Quem é a juíza reintegrada após aposentadoria compulsória que vai receber R$ 5,8 mi?

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte, de Mato Grosso, que conseguiu na Justiça o direito de receber R$ 5,8 milhões após ser afastada por investigação em um esquema de corrupção, foi homenageada pela Justiça do Estado pela "qualidade dos serviços prestados", em 2008.

 

Juanita atuou como juíza na comarca de Várzea Grande e recebeu a honraria da Corregedoria-Geral da Justiça naquele ano. De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), os magistrados reconhecidos à época foram escolhidos pelo "comprometimento em atingir as metas".

 

Em agosto do ano passado, a juíza se candidatou para uma das vagas de desembargador do tribunal, mas não foi eleita pelos critérios de antiguidade e merecimento.

 

Dois meses depois, em dezembro, a magistrada recebeu um novo reconhecimento pela "desempenho e eficiência" na 2ª Turma Recursal do tribunal.

 

"É uma honra receber este certificado, ver pela primeira vez as Turmas sendo agraciadas. Ter o nosso trabalho reconhecido é, de fato, recompensador. Foi uma grata surpresa", disse na cerimônia, como registrou o site do Tribunal de Mato Grosso à época.

 

A comarca comandada por Juanita conquistou o prêmio na categoria Diamante, com índices superiores a 96,5% de aproveitamento, segundo o TJ.

 

Juanita chegou a ser aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010, órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, na esteira de um dos maiores escândalos de corrupção que atingiu o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Escândalo da Maçonaria. Ela retornou ao cargo em 2022, por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)

 

Até a publicação deste texto, o Estadão não havia conseguido contato com a juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte.

 

Ao retornar ao tribunal, Juanita foi designada para jurisdicionar o Oitavo Juizado Especial Cível de Cuiabá, em Mato Grosso. Os valores que a magistrada deverá receber são referentes a diferenças salariais referentes aos 12 anos em que ficou afastada das funções.

 

Durante julgamento do CNJ em 2010, o ministro Ives Gandra Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), explicou em seu voto que Juanita atuou como laranja do esquema que ficou conhecido como o Escândalo da Maçonaria. A magistrada e outros nove juízes punidos pelo CNJ receberam, segundo o voto do ministro, dinheiro do tribunal, a título de pagamentos atrasados, que foram entregues à Loja Maçônica Grande Oriente, onde o então presidente da Corte, desembargador Mariano Alonso Ribeiro Travassos, era grão-mestre.

 

Segundo Ives Gandra Filho, Juanita recebeu o dinheiro do tribunal para repassar à maçonaria. A investigação da Corregedoria da Corte revelou desvios de R$ 1,4 milhão dos cofres da Justiça de Mato Grosso para uma loja maçônica, entre 2003 e 2005.

 

Em maio do ano passado, Juanita tomou posse como na Academia Mato-Grossense de Magistrados (Ama), entidade de fomento da discussão jurídica no Estado.

Em outra categoria

Mark Carney, ex-banqueiro central do Canadá e do Reino Unido, declarou formalmente nesta quinta-feira, 16, seu interesse em suceder Justin Trudeau como líder do Partido Liberal e primeiro-ministro do país, prometendo uma agenda econômica focada em tirar o país de um período de crescimento estagnado.

Carney revelou suas intenções a uma multidão em Edmonton, Alberta, a cidade do oeste canadense onde passou a maior parte de sua juventude. "Não sou o único liberal no Canadá que acredita que o primeiro-ministro e sua equipe desviam sua atenção da economia com muita frequência. Não perderei o foco", disse.

Pouco depois de seu anúncio formal, a Brookfield Asset Management informou que Carney havia deixado o cargo de presidente da gestora de ativos e que o executivo-chefe Bruce Flatt assumiria a função. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso de despedida na noite da quarta-feira, 15, focado na defesa da democracia e no alerta à sociedade norte-americana sobre os perigos de poderes não controlados, mencionando uma "oligarquia" de ultra-ricos que está se enraizando no país e um "complexo tecnológico-industrial" que está infringindo os direitos dos norte-americanos e o futuro.

Biden, que deixará o cargo na segunda-feira, 20, ao meio-dia, rotulou o círculo do presidente eleito Donald Trump como uma oligarquia, alarmando sobre o acúmulo de poder e riqueza entre um pequeno grupo.

"Hoje, uma oligarquia está tomando forma na América de extrema riqueza, poder e influência que literalmente ameaça toda a nossa democracia, nossos direitos e liberdades básicos, e uma chance justa para todos progredirem", disse Biden, chamando a atenção para "uma perigosa concentração de poder nas mãos de algumas pessoas ultra-ricas. Consequências perigosas se seu abuso de poder não for controlado".

Invocando os avisos do presidente Dwight Eisenhower sobre o complexo militar-industrial quando ele deixou o cargo, ele acrescentou: "Estou igualmente preocupado com o potencial surgimento de um complexo tecnológico-industrial que pode representar perigos reais para o nosso país também."

O democrata evitou focar-se em exaltar seu legado presidencial e, em vez disso, enraizou sua própria experiência na vida pública no contexto da democracia norte-americana.

Ele não está deixando a Casa Branca da maneira que esperava, depois de uma desistência na tentativa de reeleição e preocupações generalizadas nos Estados Unidos sobre seu estado de saúde para governar.

"Depois de 50 anos no centro de tudo isso, sei que acreditar na ideia da América significa respeitar as instituições que governam uma sociedade livre", disse ele, antes de citar algumas delas - incluindo a presidência, a imprensa e os tribunais - que Trump passou anos atacando. "Os americanos estão sendo soterrados por uma avalanche de desinformação", o que permite "o abuso de poder", afirmou.

Biden também pediu uma emenda constitucional para acabar com a imunidade de presidentes em exercício, depois que a Suprema Corte concedeu a Trump amplas proteções contra responsabilidade criminal no ano passado por seu papel na tentativa de minar sua derrota para Biden em 2020. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse nesta quinta-feira, 16, que uma "crise de última hora" com o Hamas está impedindo a aprovação israelense do acordo aguardado para interromper os combates na Faixa de Gaza que irá libertar dezenas de reféns. Netanyahu disse que seu gabinete não se reunirá para aprovar o acordo até que o Hamas recue, o acusando de renegar partes do acordo na tentativa de obter mais concessões.

Izzat al-Rashq, alto funcionário do Hamas, disse que o grupo "está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores".

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o principal mediador, Catar, anunciaram o acordo na quarta-feira , que visa libertar dezenas de reféns mantidos em Gaza e encerrar uma guerra de 15 meses que desestabilizou o Oriente Médio e gerou protestos em todo o mundo.

O gabinete de Netanyahu já havia acusado o Hamas de voltar atrás em um entendimento anterior que, segundo ele, daria a Israel o poder de veto sobre quais prisioneiros condenados por assassinato seriam libertados em troca de reféns.