Lula teve febre, caso compatível com doença viral, diz médica da Presidência

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o chefe do Executivo estava com um estado "meio gripal" e "um pouco até sonolento" no começo da semana. Após esse diagnóstico, Lula foi submetido a exames que detectaram uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em outubro. Os exames do petista, porém, já se normalizaram.

 

A médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, disse que Lula teve febre no começo da semana em um quadro que se assemelhava ao gripal. "Os exames são compatíveis com um quadro viral, que ainda não conseguimos identificar o vírus responsável, porque nem todos os vírus a gente consegue identificar de forma pronta, mas os exames já se normalizaram", comentou Germoglio.

 

A médica afirmou que, no momento, não há mais sinal sugestivo de doença viral. "Pode ter sido uma concomitância de fatores que podem ter precipitado esse quadro inflamatório que chegou na hemorragia", disse.

Em outra categoria

A revista Time nomeou na quinta-feira, 12, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como pessoa do ano de 2024, a segunda vez que distingue o republicano com o reconhecimento. Trump já havia recebido a distinção em 2016, após vencer pela primeira vez as eleições presidenciais contra a democrata e favorita nas pesquisas Hillary Clinton.

A honraria concedida ao empresário que virou político é o resultado de sua recuperação, de um ex-presidente condenado ao ostracismo, que se recusou a aceitar sua derrota eleitoral quatro anos atrás, para um presidente eleito que conquistou a Casa Branca de forma decisiva em novembro.

"Por liderar um retorno de proporções históricas, por impulsionar um realinhamento político único em uma geração, por remodelar a presidência americana e alterar o papel dos Estados Unidos no mundo, Donald Trump é a Pessoa do Ano 2024 da Time", disse a revista em um comunicado.

Ele visitava a Bolsa de Valores de Nova York no momento que soube da nomeação. O republicano chamou o feito de "tremenda honra" ao tocar o sino de abertura da bolsa nesta quinta-feira pela manhã.

Trump, que venceu a vice-presidente Kamala Harris nas eleições de 5 de novembro, aparece na capa da publicação desta semana exibindo sua característica gravata vermelha e com uma pose pensativa.

"Hoje testemunhamos um ressurgimento do populismo, um crescente desconfiança nas instituições que definiram o século passado e uma erosão da crença de que os valores liberais levarão a uma vida melhor para a maioria das pessoas. Trump é ao mesmo tempo o agente e o beneficiário de tudo isso", escreveu o editor-chefe da Time, Sam Jacobs.

Este ano Trump foi condenado por acusações de fraude empresarial e quase foi assassinado duas vezes. No entanto, terminará 2024 preparando-se para retornar à Casa Branca com maiorias republicanas em ambas as câmaras do Congresso.

Influência de Trump

Tendo dominado os acontecimentos informativos de 2024, é provável que a influência de Trump continue quando ele assumir a presidência em 20 de janeiro.

O republicano promete expulsões em massa de imigrantes indocumentados e tarifas significativas que ameaçam abalar não apenas a economia dos Estados Unidos, mas também as de parceiros comerciais chave.

Ele colocou em dúvida a continuação do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia em sua luta contra a invasão russa, e já se tornou uma espécie de presidente sombra, hospedando líderes estrangeiros em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

Seu retorno - na capa da revista Time, mas também à frente do governo dos Estados Unidos - era impensável há alguns anos.

Após seus apoiadores invadirem o Capitólio em uma tentativa de reverter sua derrota eleitoral de 2020, parecia que os republicanos estavam prontos para se distanciar deste outsider impulsivo que havia tomado controle do partido.

Foram iniciados processos criminais por suas tentativas de anular as eleições de 2020 e foi declarado responsável em um tribunal civil por abuso sexual. Ele continua sendo uma figura controversa na política dos Estados Unidos e mundial.

No entanto, nada disso o impediu de conquistar a indicação republicana e depois ganhar as eleições gerais contra Kamala.

A democrata foi uma das finalistas para o prêmio da Time, junto com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, entre outros.

O prêmio, que é concedido anualmente, é um reconhecimento à figura mais influente do ano. Entre os ganhadores anteriores estão Taylor Swift e Volodmir Zelenski.

O G7 reafirmou seu compromisso com a Síria e disse que dá apoio para o processo de transição política que seja inclusivo e sob uma estrutura que leve a uma governança confiável, via comunicado publicado nesta quinta-feira, 12. A nota apela para que todas as partes preservem a integridade territorial e a unidade nacional da Síria, além de respeitar a independência e soberania do país.

"Reiteramos nosso apoio à Força de Observação de Desengajamento da Organização das Nações Unidas (ONU) monitorando as Colinas de Golã entre Israel e a Síria", cita.

O G7 ainda pontua a importância de responsabilizar o regime de Bashar Al-Assad pelos crimes cometidos e diz que trabalhará com outros parceiros para proteger e destruir os estoques sírios restantes de armas químicas.

"Temos esperança de que qualquer um que busque um papel no governo da Síria demonstre comprometimento com os direitos de todos os sírios, impeça o colapso das instituições estatais, trabalhe na recuperação e reabilitação do país e garanta condições para o retorno voluntário seguro de todos que fugiram", diz.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, defendeu seu decreto de lei marcial como um ato de governança e negou as acusações de rebelião nesta quinta-feira, 11 (noite de quarta-feira, 10, no Brasil) rejeitando as tentativas de impeachment lideradas pela oposição contra ele e as investigações sobre a medida da semana passada.

A declaração televisionada de Yoon veio horas antes de o principal partido liberal de oposição, o Partido Democrata, apresentar uma nova moção de impeachment contra Yoon. O partido de oposição planeja colocar a moção em votação no plenário neste sábado.

A tentativa anterior de impeachment de Yoon fracassou no último sábado, com os legisladores do partido no poder boicotando uma votação na Assembleia Nacional.

O decreto de lei marcial de Yoon em 3 de dezembro gerou caos político e protestos pedindo sua deposição. O presidente sul-coreano disse que a introdução da lei marcial tinha como objetivo defender a democracia liberal e a ordem constitucional do país diante do partido de oposição liberal, que, segundo ele, paralisou os assuntos do estado e ameaçou a constituição.

"Lutarei até o fim para impedir que as forças e os grupos criminosos responsáveis por paralisar o governo do país e perturbar a ordem constitucional da nação ameacem o futuro da República da Coreia", afirmou Yoon.

Yoo disse que seu decreto de lei marcial foi um ato de governança que não pode ser objeto de investigações e não equivale a uma rebelião. "A oposição agora está fazendo uma dança de facas de caos, alegando que a declaração da lei marcial constitui um ato de rebelião. Mas foi realmente?" Yoon disse.

Na quarta-feira, 11, o gabinete de Yoon resistiu a uma tentativa da polícia de revistar o complexo.

O foco principal da investigação é descobrir se Yoon e outros altos oficiais militares e governamentais envolvidos na imposição da lei marcial cometeram rebelião. Uma condenação por rebelião acarreta uma pena máxima de morte. Fonte Associated Press.