Boulos promete incentivo ao esporte e arrisca cobrança de pênalti em manhã de agendas

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, participou na manhã deste domingo, 18, de agendas de rua na zona leste da cidade. O primeiro ato de campanha do dia foi uma visita ao CDC Veneza Independente, clube desportivo da Vila Califórnia, bairro na Vila Prudente.

 

"CDCs são equipamentos importantes para a cidade de São Paulo. Hoje, lamentavelmente, a Prefeitura não tem investido", disse Boulos. Durante o ato, o candidato do PSOL esteve acompanhado do deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), do deputado estadual Jorge do Carmo (PT-SP) e do vereador de São Paulo Senival Moura (PT).

 

Boulos prometeu que, se eleito, investirá na implementação de "pontos de esporte" na capital paulista, nos mesmos moldes da Política Nacional de Cultura Viva, projeto do governo federal que, desde 2014, permite repasses diretos a entidades culturais. Para o candidato, a medida serviria a "CDCs como esses, ou àquele trabalho social que faz, por exemplo, o muay thai, o jiu-jitsu ou o boxe, dentro da comunidade e hoje sem apoio nenhum". "Vamos apoiar esse tipo de iniciativa, esporte e cultura", afirmou.

 

A crítica de Boulos, ao afirmar que hoje não há apoio às ações esportivas na cidade, tem como alvo à administração atual. Segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada no dia 8 de agosto, Boulos tem como principal adversário o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), com quem está em um cenário de empate técnico. O deputado tem 22% e o prefeito, 23%.

 

Questionado sobre desinformação e ofensas no período eleitoral, Boulos disse que eleição "não é brincadeira de internet". "Eleição é coisa séria, principalmente quando nós estamos falando da maior cidade do Brasil. Não é brincadeira de internet, não é lacração de rede social e não pode ser baixaria".

 

No último debate, promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), na quarta-feira, 14, Boulos e Pablo Marçal (PRTB), se envolveram em uma discussão que resultou em um tapa do psolista em uma carteira de trabalho que o influenciador usou para provocá-lo. O incidente ocorreu após o embate entre os dois no terceiro bloco do programa, quando ambos já haviam retornado aos seus lugares. Uma integrante da organização precisou intervir.

 

No ato deste domingo, Boulos ainda arriscou dois pênaltis no campo do CDC Veneza. Como atacante, converteu a cobrança; ao assumir o gol, foi deslocado pelo chute.

 

Jilmar Tatto, que acompanhou o candidato do PSOL nesta manhã, é deputado federal e ex-secretário da capital paulista. Em 2020, foi candidato à Prefeitura e concorreu contra Boulos, que tentava o Executivo paulistano pela primeira vez. Tatto terminou o primeiro turno daquela eleição em sexto lugar, com 461.666 votos, 8,65% do eleitorado. No segundo turno, Tatto declarou apoio ao psolista.

 

Nesta eleição, em decisão inédita, o PT não lançou um candidato próprio à Prefeitura de São Paulo, indicando Marta Suplicy como vice na chapa do PSOL.

 

Da Vila Califórnia, Boulos seguiu para uma caminhada na comunidade Vila Rosa, no Jardim Guanabara, e para uma passeata em Vila Prudente, na rua Coelho Neto.

Em outra categoria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que um acordo sobre os minerais ucranianos pode ajudar a garantir a soberania da Ucrânia. "Avançamos em passos significativos em nosso encontro. Conversamos sobre desejo de paz duradoura", afirmou Macron, em entrevista coletiva ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o recebeu nesta segunda-feira, 24, na Casa Branca após o republicano abrir espaço em sua agenda para o encontro.

Reiterando que compartilha do desejo de paz duradoura, Macron ressalvou que a paz não pode significar a rendição da Ucrânia. "Ninguém quer viver em um mundo em que os fortes podem violar fronteiras".

"Precisamos garantir paz para a Ucrânia e toda a região", afirmou, Macron. "Europa está comprometida com a paz duradoura. Europeus estão dispostos a fazer mais e ir mais longe", completou.