Bolsonaro aparece 'de surpresa' em reunião de Tarcísio com prefeitos sobre enchentes

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu a uma reunião, nesta segunda-feira, 3, entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e prefeitos de cidades afetadas pelas chuvas nos últimos dias.

 

O governador deu a entender que a aparição não havia sido planejada. "Olha só quem apareceu de surpresa por aqui! Sempre uma honra, presidente", escreveu em seu perfil no X, antigo Twitter.

 

A publicação mostra o momento em que o ex-presidente chega e é aplaudido pelos presentes. Ele cumprimenta alguns participantes, senta-se à mesa e fala ao microfone.

 

A reunião, marcada para as 15h, ocorreu no Palácio dos Bandeirantes. Estiveram presentes o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e o vice-prefeito, Ricardo de Mello Araújo (PL), que também registrou a chegada de Bolsonaro no evento em seu Instagram.

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, se ofereceu para aceitar deportados dos EUA de qualquer nacionalidade, incluindo criminosos americanos violentos atualmente presos nos Estados Unidos.

"Ele se ofereceu para abrigar em suas prisões criminosos perigosos detidos em nosso país, incluindo aqueles com cidadania americana e residência legal", declarou Rubio à imprensa após sua reunião com Bukele.

Praticamente não há precedentes na era contemporânea de um país democrático enviando seus próprios cidadãos para prisões estrangeiras.

"Nenhum país jamais fez uma oferta de amizade como essa (...) Estamos profundamente agradecidos. Conversei com o presidente Trump sobre isso hoje cedo", disse o chefe da diplomacia americana.

Rubio sugeriu que a transferência de presos se concentraria em membros de gangues como a MS-13 (de El Salvador, Honduras e Guatemala) e o Tren de Aragua, da Venezuela, que adquiriram a cidadania americana.

"Qualquer imigrante ilegal nos Estados Unidos que seja um criminoso perigoso - MS-13, Tren de Aragua, o que for -... ele ofereceu suas prisões", acrescentou Rubio.

Depois que Rubio falou, um funcionário dos EUA disse para a agência Associated Press que o governo Trump não tinha planos atuais para tentar deportar cidadãos americanos, mas disse que a oferta de Bukele era significativa. O governo dos EUA não pode deportar cidadãos americanos e tal movimento seria enfrentado com desafios legais significativos.

O acordo que Rubio descreveu para El Salvador aceitar cidadãos estrangeiros presos nos Estados Unidos por violar as leis de imigração dos EUA é conhecido como um acordo de "terceiro país seguro". Isso significaria que os EUA poderiam deportar migrantes não salvadorenhos para El Salvador.

Bukele desfruta de grande popularidade por sua ofensiva contra as gangues, baseada em um regime de exceção que, desde 2022, levou à prisão de cerca de 83 mil pessoas sem ordem judicial. Muitos dos detidos são inocentes, segundo grupos de direitos humanos, que criticam a medida.

Símbolo dessa guerra contra as gangues, o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), considerada a maior prisão da América Latina, foi inaugurado por Bukele há dois anos nos arredores de Tecoluca, a 75 km ao sudeste de San Salvador.

A prisão, cercada por enormes muros de concreto, foi projetada para 40.000 detentos, mas atualmente abriga cerca de 15.000 membros das gangues MS-13 e Barrio 18, que aterrorizaram a população salvadorenha por décadas.

A política de segurança de Bukele reduziu os homicídios a níveis históricos em El Salvador, segundo seus críticos, às custas dos direitos humanos.

Rubio estava visitando El Salvador para pressionar um governo amigo a fazer mais para atender às demandas do governo Trump por uma grande repressão à imigração em meio à turbulência em Washington sobre o status da principal agência de desenvolvimento estrangeiro do governo. (Com agências internacionais).

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a União Europeia (UE) precisará se engajar em "negociações difíceis, mesmo com parceiros de longa data", diante da ameaça de novas tarifas ao bloco europeu pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Ela ressaltou que, na busca por acordos com outras nações, a UE terá de, em certos momentos, "concordar em discordar".

Em discurso, Von der Leyen destacou que o bloco poderá "ter de trabalhar com países que não compartilham da nossa visão de mundo, mas que possuem alguns interesses em comum conosco". Segundo ela, "o princípio básico da diplomacia neste novo mundo é manter o foco no objetivo" e aceitar que, ocasionalmente, será preciso ceder em alguns pontos para avançar em outros.

A dirigente também alertou para o aumento no uso de ameaças e de ferramentas de coerção econômica, como sanções e tarifas. "Vimos como as coisas podem escalar rapidamente. A Europa protegerá sua segurança econômica e nacional, mas também é fundamental que encontremos o equilíbrio certo", afirmou.

Von der Leyen classificou os EUA como "o país com o qual temos os laços mais fortes" e ressaltou que a parceria tem sido "a base da prosperidade" ao longo da maior parte do século. "Compartilhamos muitas das mesmas preocupações - seja em relação à estabilidade regional ou à economia global. Queremos que essa parceria funcione. E não apenas por nossos laços históricos, mas porque é um bom negócio."

Para a presidente da Comissão, a ideia de um mundo pautado por crescente cooperação e hiper-globalização já está "ultrapassada". "Grandes temores estão de volta - das mudanças climáticas à IA, passando pela migração e pelo medo de ser deixado para trás. E isso também se reflete nas relações internacionais. Países estão transformando suas fontes de força em armas uns contra os outros. Já estamos em uma era de geopolítica hipercompetitiva e hipertransacional", concluiu.

O Ministério do Comércio da China anunciou nesta terça-feira (4) a imposição de tarifas sobre diversos produtos fabricados nos Estados Unidos, em contraposição à taxação de bens chineses em 10% anunciada no sábado, 1º, pelo presidente americano, Donald Trump.

O carvão e o gás liquefeito serão taxados em 15%, enquanto o petróleo, as máquinas agrícolas e os veículos de grande potência americanos terão tarifas de 10%.

Na segunda-feira, 3, a Casa Branca informou que o Trump conversaria com o presidente da China, Xi Jinping, ainda nesta terça. Ainda na segunda, o governo americano suspendeu em 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos com origem no México e no Canadá após abrir negociações com os dois países sobre o controle das fronteiras. Fonte: Associated Press.