Marçal descarta apoio a Nunes e 'libera' eleitores

Política
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O influenciador Pablo Marçal (PRTB) divulgou nota nesta quarta-feira, 9, descartando apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo. O ex-coach, que passou a campanha atacando o "comunismo" e a "esquerda", "liberou" seus eleitores para votarem "de acordo com suas convicções, princípios e ideologias". Em coletiva pela manhã, Nunes não se desculpou com o ex-coach, afirmou esperar conquistar o apoio dos eleitores de Marçal e alfinetou o adversário, dizendo que ele é "ruim de prognóstico".

Na nota divulgada no início da tarde, Marçal criticou a "arrogância" de Nunes, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL), Silas Malafaia e Valdemar Costa Neto, afirmando que a postura deles inviabilizou qualquer tipo de apoio.

"Libero os 1.719.024 cidadãos paulistanos que confiaram na minha candidatura para votarem de acordo com suas convicções, princípios e ideologias. E que fique bem claro: se essa atitude arrogante resultar na entrega da Prefeitura da cidade mais importante do hemisfério sul à extrema esquerda, a culpa não será minha. A arrogância precede a queda", escreveu o empresário, reiterando que está aberto ao diálogo caso receba um pedido de desculpas.

Marçal ainda fez uma previsão: "Infelizmente, entrei nessa eleição para evitar a vitória de Guilherme Boulos, e agora, lamento dizer, essa previsão se tornou uma certeza".

Pela manhã, o prefeito Ricardo Nunes caminhou pelo comércio do Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo, e afirmou que espera conquistar o voto dos eleitores de Pablo Marçal no segundo turno. "É um eleitor que tem, na nossa proposta, muita sintonia, para que a gente inclusive possa vencer a extrema esquerda." O prefeito reconheceu que precisa reforçar pautas como empreendedorismo e cursos profissionalizantes - temas valorizados pelo público de Marçal - e disse ter recebido esse "recado das urnas".

Sobre a estimativa de Marçal de que 45% de seus eleitores poderiam votar em Boulos no segundo turno, Nunes ironizou dizendo que o ex-coach é ruim de prognósticos. "Tem uma coisa importante nesse processo todo: ele é muito ruim de prognósticos. Ele disse que não ia ter segundo turno. Para ele, né? Então, que ele acerte o prognóstico dele mais uma vez."

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Os assessores de Donald Trump passaram a avaliar uma nova lista de candidatos a secretário do Tesouro, após uma disputa sobre o cargo que irritou o presidente eleito nos últimos dias. Entre os que agora são cogitadas para o cargo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, estão Kevin Warsh, que foi assessor de Política Econômica do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), e o presidente da Apollo Global Management, Marc Rowan.

Os assessores de Trump entraram em contato com Rowan para avaliar se o executivo tinha interesse, segundo o Wall Street Journal.

Rowan, que respondeu positivamente à consulta, ainda não falou com Trump e não está fazendo lobby, de acordo com fontes.

O nome de Warsh, que os assessores econômicos de Trump sugeriam como possível presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), também passou a ser cotado para o Tesouro.

Warsh participa da equipe de transição de Trump. Procurado, não respondeu aos pedidos de comentário.

Algumas pessoas próximas a Trump também defenderam que o senador republicano Bill Hagerty, do Tennessee, fosse considerado para o Tesouro. Hagerty se encontrou com Trump em Mar-a-Lago há alguns dias, de acordo com uma fonte. Não está claro se Hagerty discutiu o cargo com Trump, mas o parlamentar disse a aliados que seria uma boa opção para liderar o Tesouro. Hagerty participou do governo de George H.W. Bush (1989-1993).

Os favoritos de longa data para o Tesouro - o investidor Scott Bessent e o empresário bilionário Howard Lutnick, da Cantor Fizgerald - ainda estão na disputa pelo cargo, embora ambos também tenham sido cogitados para outras funções na administração Trump.

Algumas pessoas próximas ao presidente eleito disseram que as chances de Lutnick diminuíram em meio a uma campanha agressiva do empresário pelo cargo, que se intensificou quando o empresário ficou sabendo que Bessent estava no páreo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 18, e conta com adesão de 81 países e 66 organizações, será o maior legado da presidência do Brasil à frente da cúpula de líderes das 20 maiores economias do globo (G20). O presidente brasileiro disse que espera que a cúpula seja marcada pela "coragem de agir".

"Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado", afirmou Lula, durante evento de lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e abertura da 1ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Combate à Fome e à Pobreza.

O evento ocorreu nesta segunda-feira no Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro.

Na avaliação de Lula, combater a fome e pobreza não se trata "apenas de fazer justiça". "Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz", disse. "A Aliança nasce no G20, mas seu destino é global. Que esta cúpula seja marcada pela coragem de agir. Por isso quero declarar oficialmente lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza", finalizou.

No discurso, Lula anunciou a adesão de 81 países à Aliança Global. Este talvez seja o único que tenha algum avanço concreto. A tendência é de resultados tímidos nas duas outras frentes, como mudanças climáticas, inclusão social, taxação dos super-ricos, transição energética e reforma da governança global.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou atenção para as mudanças climáticas em seu discurso de abertura da cúpula do G20 nesta segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro. "Os fenômenos climáticos mostram os efeitos devastadores em todos os cantos do planeta", disse Lula na plenária.

Após a rápida menção ao clima, ele falou de questões sociais. "Igualdade social e de gênero se aprofundam na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas", afirmou, mencionando os efeitos da pandemia e o aumento da pobreza. O número de pessoas malnutridas equivale a populações somadas de países como México, Reino Unido, África do Sul e Canadá.

"São mulheres, homens e crianças cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados", afirmou Lula.

O presidente brasileiro ressaltou que a economia mundial produz quase 100 milhões de toneladas de alimentos por ano, é inacreditável" que ainda existam tantas pessoas que passam fome. O mesmo vale para os gastos militares, que superam US$ 2 trilhões no mundo por ano, enquanto milhões de pessoas não têm acesso à comida.

"A fome é produto de decisões políticas que perpetuam exclusão de parte da humanidade", disse ele.