PL expulsa deputado que promoveu encontro para apoiar candidato petista em Fortaleza

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Partido Liberal (PL) expulsou o deputado federal cearense Júnior Mano, que organizou nesta quarta-feira, 16, um encontro entre prefeitos para sinalizar apoio a Evandro Leitão, candidato petista que concorre à prefeitura de Fortaleza no segundo turno contra André Fernandes (PL).

Além do deputado e de outros 41 prefeitos, participaram do encontro o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o ex-governador do Estado e ministro da Educação Camilo Santana.

Nas redes sociais, Mano disse estar surpreso com a decisão. Segundo ele, sua expulsão teria sido um pedido direto do ex-presidente Jair Bolsonaro ao presidente estadual da legenda, Carmelo Neto. O deputado ressaltou seus feitos, declarou "gratidão e lealdade" a Valdemar Costa Neto, mas se posicionou oficialmente a favor do petista.

"Diante todos os fatos que tem ocorrido na capital, dessas candidaturas, eu resolvi sim tomar uma posição e apoiar o amigo Evandro Leitão. Voto no Evandro não é porque ele é do PT, não. Eu voto no Evandro porque ele é o melhor para Fortaleza. Evandro já mostrou com a sua capacidade de diálogo, sua capacidade de atender as pessoas, de atender a classe política e de atender aquelas pessoas que mais precisam. [...] Eu tenho certeza que a capital terá um grande prefeito pelos próximos quatro anos", afirmou o parlamentar.

Costa Neto, presidente do PL, disse ter conversado com o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e declarou que "era impossível acreditar no que estava vendo". "Júnior sempre foi parceiro. Parece que o André não pediu apoio a ele e por isso ele teria tomado essa decisão", afirmou.

Questionado se Mano e Fernandes teriam uma boa relação, o ex-deputado disse achar que não, mas acrescentou que isso "não é motivo para tomar uma decisão dessas". A assessoria de Júnior Mano afirmou "nunca ter percebido algo do tipo" entre os dois e disse que, caso Fernandes não tenha de fato pedido o apoio do deputado no segundo turno, ele não teria sido "muito inteligente".

Apesar de ser do partido que abriga boa parte dos políticos ligados ao bolsonarismo, Júnior Mano integra a ala governista da sigla, que tem sofrido punições internas na Câmara dos Deputados. Ele já havia sido suspenso das comissões da Casa por ter votado a favor da reestruturação ministerial.

Em outra categoria

O Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, a agência de espionagem do país, afirma que a Coreia do Norte enviou 1,5 mil membros das suas forças de operação para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. A instituição informa que os soldados norte-coreanos, que atualmente estão na cidade portuária russa de Vladivostok, receberam uniformes militares russos, armas e documentos de identificação falsos.

O NIS publicou fotos de satélite que mostram os movimentos de navios da Marinha da Rússia, que teriam sido responsáveis pelo transporte dos soldados de 8 a 13 de outubro. Segundo o órgão, é esperado que mais tropas sejam enviadas para território russo, em breve. Se as informações forem confirmadas, o movimento coloca um terceiro país na guerra e intensifica o impasse entre a Coreia do Norte e o Ocidente.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que não poderia confirmar os relatos, ao ser questionado sobre o assunto. O secretário de imprensa do Pentágono americano, Pat Ryder, também não corroborou as informações. O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que as alegações são falsas.

Kamala Harris e Donald Trump buscaram apoio de eleitores árabes americanos nesta sexta-feira em eventos de campanha em Michigan, um dos estados chave para a eleição presidencial nos EUA.

O candidato republicano está tentando utilizar a frustração desses eleitores com Harris sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão ao Líbano. Aliados de Trump mantiveram reuniões por meses com líderes comunitários em Michigan, que é um estado decisivo na eleição de novembro e tem uma significativa população de árabes americanos.

Do lado democrata, Harris disse nesta semana que a morte do líder do Hamas Yahya Sinwar é uma oportunidade para terminar a guerra em Gaza.

Michigan é um dos três estados do "muro azul" que, junto com Pensilvânia e Wisconsin, ajudará a decidir a eleição presidencial.

O ex-presidente americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, comemorou, nesta sexta-feira, 18, a morte do líder do grupo terrorista Hamas, Yahya Sinwar, afirmando que sua morte aumentou a probabilidade de uma solução pacífica para a guerra em Gaza.

Perguntado se a morte de Sinwar tinha tornado a paz mais fácil ou mais difícil, Trump respondeu: "Penso que a torna mais fácil. Estou contente de que Bibi (o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu) tenha decidido fazer o que tinha que fazer".

Trump disse que planejava conversar hoje com Netanyahu, depois que o primeiro-ministro israelense ligou para ele após a morte do líder do Hamas. Trump revelou que planejava retornar a ligação de Netanyahu.

O republicano ainda afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, tem "tentado impedi-lo", referindo-se a Netanyahu. Biden e a vice-presidente Kamala Harris, que disputa a Casa Branca com Trump, estão equilibrando-se em uma corda bamba para manter apoio ao seu aliado Israel, ao mesmo tempo que tentam reduzir as mortes de civis na guerra.

Trump vem tentando capitalizar a frustração com Kamala sobre o apoio dos EUA à ofensiva de Israel em Gaza e sua invasão do Líbano, após o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas a Israel. Seus aliados têm se reunido há meses com líderes comunitários em Michigan, que tem uma população considerável de árabes-americanos, particularmente em Detroit e arredores. Ele disse que não achava que a comunidade árabe-americana votaria em Kamala "porque ela não sabe o que está fazendo."

Biden disse na quinta-feira que era um "dia bom" para Israel, EUA e resto do mundo. Já Kamala afirmou que a morte do chefe do Hamas é uma "oportunidade para acabar" com a guerra em Gaza.

Israel anunciou na quinta-feira, 17, a morte de Sinwar, morto no dia anterior em uma operação de seus soldados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Yahya Sinwar era considerado o idealizador do ataque sem precedentes de 7 de outubro de 2023 em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.

O Hamas confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder e alertou que não libertará os reféns até que Israel termine a guerra em Gaza, afirmando que a luta seguirá até a "libertação da Palestina". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)