Editoras dos Estados Unidos publicaram um comunicado conjunto revelando que estão entrando na Justiça contra uma lei da Flórida que permite que livros sejam banidos de bibliotecas escolares. O escritor Stephen King abordou o tema na tarde de sábado, 31, em sua conta no X: "A Flórida baniu 23 dos meus livros. Mas que p***?".
O comunicado é assinado pelas editoras Harper Collins, Penguin Random House, Hachette Book Group, MacMillan, Simon & Schuster e Sourcebooks, e faz referência ao House Bill 1069, criado pela casa legislativa da Flórida.
Na nota divulgada à imprensa, as editoras alegam que desde que a lei entrou em vigor, em julho de 2023, "centenas de títulos foram banidos em todo o Estado", incluindo clássicos de Charles Dickens, Ernest Hemingway, Mark Twain e obras de autores mais recentes.
"O HB 1069 requer que bibliotecários de escolas removam livros que contenham qualquer coisa que possa ser vista como 'conduta sexual'. Se um 'pai ou morador do condado' fizer uma objeção a um livro, o livro deve ser removido em até cinco dias e permanecer indisponível até que a objeção seja resolvida", diz a nota.
Em determinado trecho, a legislação diz: "'Sexo' significa a classificação de uma pessoa como homem ou mulher, baseada na organização do corpo da pessoa em questão para um papel reprodutivo específico".
A atual legislatura da Florida House of Representatives, casa legislativa do Estado, é composta por uma maioria de representantes do Partido Republicano: são 83, diante de 36 do Partido Democrata.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Editoras dos EUA vão à Justiça contra proibição de livros na Flórida
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