Pablo Marçal responde a advogado que o processa cobrando R$ 51 milhões: 'ápice do fracassado'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O empresário, coach e pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, se manifestou nesta quinta-feira, 2, pela primeira vez, sobre processo movido pelo advogado César Santos Crisóstomo, que cobra R$ 51 milhões por ter encontrado ações movidas pelo coach entre 2022 e 2023. Em uma palestra, o empresário chamou a atitude de "ápice do fracassado".

 

"O Estadão está me procurando porque eu falei que nunca processei uma pessoa e continuo falando. E o cara (advogado) não me acionou na Justiça pedindo R$ 50 milhões? Pediu, porque ele achou um processo meu (o advogado apresentou 9 ações e um HC). O processo: CNPJ de campanha eleitoral. Não me deixaram entrar no debate e eu fui pedir o direto de ir pelo povo. O que acontece? O cara entrou na Justiça pedindo R$ 50 milhões para mim. Eu falo 'mano', o que um cara desse o que ele faz na vida? É o ápice do fracassado", disse Marçal. "O cara fica cinco anos na faculdade de direito para fazer uma atrocidade dessa."

 

Na última quarta-feira, 1º, o Estadão revelou que o advogado cearense entrou com ação contra Marçal pedindo R$ 51 milhões por uma promessa feita pelo empresário durante uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, em março deste ano. Marçal disse, ao vivo, que pagaria US$ 1 milhão para a pessoa que encontrasse algum processo movido por ele "contra alguém" por "qualquer coisa".

 

Ao tratar do caso nesta quinta-feira, Marçal disse, ainda, que o "juiz, hoje, já falou 'onde você vai com essa conversa maluca sua?'". Ao contrário do que disse o empresário, a juíza (e não um juiz) da 2ª Vara Cível de Barueri, na Grande São Paulo, Daniela Nudeliman Guiguet Leal, apenas determinou o envio do caso para Santana do Parnaíba, onde mora Marçal, e pediu que o autor prove que precisa de fato de Justiça gratuita. Além disso, mandou excluir do polo da ação uma empresa de Marçal.

 

A discussão sobre a Justiça gratuita é relevante pois pode ter consequências em uma eventual condenação do autor a pagar honorários sucumbenciais caso perca a ação. Procurado, o advogado disse que vai se manifestar nos autos e apresentar documentação necessária.

 

Apesar de o coach atribuir os processos ao CNPJ de sua campanha, ele próprio aparece como representante em pelo menos uma das ações. Além disso, na promessa feita no programa Pânico, Marçal disse que poderiam também procurar pelas pessoas jurídicas relacionadas a ele: "Vamos fazer um desafio valendo US$ 1 milhão. Acha aí meu CPF e vê se eu processei alguém por conta de qualquer coisa. Ache um processo, eu processar... Meu amigo, ache um processo. Ache eu processando uma única pessoa", disse com relação às pessoas físicas. "Tem mais de 50 CNPJs, pode pegar, não existe processo. Rapaz, não tem como, eu que governo essa bodega, não aceito processar, não mexo com gente otária. A gente prospera tanto que não precisa ficar olhando para o lado, para gente otária", completou na ocasião.

Em outra categoria

O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.