Lula diz não acreditar que eleição nos EUA com Trump tenha influência no pleito do Brasil

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou na manhã desta quinta-feira, 8, o poder de influência das eleições americanas no cenário brasileiro. Mesmo com a nova ascensão do ex-presidente Donald Trump, que pode voltar a concorrer à presidência nos EUA, Lula disse não acreditar que isso signifique que o Brasil está no mesmo trilho.

 

"Eu sinceramente não acredito que a eleição do Trump venha a ter influência na eleição brasileira, porque nunca teve. Acho que o Trump é uma questão americana, é a loucura americana, e o outro (Bolsonaro) foi a loucura aqui", disse. "Eu acho que o povo está cansado disso, acho que o povo está querendo um pouco de paz', continuou o presidente, em entrevista à Rádio Itatiaia.

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Em uma nova provocação ao país vizinho, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou na terça-feira, 7, em suas redes sociais, um mapa no qual o Canadá aparece como parte dos Estados Unidos. Trump postou a imagem em sua rede Truth Social um dia após ter afirmado, depois de o primeiro-ministro Justin Trudeau anunciar sua renúncia, que o Canadá deveria se fundir com os Estados Unidos - um comentário que irritou o país vizinho.

"Os comentários do presidente eleito Trump demonstram uma total incompreensão do que faz do Canadá um país forte. Nunca recuaremos perante as ameaças", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Melanie Joly, ao jornal X. Pouco depois, o primeiro-ministro Trudeau, acrescentou: "O Canadá nunca, mas nunca fará parte dos Estados Unidos."

Trump mencionou pela primeira vez o "Estado 51" durante um jantar com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no final de novembro.

Segundo a Fox News, o republicano brincou dizendo que, se o Canadá não pudesse arcar com tarifas de 25% sobre suas exportações para os EUA, então o país deveria ser incorporado pelos EUA. Desde então, passou a chamar Trudeau de governador.

Em dezembro, ele voltou a repetir em sua rede social a ideia de transformar o Canadá no 51º Estado de seu país, em meio à crise política no país vizinho. "Muitos canadenses querem que o Canadá se torne o 51º Estado", publicou. "Economizariam demais em impostos e proteção militar. Acho que é uma ótima ideia. Estado 51!!!", acrescentou.

Falando com a imprensa menos de duas semanas antes de tomar posse em 20 de janeiro, Trump reiterou na terça-feira suas ambições territoriais para seu segundo mandato - especialmente com Canal do Panamá e Groenlândia - e não descartou o uso de força militar para assumir o controle dos territórios.

"Desde que vencemos as eleições, a percepção do mundo é diferente. Pessoas de outros países me telefonaram e disseram: 'Obrigado, obrigado'", afirmou Trump, ao apresentar sua agenda para os próximos quatro anos.

Eliminar a fronteira "artificialmente traçada" entre os Estados Unidos e o Canadá seria uma grande ajuda para a segurança nacional, ressaltou o republicano.

Ele disse, no entanto, que não usaria força militar para invadir o país, que abriga mais de 40 milhões de pessoas e é um parceiro fundador da Otan.

Em vez disso, afirmou que confiaria na "força econômica" ao lançar o déficit comercial dos EUA com o Canadá - uma nação rica em recursos naturais que fornece aos EUA commodities como petróleo bruto e petróleo - como um subsídio que estaria chegando ao fim.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que irá colaborar com o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A fala aconteceu durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 8, após ser questionada se as falas do republicano de que o país latino é governado por grupos criminosos afetaria a relação bilateral entre as nações.

"No México, quem governa é o povo, fui eleita por ele. Vamos nos entender com o governo de Trump, estou segura disso", disse ela.

Sheinbaum destacou a importância de defender a soberania mexicana, como país livre e independente.

"Vamos colaborar com tudo que pudermos, desde temas comerciais até segurança e imigração", pontuou a presidente.

Sem confirmar se estará presente na posse do norte-americano, ela ressaltou que acredita que a relação México e Estados Unidos "será boa".

O Irã libertou a jornalista italiana Cecilia Sala, cuja prisão em Teerã no mês passado havia despertado temores de uma longa crise de reféns. Sala estava em um voo de volta para a Itália, disse o gabinete da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em um comunicado na quarta-feira, 8.

Não foi possível determinar se Roma havia tomado uma decisão paralela sobre a detenção do empresário iraniano Mohammad Abedini, que foi preso em Milão em nome dos EUA dias antes de Sala ser presa no Irã.

O histórico do Irã de prender ocidentais como vantagem levou as autoridades italianas a acreditar que Teerã estava segurando Sala como moeda de troca para garantir a libertação de Abedini.

O Departamento de Justiça dos EUA havia solicitado sua extradição da Itália para que ele pudesse ser julgado por supostamente exportar ilegalmente tecnologia de drones dos EUA para o exército iraniano.

O Ministério da Cultura do Irã, que lida com o credenciamento de jornalistas estrangeiros no país, confirmou a libertação de Sala. As autoridades iranianas nunca disseram do que Sala foi acusado além de "quebrar as leis da República Islâmica". Fonte: Dow Jones Newswires