Eduardo Paes venceria eleição para governador do RJ em primeiro turno, diz pesquisa

Política
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), venceria a eleição para governador do Estado em primeiro turno se o pleito fosse hoje, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira, 27, pelo instituto Paraná Pesquisas.

Paes tem 57% das intenções de voto no cenário estimulado, quando os nomes dos políticos são apresentados aos entrevistados. O deputado estadual Rodrigo Barcellar (União), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), aparece em segundo lugar, com 10,4%, seguido do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), com 8,3%. O empresário Ítalo Marsili aparece com 1,6%.

Os que disseram votar em branco ou nulo são 16,7%, enquanto 6% não souberam ou não responderam.

Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados respondem em quem votariam, sem uma lista prévia de candidatos, Paes lidera com 7,6% das intenções de voto, seguido pelo atual governador do Estado, Cláudio Castro (PL), com 4% - que foi reeleito em 2022 e, por isso, não pode disputar novo mandato.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aparece com 1%. Neste cenário, 80,3% dos entrevistados não souberam ou não opinaram.

O levantamento também simulou três cenários para a disputa ao Senado. No primeiro cenário estimulado, Flávio Bolsonaro aparece com 39,8% das intenções de voto, e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) tem 27,2%.

A ex-deputada Clarissa Garotinho (União-RJ) tem 18,4%; o ex-deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), 15,1%; a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, 14,5%, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), 13,7%; e o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), 11,3%. Outros 10,9% disseram que vão votar em branco ou anular o voto, enquanto 4,7% não souberam ou não responderam.

No segundo cenário, Flávio Bolsonaro obteve 38,8% das intenções de voto. Benedita da Silva se mantém em segundo lugar com 26%, seguida de Cláudio Castro, com 23,4%. Na sequência estão Clarissa Garotinho com 17%, Anielle Franco com 14,6%, Alessandro Molon com 14,4% e Pedro Paulo com 12,8%. Nesta simulação, 10,1% dos eleitores vão votar em branco ou anular o voto e 4,5% não souberam ou não responderam.

No terceiro cenário, Flávio Bolsonaro aparece com 40,2% das intenções de voto, seguido de Benedita da Silva com 27,4% e Clarissa Garotinho com 19%. Alessandro Molon aparece com 15,7%, seguido de Anielle Franco com 15,4%, Pedro Paulo com 14% e o senador Carlos Portinho (PL-RJ) com 6,5%. Outros 10,8% dos eleitores escolheram votar em branco ou anular o voto, enquanto 5,1% não souberam ou não responderam.

Avaliação do governo de Cláudio Castro

Os entrevistados também opinaram sobre a atual gestão do governador Cláudio Castro. Segundo a pesquisa, 49% dos fluminenses desaprovam o atual governo, enquanto 46% aprovam a gestão. Além disso, 35,1% dos eleitores avaliam a administração como ruim ou péssima.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas pessoais, entre os dias 19 e 23 de maio de 2025. Foram ouvidos 1.680 eleitores em 58 municípios. Tal amostra representativa do Estado do Rio de Janeiro confere à pesquisa um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,4 pontos porcentuais para os resultados gerais.

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu nesta terça-feira, 27, um alerta máximo para seus cidadãos sobre os "riscos severos" de viajar à Venezuela. A Venezuela recebeu o nível mais alto de advertência, "Nível 4: Não Viaje", devido a perigos graves que incluem "detenção injusta, tortura durante a detenção, terrorismo, sequestro, práticas policiais injustas, crimes violentos, agitação civil e atendimento médico inadequado".

Segundo comunicado, "os cidadãos americanos na Venezuela enfrentam um risco significativo e crescente de detenção injusta". "As forças de segurança venezuelanas têm detido cidadãos americanos por até cinco anos sem respeito ao devido processo legal, em condições duras, incluindo tortura, frequentemente com base apenas na nacionalidade ou no passaporte americano".

O alerta destaca ainda que não há embaixada ou consulado dos EUA operando na Venezuela. "As autoridades venezuelanas não notificam o governo dos Estados Unidos quando cidadãos americanos são detidos, nem permitem que funcionários americanos os visitem", cita.

O governo dos EUA ressalta que "americanos que viajam para a Venezuela para visitar entes queridos ou familiares de cônjuges enfrentam os mesmos riscos que outros viajantes" e que "familiares de cidadãos americanos muitas vezes são detidos junto com eles". Além disso, "a dupla cidadania, visto venezuelano, viagens passadas à Venezuela ou trabalho no país não protegem os americanos do risco de detenção pelo regime de Maduro".

O Departamento de Estado dos EUA recomenda que qualquer cidadão americano na Venezuela deixe o país imediatamente e que "quem possuir cidadania ou qualquer status de residência americano deve sair da Venezuela sem demora, incluindo aqueles que viajam com passaporte venezuelano ou de outro país".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta terça-feira, 27, um aumento na produção nacional de armamentos para fortalecer a defesa do país contra a Rússia. Em comunicado, Zelensky revelou que realizou "uma longa reunião com os militares" para discutir o planejamento estratégico e a ampliação da capacidade bélica ucraniana.

Segundo o presidente, estão sendo mobilizadas "centenas de empresas ucranianas" que já "entregam resultados para as Forças de Defesa da Ucrânia" e o número deve crescer. Ele ressaltou que o foco está especialmente em "drones, mísseis" e outros armamentos de longo alcance, capazes de "controlar a situação na linha de frente, preservar a vida de nossos soldados e agir a longa distância".

Zelensky também anunciou negociações para atrair investimentos internacionais na indústria bélica local, principalmente com parceiros europeus. Ele afirmou que está "preparando novos acordos com nossos parceiros na Europa para investimentos diretamente na produção ucraniana", que podem ser anunciados "em breve".

Entre os armamentos citados pelo líder ucraniano estão "drones de ataque, interceptadores, mísseis de cruzeiro, balística ucraniana", todos elementos chave que, segundo ele, "devem ser produzidos por nós".

A declaração de Zelensky ocorre após a Rússia ter lançado, na noite desta segunda-feira, 26, o maior ataque de drones e mísseis contra a Ucrânia.

O ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert afirmou nesta terça-feira, 27, que o país está "cometendo crimes de guerra" contra os palestinos na Faixa de Gaza. Em um artigo de opinião no jornal israelense Haaretz, Olmert apontou que milhares de palestinos inocentes estão morrendo, assim como soldados israelenses, por conta das ações do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Ele é o primeiro ex-chefe de governo israelense a se manifestar contra a guerra na Faixa de Gaza. Olmert foi primeiro-ministro de Israel entre 2006 e 2009. Ele foi membro do partido Likud, o mesmo de Netanyahu, de 1973 a 2006, e migrou para o Kadima, onde permaneceu até o fim da legenda em 2015.

"O governo de Israel está atualmente travando uma guerra sem propósito, sem metas ou planejamento claro e sem chances de sucesso", disse Olmert. O ex-primeiro-ministro avalia que as vítimas palestinas estavam atingindo "proporções monstruosas" nas últimas semanas.

Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que não diferencia civis de combatentes, cerca de 50 mil palestinos já morreram desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O conflito foi iniciado no dia 7 de outubro de 2023, após os ataques terroristas do Hamas, que deixaram 1,2 mil mortos em Israel e 250 sequestrados.

Em seu artigo de opinião, Olmert apontou que a guerra se tornou um "conflito político privado". O ex-primeiro-ministro disse que por meses defendeu as atitudes de Israel em Gaza, classificando-as como justas, mas agora não pode mais dizer isso.

"Tinha convicção de que o governo não estava atingindo civis de Gaza indiscriminadamente, mas agora não posso mais dizer isso. O que estamos fazendo em Gaza agora é uma guerra de devastação: matança indiscriminada, ilimitada, cruel e criminosa de civis. É o resultado de uma política governamental - ditada de forma consciente, perversa, maliciosa e irresponsável", avalia o ex-primeiro-ministro.

Olmert é um crítico do governo Netanyahu e suas declarações sobre a guerra foram criticadas por membros do governo israelense.

Plano para a Faixa de Gaza

As críticas de Olmert ocorrem após o gabinete de segurança de Israel aprovar um plano para ocupar 75% da Faixa de Gaza e destruir toda a infraestrutura do território palestino. Os civis de Gaza seriam encurralados em uma "zona humanitária" em Rafah, cidade que fica no sul de Gaza, perto da fronteira com o Egito. Segundo o plano, para os palestinos permanecerem nesta zona voluntária, eles deverão concordar com uma "saída voluntária" do território para outro país.

A iniciativa israelense foi aprovada em conjunto com uma ideia ventilada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de saída dos palestinos de Gaza para a reconstrução do território.

O plano foi rejeitado por países árabes e ocidentais, mas recebido com entusiasmo pelo núcleo duro da coalizão de Netanyahu, que já tinha ventilado a possibilidade de sugerir a saída voluntária de palestinos de Gaza para a construção de novos assentamentos israelenses no local.

A deportação forçada ou transferência de uma população civil é uma violação do direito internacional e um crime de guerra, segundo especialistas.

De acordo com uma reportagem da Associated Press (AP) do dia 14 de março, EUA e Israel contataram autoridades de três governos do leste da África para discutir o uso de seus territórios como possíveis destinos para o "reassentamento de palestinos" retirados da Faixa de Gaza.

Os contatos com Sudão, Somália e a região separatista da Somália conhecida como Somalilândia refletem a determinação dos EUA e Israel de seguir adiante com um plano que foi amplamente condenado e levantou sérias questões legais e morais. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)