TRE-SP nega pedido de Boulos para que pesquisa da Datafolha não fosse divulgada

Política
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A Justiça Eleitoral rejeitou o pedido feito pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para impedir a divulgação da pesquisa Datafolha que, na semana passada, mostrou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) à frente com 55% das intenções de voto, contra 33% do psolista. De acordo com o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, não foram encontrados "deficiência técnica ou indício de manipulação".

Na decisão divulgada nesta quinta-feira, 17, o juiz pediu ainda que o Ministério Público Eleitoral se manifeste e que o Datafolha apresente a defesa no processo. "A pesquisa já foi divulgada em 10 de outubro, e a liminar almejada é demasiadamente drástica. Mais razoável que a análise seja realizada sob o crivo do contraditório, após a defesa do requerido e a oitiva do Ministério Público Eleitoral. Talvez seja necessária inclusive eventual prova pericial", escreveu Colombini.

A campanha de Boulos havia pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que o Datafolha prestasse esclarecimentos sobre a pesquisa realizada nos dias 8 e 9 de outubro, alegando que o instituto "não informou alterações realizadas fora do registro no TSE".

A equipe do psolista acredita que as alterações citadas teriam beneficiado Nunes. Segundo a campanha, as ponderações utilizadas pelo instituto não haviam sido informadas ao TSE. No pedido, a campanha destacou "uma diferença de 11,5 pontos percentuais entre o resultado direto dos questionários e aquele divulgado ao público, apresentando cenário que não condiz com a realidade dos dados colhidos ao eleitorado".

Para a campanha, o instituto não detalhou todos os usos de ponderação ao TSE. "A pesquisa Datafolha registrada no TSE previa este tipo de ponderação, mas apenas para as informações de gênero, idade e escolaridade".

O instituto utilizou a ponderação sobre em quem os eleitores votaram no primeiro turno das eleições e em quem votariam no segundo nas respostas dos entrevistados que haviam escolhido Pablo Marçal (PRTB). No levantamento contestado pela campanha psolista, 84% dos eleitores que afirmaram ter votado em Marçal no primeiro turno tendiam a votar em Nunes, enquanto Boulos ficou com apenas 4% desse eleitorado.

A mais recente pesquisa do Datafolha sobre a eleição paulistana, divulgada na última quinta, 17, traz o atual prefeito com 51% e o deputado federal com os mesmos 33% do levantamento anterior.

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Opositores venezuelanos que estão refugiados na embaixada da Argentina em Caracas denunciaram neste sábado, 23, que policiais venezuelanos cercaram a embaixada e bloquearam o acesso a rua onde está a representação consular. A embaixada está sob custódia do Brasil, apesar do governo do ditador Nicolás Maduro ter revogado a custódia, sem indicar um país substituto.

Em uma publicação na plataforma X, o opositor Pedro Urruchurtu, coordenador de relações internacionais do partido Vente Venezuela, denunciou o cerco.

Além de Urruchurtu, Magalli Meda, o ex-deputado Omar González, Claudia Macero, Humberto Villalobos, e o ex-ministro Fernando Martínez Mottola, estão na embaixada argentina. Não se sabe porque Maduro iniciou um novo cerco a embaixada.

O diplomata e ex-candidato presidencial venezuelano Edmundo González Urrutia também se manifestou e condenou o cerco a embaixada.

Protestos

O novo cerco a embaixada ocorre no mesmo dia que a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machada, convocou um protesto para o dia 1 de dezembro contra o regime do ditador Maduro.

"O tempo acabou para o regime", insistiu Machado em uma reunião com ativistas internacionais. "Sua única opção é aceitar os termos de uma negociação conosco". (Com AP)

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado, 23, Brooke Rollins, sua ex-assessora política, para liderar o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em seu segundo mandato, a partir de janeiro.

"Brooke tem um compromisso incomparável com o apoio ao agricultor americano, a defesa da autossuficiência alimentar dos Estados Unidos e a restauração das pequenas cidades americanas dependentes da agricultura", disse ele em comunicado divulgado no X (antigo Twitter).

Segundo fontes, a escolha foi uma decisão de última hora e surpreendente, já que Rollins não estava entre os candidatos com experiência mais aprofundada no setor agrícola esperados para o cargo.

A vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, afirmou neste sábado, 23, que contratou um assassino de aluguel para matar o presidente Ferdinand Marcos Jr, sua esposa e o presidente da Câmara dos Representantes se ela própria for morta, em uma ameaça pública que ela alertou que não era uma piada.

O secretário executivo Lucas Bersamin encaminhou a "ameaça ativa" contra o presidente Ferdinand Marcos Jr. para uma força de guardas presidenciais de elite "para ação adequada imediata". Não ficou claro quais ações seriam tomadas contra a vice-presidente.

O Comando de Segurança Presidencial imediatamente reforçou a segurança do atual mandatário e disse que considerava a ameaça da vice-presidente uma questão de segurança nacional.

O órgão de segurança disse que estava "coordenando com agências de segurança pública para detectar, dissuadir e defender contra toda e qualquer ameaça ao presidente".

Briga

O atual presidente concorreu com Sara Duterte como sua companheira de chapa nas eleições presidenciais de maio de 2022 e ambos venceram com vitórias esmagadoras em uma campanha de unidade nacional.

Os dois líderes, no entanto, rapidamente tiveram desavenças sobre diferenças importantes, incluindo em relação a como lidar com a China no disputado Mar da China.

Críticas

Sara Duterte se tornou uma crítica da atual gestão, acusando o presidente de corrupção, incompetência e perseguição política.

As ameaças contra a vida do presidente ocorreram após a chefe de gabinete da vice, Zuleika Lopez, ser presa ao dificultar um inquérito sobre o uso indevido do orçamento de Sara Duterte.

Em uma entrevista coletiva, Sara Duterte acusou o atual mandatário de incompetência como presidente e de ser um mentiroso. Ela também sinalizou que existe um plano para matá-la.

"Conversei com uma pessoa. Eu disse 'se eu for morta, você matará o presidente, a primeira-dama e o presidente da Câmara dos Deputados. Não é brincadeira'". A vice afirmou que o assassino de aluguel prometeu que mataria os políticos mesmo caso ela morresse.

Em meio às divisões políticas, o chefe do Exército das Filipinas, Romeo Brawner, emitiu uma declaração com a garantia de que as Forças Armadas das Filipinas, com 160 mil membros, permaneceriam apartidárias "com o máximo respeito por nossas instituições democráticas e autoridade civil".

"Pedimos calma", disse Brawner. "Reiteramos nossa necessidade de permanecermos unidos contra aqueles que tentarão quebrar nossos laços como filipinos."(Com AP)