Corte de gastos e de benefícios fiscais em SP: entenda as medidas de Tarcísio

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 23, as diretrizes gerais do plano "São Paulo na Direção Certa", como adiantou o Estadão. O pacote de medidas é para aumentar a arrecadação do poder público estadual, reduzir gastos da máquina pública e renegociar as dívidas do governo paulista.

 

Segundo Tarcísio, as medidas que podem ter o maior impacto no orçamento são a revisão dos benefícios fiscais concedidos pelo governo e a renegociação da dívida estadual com outros entes da federação. Também está previsto um corte de gastos na administração pública, mas essa medida exige um estudo técnico que ainda não foi apresentado.

 

"É um decreto que mostra a direção que o Estado vai tomar", disse o governador. O pacote também prevê um pente-fino na política de pessoal do governo paulista e novos meios para a geração de receita.

 

Revisão dos benefícios fiscais

 

Para aumentar a arrecadação, Tarcísio pretende rever os benefícios fiscais concedidos pelo governo paulista. O governador sugere que a proposta é revisar e extinguir incentivos "que não fazem sentido".

 

"Benefício que não faz sentido, não gera Capex (investimentos), não agrega emprego e não é determinante para a competitividade, ou seja, não tem o poder de alterar a participação no mercado, não serão renovados", explicou Tarcísio ao Estadão.

 

Segundo o governo estadual, o pente-fino nos benefícios poderia aumentar a arrecadação anual do Estado de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões. O estudo técnico sobre os incentivos fiscais afetados com a medida ficará a cargo da Secretaria da Fazenda.

 

Renegociação da dívida estadual

 

O governo paulista pretende negociar sua dívida com a União, ou seja, com o governo federal, e com outros Estados do País, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

 

Atualmente, as dívidas com esses entes estão fixadas com o pagamento do índice de inflação, o IPCA, mais uma taxa de juros de 4% ao ano. Tarcísio quer reduzir o indexador para a taxa do IPCA, mais 2% de juros (a.a.). O governador estima em R$ 4 bilhões a economia anual da revisão na taxa. As mudanças mais específicas nos termos da dívidas serão apresentadas pela pasta da Fazenda.

 

Extinção e reestruturação de órgãos públicos

 

O governo de São Paulo pretende reformular a administração pública estadual. Neste processo, órgãos públicos poderão ser extintos ou reestruturados. Segundo Tarcísio de Freitas, ainda não há definição quanto às repartições que serão afetadas e um estudo técnico sobre o tema ficará a cargo da Secretaria de Casa Civil. A pasta é comandada pelo secretário Arthur Lima, do PP, e deverá entregar o parecer em até 60 dias.

 

Além disso, Tarcísio pretende expandir as parcerias público-privadas (PPP) e dar mais autonomia às agências reguladoras, as entidades responsáveis pela fiscalização dos contratos e dos serviços firmados por meio de PPPs. Em até dois meses, o governador pretende encaminhar à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) um anteprojeto para a flexibilização das agências e das PPPs.

 

'Pente-fino' na folha de pagamento

 

Também está prevista a realização de uma auditoria na folha de pagamento do governo estadual e uma revisão nas políticas de pessoal. Esse "pente-fino" ficará a cargo da Secretaria de Gestão e Governo Digital, chefiada por Caio Paes de Andrade, ex-presidente da Petrobras. Além das medidas de fiscalização, Tarcísio de Freitas quer instituir uma "central de compras" para fiscalizar os gastos públicos.

 

Além de revisar os benefícios fiscais e a dívida do governo estadual, a Secretaria de Fazenda fornecerá um parecer sobre os gastos da máquina pública, apresentando propostas para reduzir as despesas com pessoal e de custeio das repartições públicas.

 

A coordenação do corte das despesas está sob responsabilidade da Fazenda, mas, de forma concomitante, cada um dos órgãos do governo estadual também deverá apresentar um plano próprio para a redução dos custos. Não é estabelecido um porcentual mínimo para a redução.

 

Quase todos órgãos públicos do governo do Estado estão sujeitos ao plano de reestruturação. As exceções são as universidades públicas, USP, Unicamp e Unesp, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

 

Outras medidas

 

No pacote, também estão previstas mais medidas com o foco de aumentar a arrecadação, como a ampliação de programas para a renegociação de dívidas tributárias, tanto de empresas quanto de pessoas físicas. Para gerar mais receita, o plano do governo estadual também cita a venda de imóveis e a antecipação de recebíveis.

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Os líderes europeus respaldaram os planos da Comissão Europeia para aumentar os gastos em defesa. A reunião de emergência nesta quinta-feira, 6, em Bruxelas foi convocada depois que Donald Trump deu uma guinada na política dos Estados Unidos para Europa e a Ucrânia. Apesar da sinalização de apoio a Kiev, contudo, a cúpula falhou em chegar a um consenso sobre a guerra.

Os 27 líderes da União Europeia aprovaram a medida apresentada por Ursula von der Leyen, que prevê flexibilizar as rígidas normas fiscais do bloco para que os países possam gastar mais com defesa. Eles também pediram que a Comissão Europeia explorasse novas formas "para facilitar gastos significativos com defesa em nível nacional em todos os Estados-membros", disse o comunicado.

A estimativa é que a medida libere 800 bilhões de euros para rearmar os países europeus. O plano foi anunciado depois que os Estados Unidos suspenderam o apoio militar à Ucrânia. E o encontro em Bruxelas foi vista como uma tentativa de mostrar união frente ao afastamento entre Washington em Kiev.

Ao chegar na cúpula, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski agradeceu pelo apoio que recebeu dos europeus. "Estamos muito agradecidos porque não estamos sozinhos", disse.

A Europa e a Ucrânia estão diante de "um momento decisivo", disse Ursula von der Leyen, ao receber Zelenski. "Temos que colocar a Ucrânia em posição de se defender sozinha", reforçou.

Apesar dos sinais de apoio à Ucrânia, os líderes da União Europeia falharam em chegar a um consenso sobre a defesa da Ucrânia, disse uma autoridade com conhecimento sobre a votação a portas fechadas em Bruxelas. Um país se recusou a assinar a declaração, disse a autoridade que falou sob condição de anonimato para discutir a cúpula em andamento, sem especificar de onde veio a divergência.

Segundo informações do The Guardian, foi a Hungria de Viktor Orbán, que não endossou a declaração da União Europeia, que pressionava contra as negociações propostas por Donald Trump e considerados benéficas para a Rússia. "Não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", dizia o rascunho da declaração.

Zelenski descreveu as conversas com líderes da União Europeia como produtivas. Ele reafirmou o compromisso da Ucrânia com a paz e propôs medidas que poderiam levar ao fim da guerra. Isso inclui um cessar-fogo nos céus, com a interrupção dos ataques aéreos com mísseis, drones e bombas, e no mar, com a paralisação das operações militares no Mar Negro.

"Consideramos essas medidas iniciais como um prólogo para um acordo mais amplo e abrangente. A guerra deve terminar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com nossos parceiros nos Estados Unidos e na Europa pela paz", escreveu Zelenski nas redes sociais ao anunciar que vai à Arábia Saudita na segunda-feira, como parte das negociações envolvendo a Ucrânia e os EUA.

Ucrânia anuncia negociações com EUA

Sem dar mais detalhes, Zelenski anunciou ainda que representantes ucranianos e americanos retomaram a cooperação e disse esperar por uma reunião "significativa" na semana que vem.

"A Ucrânia é a mais interessada na paz", escreveu Zelenski. "Como dissemos ao Presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando e trabalhará exclusivamente de forma construtiva para uma paz rápida e confiável."

A Ucrânia reclamava não ter sido chamada para as negociações dos Estados Unidos com a Rússia e reivindicava que o país vítima da agressão deveria estar presente em qualquer conversa sobre a paz. A relação ficou ainda mais delicada depois que Zelenski e Donald Trump protagonizaram um bate boca público durante encontro em Washington. Mais recentemente, Trump amenizou a briga em discurso para o Congresso dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Curtis Miller, de 29 anos, morador da cidade de Barry, Vale do Glamorgan, no País de Gales, sobreviveu a um ataque de um tubarão de 136 kg durante uma expedição de pesca com amigos em Mossel Bay, uma cidade portuária no Oceano Índico, localizada no Cabo Ocidental da África do Sul, no dia 28 de fevereiro. Ele precisou de 91 pontos após o incidente, mas sobreviveu. As informações são da BBC.

Miller e seus amigos estavam na perseguição de tubarões quando um tubarão-de-dentes-roxos, fisgado por um dos amigos, o atacou. Ao tentar mover o tubarão para cima das rochas segurando sua cauda, o animal virou-se e mordeu seu braço, ferindo três artérias de Miller.

Apesar da gravidade dos ferimentos, que surpreenderam a equipe médica, Miller passou apenas uma noite no hospital antes de retornar ao País de Gales. Ele disse à BBC que a parte mais difícil da experiência foi informar sua mãe sobre o ataque.

Miller, um entusiasta da pesca de grandes peixes, afirmou que o incidente não o desencorajou. Ele planeja retornar à África do Sul no próximo ano para continuar sua aventura na pesca de tubarões.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que deve se encontrar com "parceiros americanos" na Arábia Saudita na próxima segunda-feira, 10, depois de reuniões bilaterais com o príncipe herdeiro saudita, em meio a negociações para encerrar a guerra com a Rússia. Segundo comunicado do líder ucraniano, "como dissemos ao presidente Trump, a Ucrânia está trabalhando exclusivamente por uma paz rápida e confiável".

Zelensky também classificou como "produtivo" o dia marcado por encontros com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com o presidente da França, Emmanuel Macron, com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com outras autoridades da Europa. O presidente ucraniano afirmou que está "preparando propostas adequadas", junto aos parceiros europeus, para parar a guerra e "garantir a segurança" para os ucranianos.

"A guerra deve acabar o mais rápido possível, e a Ucrânia está pronta para trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com parceiros na América e na Europa pela paz", finaliza Zelensky.