Ex-advogado de Zé Dirceu assume defesa de Braga Netto no inquérito do golpe que mira Bolsonaro

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O general Walter Braga Netto, preso no inquérito do golpe, contratou um novo advogado para cuidar de sua defesa. O criminalista José Luís Oliveira Lima assume o caso em um momento decisivo da investigação, às vésperas da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

Um dos criminalistas mais prestigiados do País, com trânsito nos tribunais superiores, José Luís Oliveira Lima trabalhou em casos de grande repercussão. Ele defendeu nomes como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães e o humorista Marcius Melhem.

 

Braga Netto foi preso preventivamente por tentar obstruir a investigação sobre o plano de golpe. Segundo a PF, ele tentou conseguir informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid para repassar a outros investigados e também alinhou versões com aliados.

 

A prisão do general é considerada pelos investigadores a mais importante até o momento. Braga Netto fez parte do primeiro escalão do governo Bolsonaro. Ele foi ministro da Casa Civil e da Defesa e, em 2022, foi vice na chapa do ex-presidente.

 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pretende apresentar denúncia no caso nos primeiros meses de 2025. Uma eventual delação de Braga Netto teria mais chances de prosperar antes de uma acusação formal da PGR.

 

A prisão de Braga Netto gerou inquietação entre oficiais da cúpula das Forças Armadas, preocupados com o momento político que atinge a caserna. O Superior Tribunal Militar (STM) deve julgar em breve os oficiais envolvidos no plano de golpe, inclusive generais. Cabe à Justiça Militar decidir sobre a cassação de suas patentes e também julgar crimes militares que podem ter sido cometidos em conjunto com os crimes comuns, cuja atribuição para julgamento é do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em outra categoria

A China e Índia concordaram nesta quarta-feira, 18, em trabalhar para encontrar uma solução para sua longa disputa de fronteira no Himalaia, após um impasse militar que começou com um confronto mortal em 2020.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China, após as conversas entre os representantes especiais sobre questões de fronteira, afirmou que os dois lados buscariam soluções "justas e razoáveis" e formulariam um roteiro, realizando as etapas mais fáceis primeiro e lidando com as mais difíceis depois.

Os representantes especiais pediram a continuidade da implementação do acordo de patrulha de fronteira e disseram que os países fortaleceriam os intercâmbios entre as fronteiras, incluindo a retomada das viagens de peregrinos indianos ao Tibete, segundo o comunicado chinês.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, disse que deseja discutir maneiras de colocar a Ucrânia em uma posição de força para quaisquer futuras negociações de paz com a Rússia durante uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e um pequeno número de líderes europeus.

Zelensky se reuniu hoje com a principal autoridade civil da Otan em sua residência em Bruxelas e Rutte afirmou que o objetivo com o líder ucraniano é de "discutir tudo o que tem a ver com a Ucrânia no momento e como garantir que possamos fazer o máximo para colocá-la em uma posição de força para um dia, quando decidir, iniciar conversas com os russos sobre como acabar com tudo isso".

A Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA, na sigla em inglês) disse em comunicado nesta quarta-feira que identificou atividades de espionagem cibernética realizadas por agentes afiliados ao governo da China que visavam a infraestrutura comercial de telecomunicações.

A agência recomendou enfaticamente que as pessoas altamente visadas do governo analisem e apliquem imediatamente as práticas recomendadas de usar somente comunicações criptografadas de ponta a ponta.