Lula: Eu não gasto com universidade, eu invisto no futuro desse país

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu neste sábado, 29, sua avaliação de que os investimentos feitos pelo governo federal não podem ser vistos como "gasto", desta vez mencionando recursos direcionados para a área da educação.

"Não adianta alguém falar pra mim, Lula, você está gastando muito, em universidade, em instituto, em não sei das quantas, eu não estou gastando nada, eu estou investimento na juventude desse País, no futuro, porque eu sei quanto é importante a gente ter uma profissão, um menino, menina ter formação", disse o presidente.

Lula falou em evento realizado no Jardim Sônia Regina, em São Paulo, para anúncios de obras do Novo PAC Seleções: a extensão da Linha 5 Lilás do Metrô e a expansão dos institutos federais. Junto do presidente estavam os ministros das Cidades, Jader Filho, da Educação, Camilo Santana, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

"Vamos continuar fazendo universidade, fui hoje na zona leste e acabamos de lançar a pedra fundamental da faculdade da Zona Leste, por que não pode ter uma aqui? Vai pensando, Camilo Santana (ministro da Educação), no seu programa aqui", disse Lula.

O presidente afirmou que escolheu pela implantação de um Instituto Federal no Jardim Ângela pensando em reverter o "vazio educacional". "É onde tem menos possibilidade de as pessoas estudarem, falei a Camilo, a gente pode escolher onde quiser, mas vou querer o instituto federal no Jardim Angela", disse Lula, que cobrou pela construção de um cinema e de um teatro no espaço. Presente no evento, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse então que poderia ceder o centro cultural da Caixa para abrigar essas atividades.

O petista ainda apelou para que os jovens não deixem de estudar, especialmente as mulheres. "Vocês vão entender como a vida de vocês melhorar, sobretudo as meninas, para não depender Todo dia tem violência contra a mulher, se a mulher tiver uma profissão ela não vai aguentar homem ficar gritando no ouvido dela. Ela só vai ficar com o cara se ela gostar do cara e o cara respeitar ela. Por isso é extremamente importante vocês estudarem. Por isso cabe a nós darmos oportunidade a vocês. Isso aqui é a apenas o começo", afirmou.

No início do discurso, Lula se mostrou incomodado com a montagem da estrutura do evento, que, segundo o presidente, deixou a plateia sem iluminação. "É uma contradição que carrego de ver a diferença de cada lugar que visito no país. Isso é importante para marcar, na próxima vez, quem montar barraco desse, coloca uma luz para o presidente enxergar a cara das pessoas. Isso é um problema sério", afirmou.

Expansão do Metrô

O ministro das Cidades, Jader Filho, disse neste sábado, 29, que a expansão da linha Lilás do Metrô de São Paulo conta um investimento de R$ 1,7 bilhão, resultando num acréscimo de 4,3 km de extensão. Em evento realizado para marcar o anúncio das obras, Jader lembrou que o empreendimento tem financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e terá duas novas estações.

"Essa linha vai ter 4,3 km e investimento de R$ 1,7 bilhão. Esse financiamento, tanto da linha Verde quanto da linha Lilás é do BNDES. Terão duas novas estações, a do Jardim Ângela e do Comendador Santana, para que a mobilidade aqui possa melhorar", disse o ministro junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro da Educação, Camilo Santana, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Em discurso na cerimônia, Boulos afirmou que foi preciso Lula voltar ao governo federal para que recursos fossem liberados para a extensão do metrô até o Jardim Ângela, que no passado já foi considerado um dos bairros mais violentos do mundo, disse. "Eu até acho que o Lula em outra encarnação morou na Zona Sul, não é possível tanto benefício de uma vez só vindo para a Zona Sul", disse o pré-candidato, que recebeu o apoio do ministro da Educação em sua fala. "É um grande deputado federal, defensor do povo paulistano e do povo trabalhador", afirmou.

É a segunda agenda de Lula neste sábado na capital paulista. Durante a manhã, o presidente realizou o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou a necessidade de aumentar os investimentos em defesa na Europa, em meio às ameaças russas e ao conflito na Ucrânia. Em pronunciamento, Macron afirmou que a segurança europeia está diretamente ameaçada pela guerra na Ucrânia, que se transformou em um "conflito global".

"A Rússia segue aumentando seu orçamento de armamento para a guerra, e a Europa precisa conseguir se defender sozinha, sem ajuda dos EUA", declarou. Ele ressaltou que a paz no continente só será possível com o fortalecimento da capacidade militar europeia. "Precisamos tomar decisões agora para a segurança da Ucrânia e da UE", afirmou.

Macron mencionou que a França dobrou seus gastos militares nos últimos dez anos e que está trabalhando para aumentar os investimentos em defesa na Europa. "Faremos uma reunião com chefes de defesa europeus em Paris na semana que vem", anunciou, reforçando a importância de uma estratégia conjunta. O líder francês também abordou a "dissuasão nuclear", afirmando que as armas nucleares são um pilar de proteção para a França. Ele ainda sugeriu um debate sobre a extensão do "guarda-chuva nuclear" francês a outros parceiros europeus. No entanto, ele deixou claro que a decisão final sobre o assunto caberá exclusivamente ao presidente da França.

Ele destacou que a guerra na Ucrânia não será decidida pela Rússia ou pelos EUA, mas sim por um esforço coletivo. "Precisamos de um acordo que garanta paz duradoura na Ucrânia", disse, acrescentando que "a paz não pode ser conquistada se abandonarmos a Ucrânia".

O francês ainda criticou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alertando para os impactos negativos que elas podem ter não apenas na Europa, mas em todo o mundo. "As tarifas de Trump vão impactar a economia americana e a economia europeia", disse, acrescentando que é preciso convencer o republicano de que essas medidas não são positivas.

A Suprema Corte dos Estados Unidos, de maioria conservadora, manteve nesta quarta-feira, 5, o bloqueio à ordem do presidente Donald Trump que congelava US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em pagamentos a organizações de ajuda internacional.

Dividida, a Suprema Corte formou a estreita maioria de 5-4 para manter a decisão da instância inferior, exigindo que o governo faça os pagamentos devidos. O resultado é uma derrota para o governo, que buscava repreender o juiz distrital Amir Ali por suspender o corte de gastos de Donald Trump.

Apesar da maioria conservadora na Corte, essa foi a segunda vez que o governo tentou, sem sucesso, persuadir o Supremo a intervir imediatamente contra um juiz de instância inferior em disputas legais envolvendo ações de Trump na Casa Branca.

A maioria dos juízes observou que o governo não contestou a ordem inicial de Ali, apenas o prazo imposto - que, de qualquer forma, já havia expirado na semana passada.

A votação dividiu a ala conservadora da Corte, composta por seis do total de nove juízes. O presidente do Supremo, John Roberts, e a juíza Amy Coney Barrett, indicada pelo próprio Donald Trump, votaram com os três progressistas para manter a ajuda internacional.

Na divergência, Samuel Alito questionou a autoridade de Amir Ali para ordenar a liberação dos recursos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado.

"Um único juiz de distrito, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder de forçar o governo dos Estados Unidos a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", questionou.

"A resposta a essa pergunta deveria ser um sonoro 'Não', mas a maioria deste tribunal aparentemente pensa o contrário. Estou pasmo", disse Alito. Ele foi acompanhado na dissidência pelos conservadores Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.

O governo argumentou que a situação mudou porque substituiu o congelamento total decretado por Donald Trump por ordens individuais, resultando no cancelamento de 5,8 mil contratos da USAID e 4,1 mil concessões do Departamento de Estado, que totalizavam quase US$ 60 bilhões.

Na decisão, contudo, a Suprema Corte manteve a suspensão temporária de Amir Ali e instruiu o juiz a detalhar quais as obrigações devem ser cumpridas pelo governo. Na quinta-feira, Ali realizará uma audiência para decidir se mantém de forma mais duradoura o bloqueio ao decreto de Trump.

Entenda o caso

Logo após voltar à Casa Branca, Donald Trump ordenou o congelamento das contribuições da USAID e do Departamento de Estado a organizações de ajuda internacional. O decreto classificava os programas como desperdício de dinheiro e alegava que estariam desalinhados com os objetivos da política externa.

A ordem foi questionado na Justiça em ação que alertava contra a suspensão do financiamento de programas emergenciais em outros países.

O juiz Amir Ali, nomeado por Joe Biden, determinou no mês passado que o financiamento fosse restabelecido temporariamente. Passadas duas semanas, ele concluiu que o governo não demonstrava intenção de cumprir a ordem e estabeleceu o prazo para a liberação de pagamentos devidos.

O governo recorreu, classificando a ordem de Ali como "extremamente intrusiva e profundamente equivocada", além de protestar contra o prazo imposto para a liberação dos recursos.

O controvertido decreto é parte dos esforços de Donald Trump para cortar gastos do governo federal, em operação liderada pelo homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da USAID, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países. Trump disse que a agência é "administrada por lunáticos radicais", enquanto seu novo braço direito a descreveu como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Em declaração conjunta publicada nesta quarta-feira, 5, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido pediram que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas seja mantido, que todos os reféns sejam libertados e que o fluxo contínuo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza seja garantido.

"Solicitamos a todas as partes que se envolvam de forma construtiva na negociação das fases subsequentes do acordo para ajudar a garantir sua implementação total e o fim permanente das hostilidades. Saudamos os esforços do Egito, do Catar e dos EUA na mediação e na busca de um acordo para a extensão do cessar-fogo".

Os ministros ainda afirmaram que o Hamas deve pôr fim "a seu tratamento degradante e humilhante" e reiteraram a solidariedade com o povo israelense diante dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.