Bolsonaro volta a criticar inelegibilidade, mas evita responder sobre 'plano B'

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta sexta-feira, 31, sua inelegibilidade, mas evitou responder se acredita na reversão das penas e não cravou um "plano B" para as eleições de 2026. Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, o ex-presidente disse que as condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são "negações à democracia". Bolsonaro voltou a utilizar um paralelo com a ditadura da Venezuela. "Igual na Venezuela, torna inelegível os concorrentes", disse, referindo-se aos casos de María Corina Machado e Edmundo González.

 

Bolsonaro evitou responder se acredita, de fato, que poderá reverter as decisões da Justiça Eleitoral até a eleição presidencial de 2026. Ele está inelegível até 2030. Também não houve resposta sobre um eventual "plano B" para seu grupo político.

 

Na semana passada, em entrevista à CNN Brasil, o ex-chefe do Executivo avaliou nomes da direita que poderiam disputar o cargo caso ele não reverta sua situação na Justiça Eleitoral.

 

Bolsonaro não descartou candidatura dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no próximo pleito. Ele admitiu ainda que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ser um nome, mas depois recuou.

 

Críticas a Marcos Pontes

 

Bolsonaro retomou as críticas à candidatura de Marcos Pontes (PL-SP) à presidência do Senado. O Congresso elege novos presidentes neste sábado, dia 1º de fevereiro.

 

O senador paulista mantém uma candidatura à revelia do partido, que apoiará Davi Alcolumbre (União Brasil), favorito para retomar o cargo que exerceu entre 2019 e 2021. O ex-presidente queixou-se da justificativa de Pontes de que mantinha a candidatura ao comando da Casa para honrar o seu eleitorado.

 

Segundo Bolsonaro, os votos de Pontes, na verdade, são votos dele. "Não se elegeu deputado federal em 2018, em 2022 foi o senador mais votado. Agora o voto é dele", disse o ex-presidente.

 

Em 2014, Marcos Pontes foi candidato a deputado federal pelo PSB. Obteve 43.707 votos e não foi eleito. Em 2018, Pontes foi o segundo suplente na chapa ao Senado do bolsonarista Major Olímpio, do PSL, eleito com 9.039.717 votos, a maior votação para o cargo no Estado.

 

Foi ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro de 2019 a 2022. No mesmo ano, foi eleito senador da República por São Paulo, com 10.714.913 de votos.

 

Jair Bolsonaro afirmou que, se eleito, Alcolumbre fornecerá espaços ao PL nos cargos do Senado. "Em apoiando [Davi Alcolumbre], vamos ter a vice-presidência e duas comissões boas, além da relatoria do orçamento", disse.

Ainda sobre o Senado, expressou que a prioridade do PL para 2026 serão os pleitos para a composição da Casa. "Ano que vem, serão mais importantes eleições para senadores do que para governadores", afirmou.

 

Cassação de Carla Zambelli

 

Bolsonaro expressou ainda apoio à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), cassada nesta quinta-feira, 30, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paulista.

"Ela foi cassada por abuso de liberdade de expressão", disse o ex-presidente. Cabe recurso da decisão do TRE, que não atinge o mandato da parlamentar de imediato.

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Oficiais da administração Trump estão explorando maneiras de desafiar o status de isenção fiscal de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, em uma movimentação que alguns funcionários do Serviço Interno da Receita (IRS, em inglês) temem que possa danificar a abordagem apolítica da agência.

Em reuniões que duraram horas e continuaram durante um fim de semana recente, advogados do IRS exploraram se poderiam alterar as regras que governam como grupos sem fins lucrativos podem ser negados o status de isenção fiscal, disseram as pessoas.

As reuniões começaram a acontecer logo depois que a administração Trump nomeou um novo advogado interino de topo na agência, Andrew De Mello, que Trump havia nomeado para um posto diferente em seu primeiro mandato. De Mello discutiu privadamente as regras de organizações sem fins lucrativos com oficiais da agência, incluindo aqueles da divisão de isenção fiscal, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Outro oficial sênior do IRS, Gary Shapley, disse separadamente em pelo menos uma reunião que está dando prioridade à investigação do status de isenção fiscal de um grupo selecionado de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com suas declarações. Shapley fez os comentários como o vice-chefe da unidade de investigações criminais. Shapley, que também é conselheiro do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, não nomeou quaisquer grupos específicos, disseram as pessoas.

Oficiais da administração Trump fora do IRS também tiveram conversas contínuas sobre como potencialmente mirar no status de isenção fiscal e dotações de organizações sem fins lucrativos por meses, disse um oficial da administração.

Um oficial da Casa Branca na sexta-feira, 2, disse que a administração atual não está envolvida em decisões sobre o status de isenção fiscal de qualquer instituição, incluindo a de Harvard. É crime para o presidente, o vice-presidente ou certos outros oficiais de topo solicitar uma auditoria ou investigação específica do IRS.

(Com Dow Jones Newswires)

O presidente dos Estados Unidos e o perfil oficial da Casa Branca no X (antigo Twitter) publicaram na sexta-feira, 2, nas redes sociais, uma imagem em que Donald Trump aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

A imagem foi divulgada na plataforma TruthSocial, de propriedade do presidente, e mostra Trump em trajes papais, incluindo uma mitra e um cordão dourado com uma cruz, sentado em uma cadeira de estrutura dourada e com o dedo indicador direito apontando para o céu.

O perfil oficial da Casa Branca também publicou a imagem, sem texto.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

Apesar da piada, ele disse que não tem uma preferência. "Temos um cardeal de um lugar chamado Nova York que é muito bom. Vamos ver o que acontece", afirmou.

O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, não está entre os principais cotados, mas outro americano aparece na lista: o cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, em Nova Jersey. Nunca houve um papa dos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama, Melania, participaram, em Roma, do funeral do papa Francisco.

A postagem ocorre poucos dias após a morte do Papa Francisco e às vésperas do início do Conclave no Vaticano, onde 133 cardeais se reunirão na Capela Sistina a partir de quarta-feira, 7, para eleger o novo pontífice.

Projeções apontam que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi reeleito nas eleições realizadas neste sábado, sendo o mais novo líder de inclinação à esquerda a alcançar uma vitória, enquanto o presidente americano, Donald Trump, agita os mercados globais e desestabiliza os assuntos internacionais.

O Partido Trabalhista de Albanese estava projetado para ganhar o maior número de assentos na Câmara dos Representantes do país, onde os governos são formados, derrotando o bloco conservador que inclui os partidos Liberal e Nacional, segundo a Australian Broadcasting Corp.

Muitas disputas ainda estavam acirradas e sem definição, sinalizando que o partido de Albanese pode não alcançar a maioria absoluta na câmara de 150 assentos. Isso significa que os trabalhistas precisarão se unir a partidos menores e legisladores independentes para governar.

A eleição é o último retrato de como os eleitores estão reagindo a uma ordem mundial em mudança à medida que Trump mira países com tarifas, se aproxima da Rússia e usa retórica dura sobre os aliados tradicionais de Washington. Pesquisas mostram que eleitores na Austrália, Canadá e no Reino Unido veem os Estados Unidos mais desfavoravelmente desde que Trump assumiu o cargo.

(Com Dow Jones Newswires)