Reeleição dá o tom na vitória em 10 capitais; 15 terão segundo turno

Política
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Onze das 26 capitais decidiram a disputa às prefeituras em primeiro turno. Apesar das influências nacionais e partidárias, a questão local deu o tom. Assim, obtiveram a reeleição Tião Bocalom (PL) em Rio Branco; Arthur Henrique (MDB) em Boa Vista; Dr. Furlan (MDB) em Macapá; Bruno Reis (União Brasil) em Salvador; Eduardo Braide (PSD) em São Luís; João Campos (PSB) no Recife; João Henrique Caldas (PL) em Maceió; Topázio Neto (PSD) em Florianópolis; Lorenzo Pazolini (Republicanos) em Vitória; e Eduardo Paes (PSD) no Rio.

Em Teresina, a disputa também não terá segundo turno. A diferença em relação às outras dez capitais é que a vitória não ficou com o atual prefeito, Doutor Pessoa (PRD). Ele foi batido por Silvio Mendes (União). O quadro de resultados mostra ainda que, entre os vencedores, se destacam amplamente os partidos de centro e de direita.

O Nordeste se destaca entre os prefeitos "campeões de voto". Mas em Fortaleza haverá segundo turno entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), deixando de fora o prefeito José Sarto (PDT). Em Belém, ficou de fora Edmilson Rodrigues (PSOL), e a concorrência foi reduzida a Igor (MDB) e Delegado Eder Mauro (PL).

Em Goiânia, Rogério (Solidariedade) não tem mais chance de reeleição e o cargo será disputado ainda neste mês entre Fred Rodrique (PL) e Mabel (União). Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) continua na disputa com Guilherme Boulos (PSOL). Em Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) ficou muito próximo de vencer, mas voltará a disputar o eleitorado com Maria do Rosário (PT).

Em Belo Horizonte, o atual mandatário, Fuad Noman (PT), enfrentará André Fernandes (PL). Em Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) buscará a reeleição contra Rose Modesto (União).

David Almeida (Avante) sai na frente na tentativa de se manter no cargo em Manaus, mas enfrentará o Capitão Alberto Neto (PL) no segundo turno. Da mesma forma, em João Pessoa, o prefeito Cícero Lucena (PP) não conseguiu por menos de 1% dos votos válidos a reeleição, mas sai na frente de Marcelo Queiroga (PL).

SEM O PREFEITO ENTRE OS NOMES. Em Curitiba, Aracaju, Cuiabá, Natal, Palmas e Porto Velho, os atuais mandatários não podiam se candidatar - e em todas haverá segundo turno. O Distrito Federal não participa desta eleição.

Na capital paranaense, Eduardo Pimentel (PSD) disputará o segundo turno com Cristina Graeml (PMB). Já o candidato do União à prefeitura de Natal, Paulinho Freire, irá disputar o segundo turno com a candidata do PT, Natália Bonavides. Essa disputa (Abilio, pelo PL, e Lúdio, pelo PT) se repetirá em Cuiabá.

Em Aracaju, a eleição ficará entre PL (Emilia Correa) e PDT (Luiz Roberto). Em Porto Velho, a votação do dia 27 será entre Mariana Carvalho (União) e Léo (PODE). E em Palmas a disputa será entre Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (PODE).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, aproveitou uma brecha na Constituição e preencheu duas vagas da Suprema Corte por decreto durante o recesso do Congresso. A manobra controvertida foi publicada em Diário Oficial nesta quarta-feira, 26, e enfrenta o primeiro desafio legal. Em petição apresentada à Justiça, uma organização da sociedade civil pede a nulidade das nomeações.

Sem força para aprovar as indicações de Manuel García Mansilla e Ariel Lijo à mais alta Corte de Argentina, a Casa Rosada se utilizou do artigo da Constituição que prevê a nomeação "em comissão", ou seja, de forma interina durante o recesso do Congresso. Para os críticos, contudo, o mecanismo deveria ser usado em casos excepcionais.

Em petição à Justiça, o Centro de Estudos para a Promoção da Igualdade e da Solidariedade (CEPIS) solicitou a anulação do decreto, além de medida cautelar que anule os seus efeitos. No caso, encaminhado a tribunal federal em La Plata, a organização denuncia a "arbitrariedade e ilegalidade" do decreto e aponta para violação de "disposições constitucionais, bem como tratados internacionais que garantem a independência do Poder Judiciário".

No campo político, o líder da União Pela Pátria, José Mayans, ameaçou que a oposição peronista no Senado derrubaria as indicações de Milei no retorno do Legislativo, mês que vem. E até mesmo o PRO, de Mauricio Macri, que tem ministério no governo, se posicionou contra o nome de Ariel Lijo para Suprema Corte. Após reunião da alta cúpula, o partido sinalizou que a maior parte dos seus senadores votaria contra a nomeação, embora tenha decidido não emitir uma declaração pública sobre o encontro.

A Casa Rosada, se defende dizendo que o decreto visa normalizar os trabalhos da Suprema Corte e acusa o Senado de politizar as escolhas de Javier Milei para o Judiciário. "O Senado, em vez de ter realizado uma análise séria e objetiva da adequação dos candidatos propostos, optou repetidamente por adiar seu pronunciamento com base em considerações motivadas por conveniência política", acusou o governo no decreto.

As indicações de Javier Milei para ocupar duas das cinco vagas existentes na Corte enfrentam resistência tanto dos peronistas, quanto de aliados ocasionais do governo. O impasse se arrasta há quase um ano. As críticas recaem especialmente sobre a escolha de Ariel Lijo, acusado de atrasar investigações sobre corrupção envolvendo empresários e políticos. O juiz nega.

Sem conseguir os dois terços do Senado necessários para aprovar as indicações, a Casa Rosada apelou para o decreto. Nesse caso, as nomeações são interinas. Para garantir a vaga na Corte, os juízes precisam ser confirmados pelo Senado até o fim da próxima legislatura, em março de 2026. Antes disso, os argentinos renovam parte do Congresso nas eleições de meio de mandato e espera-se que o partido de Milei, A Liberdade Avança, amplie a sua bancada.

Em meio às críticas, o governo argumenta que está amparado pela Constituição e promete manter as negociações para garantir aprovação de Manuel García Mansilla e Ariel Lijo no Senado. O último presidente argentino a nomear juízes da Suprema Corte por decreto foi Mauricio Macri, que acabou recuando diante da repercussão negativa e agora critica publicamente a escolha de Lijo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a revogação das concessões concedidas ao regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, por meio de um acordo sobre petróleo firmado durante o governo de Joe Biden. Assinado em 26 de novembro de 2022, o acordo tinha como objetivo principal a retomada parcial das atividades de exploração de petróleo na Venezuela, com a Chevron, uma das maiores petroleiras dos EUA, entre as beneficiadas. Em contrapartida, o regime de Maduro se comprometeria a implementar reformas políticas, incluindo a realização de eleições livres e justas, além da libertação de prisioneiros políticos.

"Estamos, por meio deste, revertendo as concessões que o desonesto Joe Biden fez a Nicolás Maduro", escreveu Trump em seu perfil na Truth Social. De acordo com o republicano, o regime venezuelano não cumpriu as condições estabelecidas, especialmente no que diz respeito à realização de eleições democráticas e à devolução de "criminosos violentos enviados ao nosso país". Trump afirmou que Maduro não tem cumprido a promessa de retornar esses "criminosos com a rapidez com que haviam acordado".

Em sua publicação, Trump também anunciou a decisão de encerrar o que chamou de "ineficaz e não cumprido 'Acordo de Concessão' de Biden". O presidente americano determinou que o acordo será encerrado na data da opção de renovação prevista para 1º de março de 2025.

O Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos e o Escritório de Gestão de Pessoal solicitaram de maneira conjunta que as agências federais enviem "planos de reorganização" e se preparem para iniciar demissões em larga escala, a pedidos do presidente do país, Donald Trump, segundo memorando divulgado nesta quarta-feira, 26.

No documento, é mencionado que o governo federal é "caro, ineficiente e profundamente endividado" e não está produzindo resultados, o que exige que a medida seja colocada em prática. "O dinheiro dos impostos está sendo desviado para financiar programas improdutivos e desnecessários que beneficiam grupos de interesse radicais enquanto prejudicam cidadãos americanos trabalhadores", justifica a nota.

O comunicado cita que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) instruiu as agências a "eliminar o desperdício e o inchaço" dos trabalhadores, como parte da "transformação crítica da burocracia federal".