Eleições 2026: MBL fará prévia entre deputado cassado e comentarista para definir candidato

Política
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O Movimento Brasil Livre (MBL) quer lançar um candidato à Presidência da República em 2026. O plano é realizar uma prévia entre o ex-deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, e o empresário e comentarista da Jovem Pan, Cristiano Beraldo. O vencedor seria candidato pelo Missão, partido que o grupo trabalha para criar antes do próximo pleito.

 

Em um congresso neste sábado, 23, o MBL informou já ter recolhido 809.357 mil assinaturas, das quais ao menos 200 mil já foram validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As validações precisam ser encerradas até novembro de 2025, dois anos após o início do processo.

 

Um partido em formação precisa obter o apoio de eleitores não filiados a nenhuma sigla que corresponda a pelo menos 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos nove Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles. Com base nas eleições de 2022, esse número é atualmente de 547.455 assinaturas.

 

Após o reconhecimento das assinaturas, é necessário que a legenda registre diretórios em ao menos nove Estados e em seguida peça o registro do estatuto partidário e do diretório nacional no TSE. O Missão pretende lançar candidatos a deputado federal e estadual em todas as unidades da federação já na próxima eleição.

 

Arthur do Val está com os direitos políticos suspensos até 2030. Ele teve o mandato de deputado estadual cassado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2022, após vir à tona áudios gravados por ele durante uma viagem à Ucrânia em que afirma que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres" e compara a fila de refugiadas - ele viajou ao país no início da guerra contra a Rússia - à entrada de uma balada com mulheres bonitas. O então parlamentar renunciou ao mandato antes da cassação ser consumada, mas isso não impediu a suspensão dos seus direitos políticos.

 

Dessa forma, Do Val terá que vencer Beraldo na disputa interna do partido, mas também convencer a Justiça a permitir que ele se candidate novamente. O integrante do MBL apresentou um pedido de anulação do processo de cassação para recuperar seus direitos políticos. O juiz Otavio Tioiti Tokuda determinou, em maio, a extinção do processo antes mesmo de julgar o mérito da ação. Para o magistrado, a cassação é uma prerrogativa da Alesp e o Judiciário estaria interferindo em outro Poder se anulasse a medida.

 

Do Val recorreu da sentença, mas ainda não há uma nova decisão sobre o caso. No início do mês, o Ministério Público de São Paulo emitiu parecer no qual também considera que o Judiciário estaria interferindo no Legislativo se anulasse a cassação e defendeu a manutenção da decisão de 1ª instância que nem sequer julgou o pedido de Do Val.

 

O maior expoente do MBL é o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). O grupo ainda conta com o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) e com 13 vereadores eleitos, a maior parte deles em São Paulo - o principal nome é Amanda Vetorazzo (União-SP), eleita vereadora da capital paulista no mês passado com 40.144 votos.

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A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".