Datafolha em SP: vantagem de Nunes cai 10 pontos entre mulheres e eleitores mais velhos

Política
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A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 17, mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) perdeu 10 pontos na intenção de votos entre as mulheres, com uma diferença de oito pontos em relação ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) .

Há 10 dias do segundo turno das eleições municipais, o emedebista conta com 47% das intenções de voto das eleitoras. Na semana passada, o apoio feminino era de 53% . Boulos, por sua vez, registra 39% das escolhas das mulheres. Na pesquisa anterior, o psolista somava 35%.

Entre os homens, o prefeito conta com a pretensão de votos de 55%, no último levantamento os eleitores de Nunes correspondiam a 57%. Já o deputado soma agora 27% do eleitorado masculino, antes, somava de 30%.

Segundo o Datafolha, a margem de erro para os dados por gênero é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Preferência dos jovens e dos mais velhos

A pesquisa também traz dados sobre a popularidade dos candidatos entre diferentes faixas etárias. Entre os eleitores de 16 a 24 anos, Boulos aparece com 43% das intenções de voto, e Nunes com 41%. O prefeito perdeu uma vantagem de 15 pontos desde o último levantamento. A margem de erro para a categoria é de nove pontos para mais ou para menos.

O atual prefeito também perdeu 10 pontos entre os eleitores acima de 60 anos. Atualmente, Nunes registra 53% dos votos, e Boulos soma 32%. A margem de erro para o grupo é de seis pontos.

Entre os respondentes de 25 a 34 anos, Nunes retém 47% das pretensões e Boulos 35%. Neste segmento, a margem de erro é de sete pontos, ou seja, é considerado um empate técnico.

Na faixa etária de 35 a 44 anos, o prefeito sai na dianteira, com 51%, contra 32% do deputado. A margem de erro é de seis pontos.

O emedebista também está em vantagem entre eleitores de 45 a 59 anos, com 54% das intenções de voto contra 31% para o candidato do PSOL. A margem de erro considera também é de seis pontos.

Nos números gerais, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) registra 51% das intenções de voto, enquanto Boulos fica com 33%.

A pesquisa Datafolha foi realizada de forma presencial com 1.204 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo SP-05561/2024.

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A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, disse que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar representa uma "oportunidade de, finalmente, acabar com a guerra em Gaza" que começou há um ano.

"A justiça foi feita, e os EUA, Israel e o mundo inteiro estão em melhor situação como resultado", disse Harris em Wisconsin.

Ela acrescentou que espera que as famílias das vítimas do Hamas sintam uma sensação de alívio. "Eu direi a qualquer terrorista que matar americanos, ameaçar o povo americano ou ameaçar nossas tropas e nossos interesses, saiba disso: nós sempre os levaremos à justiça".

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que a guerra na Faixa de Gaza não chega ao fim com o assassinato do líder do Hamas e principal arquiteto do ataque terrorista de 7 de outubro, Yahya Sinwar. "O mal levou um golpe duro, mas a missão que estamos diante ainda não acabou", disse em um discurso nesta quinta-feira, 17, transmitido pela TV israelense.

Netanyahu também se dirigiu aos membros restantes do Hamas para pedir que se rendam e entreguem os reféns levados de Israel para a Faixa de Gaza no 7 de outubro. De acordo com as autoridades, 101 pessoas continuam presas no enclave. "Para aqueles que estão com os sequestrados: liberte-os e nós deixaremos vocês vivos", declarou.

O discurso do premiê aconteceu cerca de uma hora depois do Exército de Israel confirmar a morte de Sinwar em uma operação no sul de Gaza nesta quinta. Netanyahu disse que o resgate dos reféns é uma obrigação e que o assassinato do líder do Hamas marca um momento importante da guerra. "É um marco importante na queda do governo do Hamas em Gaza", disse.

A morte de Sinwar causou ansiedade entre os parentes dos reféns. Ao jornal israelense Hareetz, uma família considerou a morte um "acontecimento sensível" que exige a negociação de acordos para a libertação dos reféns o quanto antes. "Os objetivos definidos para a guerra com Gaza foram alcançados. Todos, exceto a libertação dos reféns", disse Ronen Neutra, pai de um refém israelense-americano, ao jornal.

"Sinwar foi descrito como um grande obstáculo para um acordo e não está mais vivo. É importante que toda a atenção esteja focada agora em atingir o objetivo do acordo que garantiria a libertação do nosso filho e do resto dos reféns", acrescentou.

Na Faixa de Gaza, a notícia da morte do líder do Hamas também despertou a expectativa do fim da guerra entre os civis.

Após a confirmação da morte, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Adbulrahman Al Thani, um dos principais mediadores na guerra, para discutir como agir para "acabar com a guerra na Faixa de Gaza e reduzir a escalada no Líbano", segundo um comunicado de Doha.

O Catar tem sido um grande mediador nas negociações sobre um cessar-fogo com o Hamas, que mantém um escritório político em Doha.

Mais cedo, o presidente de Israel, Isaac Herzog, saudou o Exército israelense após a morte do terrorista do Hamas. "Sinwar, o arquiteto do ataque mortal de 7 de Outubro, foi durante anos responsável por atos hediondos de terrorismo contra civis israelenses, cidadãos de outros países, e pelo assassinato de milhares de pessoas inocentes."

"Agora, mais do que nunca, devemos agir de todas as maneiras possíveis para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão sendo mantidos em condições horríveis por terroristas do Hamas em Gaza", acrescentou Herzog em um comunicado.

A operação militar israelense em Gaza que matou Sinwar começou após um ataque aéreo israelense, que matou pelo menos 28 pessoas em uma escola, segundo o ministério da Saúde de Gaza. Fares Abu Hamza, chefe da unidade de emergência local do Ministério da Saúde de Gaza, confirmou o número de vítimas do ataque e disse que dezenas de pessoas ficaram feridas. Segundo o oficial, o Hospital Kamal Adwan, nas proximidades, estava lutando para tratar as vítimas. "Muitas mulheres e crianças estão em estado crítico", disse ele.

A Coreia do Norte confirmou nesta quinta-feira, 17, que sua constituição recentemente revisada define pela primeira vez a Coreia do Sul como sendo "um Estado hostil". A divulgação da mudança aconteceu dois dias após explodir trechos de estradas e ferrovias que conectavam o país ao Sul.

Esses acontecimentos indicam que a Coreia do Norte está determinada a aumentar as animosidades contra a Coreia do Sul e o risco de possíveis confrontos nas áreas tensas da fronteira, embora seja improvável que o Norte lance ataques em grande escala, dada a superioridade das forças dos EUA e da Coreia do Sul.

A Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA, na sigla em inglês) afirmou que a recente demolição de partes das seções norte das estradas e ferrovias intercoreanas foi "uma medida inevitável e legítima em conformidade com a constituição da Coreia do Norte, que define claramente a Coreia do Sul como um estado hostil".

"Ato antiunificação e antinacional"

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul condenou a referência da Coreia do Norte à Coreia do Sul como um estado hostil em sua constituição, chamando isso de "um ato antiunificação e antinacional". O governo sul-coreano afirmou que responderá firmemente a qualquer provocação e continuará a buscar a unificação pacífica com base nos princípios de liberdade e democracia.

O parlamento da Coreia do Norte se reuniu por dois dias na semana passada para reescrever a constituição, mas a mídia estatal não havia fornecido muitos detalhes sobre a sessão. O líder Kim Jong Un já havia solicitado a mudança constitucional para designar a Coreia do Sul como o principal inimigo do país, removendo o objetivo de uma unificação pacífica da península coreana e redefinindo a soberania e território da Coreia do Norte.

Alguns especialistas dizem que Kim provavelmente está tentando se proteger contra a influência cultural da Coreia do Sul e fortalecer o regime dinástico de sua família. Outros acreditam que Kim quer criar espaço legal para usar suas armas nucleares contra a Coreia do Sul, tratando-a como um Estado inimigo estrangeiro, e não como um parceiro em potencial para a unificação.