Bolsonaro grava vídeo em apoio a Trump e diz que está inelegível 'sem ter cometido crime'

Política
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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo em apoio ao ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. Na mensagem, divulgada no domingo, 3, Bolsonaro disse que Trump é "a certeza de um mundo melhor" e se apresentou como um líder brasileiro que está "inelegível sem ter cometido um crime sequer".

 

"Em nome dos brasileiros que amam a Deus, amam o Estado de Israel, respeitam a família, a propriedade privada, o livre-comércio e a liberdade de expressão, os nossos votos de sucesso. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, inelegível sem ter cometido um crime sequer. Estamos juntos", disse o ex-presidente no vídeo de apoio a Trump

 

Bolsonaro disse que Trump é o "maior líder conservador da atualidade" e distribuiu elogios ao líder norte-americano.

 

Segundo o ex-presidente brasileiro, uma eventual volta de Trump ao poder vai garantir um cenário de paz e o "retorno da liberdade".

 

"Em seu governo, os Estados Unidos projetavam poder. Não tivemos guerras e a paz se fez presente em todo o globo. Hoje, vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos. A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor, sem guerras, terrorismo e o retorno da liberdade em toda a sua plenitude", disse Bolsonaro.

 

O ex-presidente brasileiro está inelegível até 2030, após ser condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Ele sofreu outro revés no mesmo tribunal por abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada nas comemorações do 7 de Setembro de 2022.

 

Bolsonaro tomou uma posição diferente do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na última sexta-feira, 1° de novembro, o petista declarou apoio à vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris.

 

Citando o ataque golpista promovido por apoiadores de Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, durante a contagem de votos do Colégio Eleitoral para formalizar a vitória eleitoral de Joe Biden, Lula afirmou que Kamala é a melhor escolha para o fortalecimento da democracia do país.

 

"A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA", disse o presidente brasileiro em entrevista ao canal de TV francês TF1. "Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. Esse modelo ruiu", completou Lula.

 

A eleição nos Estados Unidos vai ocorrer nesta terça-feira, 5, e vai definir quem será o 47° comandante do país. O cenário está indefinido, com as principais pesquisas de intenção de voto divergindo sobre qual candidato está na liderança.

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O Exército da Ucrânia disse nesta quinta-feira, 21, que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental durante a madrugada contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Autoridades ocidentais não confirmaram a informação e um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora norte-americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional. O Kremlin ainda não se manifestou sobre o tema.

Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou um míssil balístico intercontinental, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Em comunicado divulgado no aplicativo de mensagens Telegram, a Força Aérea da Ucrânia apontou que o míssil balístico intercontinental teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam.

O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk.

O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan.

O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia. COM AP

A Câmara dos Deputados do México aprovou na quarta-feira, 20, a polêmica reforma constitucional que contempla a abolição de sete organizações autônomas, que nas últimas duas décadas garantiram o direito à informação, forneceram dados sobre pobreza e educação e preveniram a corrupção em vários setores.

O projeto de lei foi aprovado pela Câmara com 347 votos a favor e 128 contra, e voltará a ser debatido na quinta-feira em outra sessão, na qual serão discutidas as ressalvas feitas por parlamentares pró-governo e opositores à decisão. No entanto, espera-se que seja aprovado sem dificuldades, uma vez que o partido governista Morena tem o controle do Congresso. A reforma seguirá então para o Senado para aprovação final.

A reforma faz parte de um pacote de leis promovido pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador sete meses antes de deixar o governo. Se aprovada, a mudança levará ao desaparecimento do: Instituto Nacional de Transparência, Acesso à Informação e Proteção de Dados Pessoais (INAI); Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social (Coneval); Comissão Federal de Concorrência Econômica (Cofece); Instituto Federal de Telecomunicações (IFT); Comissão Nacional de Melhoria Contínua da Educação (Mejoredu); o Comissão Reguladora de Energia (CRE); e Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH).

Embora as funções desempenhadas por estas entidades sejam transferidas para outros órgãos oficiais, a reforma tem gerado preocupação entre especialistas, ativistas e relatores especiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles alertam que o desaparecimento das sete organizações - que operam independentemente dos poderes públicos - enfraquecerá a democracia e limitará as ações de combate à corrupção, de monitoramento da concorrência e de elaboração de políticas públicas. Fonte: Associated Press

O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão, nesta quinta-feira, 21, contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e integrantes da cúpula do Hamas, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade devido à guerra em Gaza e aos ataques de outubro de 2023 que desencadearam a ofensiva de Israel na Palestina.

A decisão transforma Netanyahu e os outros em suspeitos procurados internacionalmente e é provável que os isole ainda mais e complique os esforços para negociar um cessar-fogo para pôr fim ao conflito de 13 meses. Mas as suas implicações práticas podem ser limitadas, uma vez que Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos, não são membros do tribunal e vários integrantes do Hamas foram posteriormente mortos no conflito.

Netanyahu e outros líderes israelenses condenaram o pedido de mandados do procurador-chefe do TPI, Karim Khan, como vergonhoso e antissemita.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também criticou o promotor e expressou apoio ao direito de Israel de se defender contra o Hamas. O Hamas também rechaçou o pedido. Fonte: Associated Press.