Alckmin critica posse de Maduro na Venezuela: 'Lamentável'

Política
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) classificou como "lamentável" a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na presidência da Venezuela. Em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 10, Alckmin reiterou a posição brasileira de não reconhecer as eleições que reconduziram o chavista ao poder. Segundo ele, "a democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se manifestou sobre a posse.

Ministros do governo brasileiro também se manifestaram contra a posse de Maduro. O ministro dos Transportes, Renan Filho, classificou o líder venezuelano como um "ditador incansável" e disse que a tomada do governo "pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada". O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o evento foi "um ataque aos princípios democráticos" e defendeu liberdade e prosperidade para o povo venezuelano.

Apesar da manutenção de um relacionamento diplomático básico com o país vizinho, o Brasil segue pressionando pela divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. A embaixadora Glivânia Oliveira foi enviada a Caracas em um gesto de protocolo, enquanto o governo evitou enviar líderes de alto escalão.

A posse de Maduro, marcada por protestos e críticas, contou apenas com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, como chefe de Estado presente.

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem evitado aproximações de alto escalão com a Venezuela. A tensão entre os dois países se intensificou após a exclusão da Venezuela do BRICS, durante a reunião do bloco em 2024, decisão tomada pelo Brasil em resposta à falta de transparência no processo eleitoral venezuelano.

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Quinze países árabes e islâmicos divulgaram nesta quinta-feira, 23, um comunicado conjunto condenando "nos termos mais fortes" a aprovação pelo Knesset - a Assembleia Legislativa de Israel - de dois projetos de lei que buscam "impor a chamada 'soberania israelense' sobre a Cisjordânia ocupada e sobre os assentamentos coloniais ilegais".

Segundo a nota, as medidas representam uma "violação flagrante" do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto é assinado por Qatar, Jordânia, Indonésia, Paquistão, Turquia, Djibuti, Arábia Saudita, Omã, Gâmbia, Palestina, Kuwait, Líbia, Malásia, Egito, Nigéria, além da Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica.

Os signatários reafirmam que "Israel não tem soberania sobre o território palestino ocupado" e recordam a opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que considerou ilegais a ocupação e a construção de assentamentos.

Os países também saúdam a nova opinião consultiva da CIJ, emitida em 22 de outubro, que reafirmou a obrigação de Israel, sob o direito humanitário internacional, de garantir à população dos territórios ocupados "os suprimentos essenciais à vida diária" e de permitir o acesso da ajuda humanitária.

Por fim, o grupo "alerta contra a continuidade das políticas unilaterais e ilegais de Israel" e pede à comunidade internacional que assuma responsabilidade para garantir o direito dos palestinos de estabelecer "seu Estado independente e soberano nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como capital".

O presidente russo, Vladimir Putin, instou a criação de um modelo de inteligência artificial (IA) avançada da Rússia, em discurso feito nesta quinta-feira, 23. Na ocasião, ele disse que a falta de um modelo próprio pode, eventualmente, minar a soberania do país e os tornar dependentes da tecnologia fornecida por outros . "Podemos criar modelos de IA soberanos, não copiar os de outra pessoa. Podemos perder a soberania por causa disso", afirmou Putin.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a reunião com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa ser preparada e que o encontro incerto entre os dois líderes, que aconteceria em Budapeste, na Hungria, foi proposto pelos próprios norte-americanos, segundo informações da agência estatal russa RIA.

Segundo a RIA, Putin disse querer manter o diálogo com os EUA e minimizou os efeitos das sanções norte-americanas sobre a economia russa.

Ele afirmou que a contribuição da Rússia para o balanço energético global é muito significativa e teria discutido com Trump o impacto da situação do fornecimento de petróleo russo sobre os preços globais, inclusive nos EUA. "O setor energético da Rússia está confiante, embora certas perdas sejam esperadas", afirmou, segundo a agência.

A Interfax informa que Putin disse que, apesar do pouco impacto na economia, as sanções dos EUA prejudicam a relação com a Rússia. "É muito provável que Trump quisesse dizer que a reunião foi adiada", ponderou, ao se referir a fala da quarta-feira do presidente dos EUA.