (SC), presidente da CCJ e que colheria os louros por ter aprovado uma pauta tão estimada pela militância bolsonarista. Os parlamentares têm relatado pressão cada vez maior do eleitorado para dar um jeito de atenuar a punição aos condenados. Algumas penas chegam a 17 anos de prisão.

 

A insatisfação dos deputados vêm ao lado de uma sensação de que eles não podem fazer nada para acelerar a tramitação da anistia. Os parlamentares dizem que Lira ofertou ao PL que a comissão especial daria seu parecer ainda neste ano, mensagem reverberada pelo próprio Bolsonaro na terça-feira, mas eles mesmos descreem que isso pode acontecer. Um deles lembrou que foi numa comissão especial, inclusive, que o voto impresso foi derrubado na Câmara dos Deputados.

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O FBI, a polícia federal americana, afirmou nesta quinta-feira, 2, que o ataque com uma caminhonete em Nova Orleans, no Estado da Louisiana, nos EUA, foi orquestrado sozinho pelo motorista em um "ato de terrorismo". Ele atropelou e matou cerca de 15 pessoas na última quarta-feira, 31, dia de Ano Novo.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o motorista havia postado vídeos em redes sociais horas antes do ataque dizendo que se inspirava no Estado Islâmico, expressando desejo de matar civis.

O FBI identificou o motorista como sendo Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos. Autoridades ainda não divulgaram os nomes das pessoas que foram mortas neste ataque, mas as famílias e os amigos das vítimas têm compartilhado suas respectivas histórias. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas.

Bombas encontradas

O FBI informou ainda que suposto autor do ataque com uma caminhonete em Nova Orleans que deixou 15 mortos também tinha colocado duas bombas caseiras nas ruas do French Quarter, onde ocorreu o ataque.

"Obtivemos imagens de câmeras de vigilância nas quais Jabbar é observado colocando os artefatos no local onde foram encontrados", na Bourbon Street e em outra rua vizinha, declarou Christopher Raia, alto funcionário da agência, em coletiva de imprensa.

O ataque em Nova Orleans

Cerca de 15 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas depois que um veículo atropelou uma multidão durante a noite de ano-novo em Nova Orleans. Depois de avançar com a caminhonete em alta velocidade, o motorista trocou tiros com a polícia e morreu.

No carro que o suspeito dirigia foram encontrados uma bandeira do Estado Islâmico, armas e "potenciais dispositivos explosivos improvisados", segundo o FBI, que investiga o ataque como ato de terrorismo.

Ligação com Las Vegas

Inicialmente, havia uma suspeita de que o ataque poderia ter alguma relação com o que aconteceu em Las Vegas, onde um homem explodiu um carro da Tesla em frente a um hotel de Donald Trump, presidente eleito dos EUA que tomará posse em 20 de janeiro.

Tanto Jabbar quanto Matthew Livelsberger, que explodiu o carro em Las Vegas, serviram na mesma base americana como soldados do Exército - Jabbar era veterano e Livelsberger da ativa. E os carros haviam sido alugados por meio do mesmo aplicativo, de acordo com as investigações iniciais. A hipótese, porém, foi descartada pelas autoridades, que dizem que Jabbar agiu sozinho. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A pessoa que morreu na explosão da picape Cybertruck, da Tesla, em frente a um hotel do presidente eleito do país, Donald Trump, em Las Vegas, era um soldado da ativa do exército americano, de acordo com informações de oficiais dos Estados Unidos à Associated Press. O autor de outro ataque - o atropelamento que matou 15 pessoas em Nova Orleans - também foi do Exércio e serviu na mesma base.

Dois agentes oficiais, que falaram à AP na condição de anonimato, já que não estão autorizados a discutir a investigação em andamento, identificaram a pessoa que estava no carro como sendo Matthew Livelsberger.

Três oficiais dos EUA disseram que Livelsberger era um soldado da ativa do Exército que passou um tempo servindo na base antes conhecida como Fort Bragg, uma instalação gigantesca no Estado da Carolina do Norte, casa das forças especiais do exército. Esses oficiais também falaram em anonimato pois não poderiam discutir a natureza do serviço de Livelsberger.

A explosão da caminhonete aconteceu horas depois de um motorista, de 42 anos, ter atropelado e matado ao menos 15 pessoas na cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana.

Shamsud-Din Bahar Jabbar, autor do ataque, foi morto pela polícia local. O ataque está sendo investigado como ato terrorista, e as autoridades acreditam que ele não agiu sozinho.

Jabbar era um veterano do exército dos EUA e também passou um tempo na base de Fort Bragg, mas um oficial afirmou à reportagem que, até agora, não há conhecimento sobre uma possível sobreposição nas funções de ambos no local.

As autoridades, porém, buscam saber se há alguma ligação entre os casos, por conta dessa possível proximidade e também pelo fato de os carros terem sido alugados por meio do mesmo aplicativo. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

Os militares israelenses afirmam que tinham como alvo um membro importante do aparelho de segurança interna do Hamas em um ataque na Faixa de Gaza que, segundo as autoridades palestinas, matou outras nove pessoas, incluindo três crianças.

O ataque atingiu uma tenda em uma zona humanitária declarada por Israel, conhecida como Muwasi, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas estão abrigadas em tendas durante o inverno.

Os militares disseram que Hossam Shahwan, um oficial superior da força policial dirigida pelo Hamas em Gaza, esteve envolvido na recolha de informações utilizadas pelo braço armado do Hamas em ataques às forças israelenses.

O major-general Mahmoud Salah, outro alto oficial da polícia, também foi morto no ataque. Os militares dizem que os militantes do Hamas se escondem entre civis e culpam o grupo pelas suas mortes na guerra de quase 15 meses. Fonte: Associated Press