Morre James Darren, ator de 'Star Trek' e diretor de 'Barrados no Baile'

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O ator James Darren, conhecido pelo trabalho em Star Trek e a direção de Barrados no Baile, morreu aos 88 anos nesta segunda-feira, 2. A informação foi confirmada pelo filho do artista, Jim Moret, que afirmou que Darren morreu enquanto dormia no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles (EUA).

 

O artista deu entrada no hospital para um procedimento de substituição da válvula da artéria aorta, disse Moret ao portal americano The Hollywood Reporter, mas "estava muito fraco para realizar a cirurgia".

 

"Eu sempre achei que ele iria superar [...] Porque ele era muito 'maneiro'. Ele sempre foi 'maneiro'", completou.

 

Lembrado pela atuação em Star Trek: Deep Space Nine como Vic Fontaine, o ator iniciou sua carreira nas artes com o filme Rumble on the Docks, de 1956, ganhando destaque também por seu papel como o Dr. Tony Newman em Túnel do Tempo, série que durou de 1966 a 1967. A carreira como diretor também foi recheada, tendo participado de séries como Melrose Place e Barrados no Baile.

 

Como cantor, ele participou da trilha sonora de Gidget, filme de 1959 que também protagonizou.

 

Darren, cujo nome verdadeiro é James William Ercolani, nasceu na Filadélfia, Pensilvânia, em 8 de junho de 1936, mas se mudou para Nova York para seguir a carreira de artista logo cedo. O ator foi casado com Gloria Terlitsky de 1955 até 1958, e com Evy Norlund, de 1960 até sua morte. Ele deixa a mulher, três filhos e vários netos.

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Nesta quinta-feira, 11, o Ministério da Saúde (MS) anunciou medidas e orientações para a redução de danos à saúde diante do avanço das queimadas no Brasil. O cenário, que se une aos efeitos das mudanças climáticas, colabora com a maior seca vivenciada pelo Brasil nos últimos 70 anos, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. A previsão é que o quadro se agrave nos próximos meses.

Durante coletiva de imprensa realizada em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a urgência da situação, onde a seca e o calor intenso em um período atípico se soma às queimadas, atingindo 60% do território, algo nunca ocorrido no País anteriormente. "Uma das consequências disso tem sido um aumento da busca por atendimento nas unidades públicas de saúde, com crises alérgicas, doenças respiratórias, além de sintomas comuns da exposição a esse tipo de problema, como náuseas, vômitos e dores de cabeça", destacou.

Na ocasião, Nísia também aproveitou para ressaltar os riscos de problemas cardiovasculares que podem ser ocasionados nesse cenário, alertando para sintomas como dores intensas de cabeça, no peito e abdômen. Um estudo recente, mencionado em reportagem do Estadão, demonstrou que indivíduos expostos à poluição de grandes cidades tinham mais fibrose cardíaca, um indicador de doenças do coração.

Em uma perspectiva menos óbvia, a ministra também aproveitou para mencionar os danos que o momento pode ocasionar à saúde mental. "Esses dias, em São Paulo, cidade que também vivencia a poluição em altos níveis, o dia se fez noite. Não são apenas as partículas de fumaça, poluição e os agravos da seca. Há um grande abalo emocional envolvido nisso", ressaltou a titular da Saúde, destacando o compromisso do departamento de saúde mental do MS no acolhimento de pessoas com esse tipo de problema.

A ministra, que afirmou que essa é apenas a ponta de um 'iceberg', também mencionou que parte das queimadas pode ser atribuída a ações criminosas e enfatizou a importância da colaboração com Estados e municípios, além da proximidade com o Ministério do Meio Ambiente para monitoramento de umidade, qualidade do ar e temperatura. Como resposta ao agravamento da situação, Nísia anunciou um investimento de R$500 milhões para o fornecimento de insumos, incluindo água potável, para a região Amazônica, que é um dos principais focos de incêndio, juntamente com o Cerrado e o Pantanal.

A ministra afirmou ainda que a Força Nacional de Saúde intensificará suas visitas às áreas mais afetadas para reforçar os atendimentos emergenciais. Embora esse trabalho já estivesse em andamento, será ampliado devido ao agravamento da situação. O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad Hamida, destacou que as unidades de saúde já estão sobrecarregadas, especialmente em cidades como Araçatuba (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP) e São Paulo (SP). Vale ressaltar que, além dos incêndios locais, a região Sudeste está enfrentando problemas com a fumaça proveniente dos incêndios em outras regiões.

Segundo a ministra, o governo também vai incentivar Estados e municípios a instalarem tendas de hidratação com água potável e possibilidade de nebulização. Também será lançado um guia para profissionais de saúde locais com orientações sobre o atendimento diante da emergência climática. "As prefeituras devem repassar informações sobre qualidade do ar e temperatura, bem como sobre os possíveis riscos que essas variáveis podem gerar, especialmente para os grupos de risco, como idosos e crianças, que muitas vezes não percebem os sintomas da desidratação com tanta facilidade", destacou.

Entre as recomendações emitidas pela Pasta, beber água frequentemente e manter o ambiente o mais úmido possível, seja por meio de umidificadores, baldes d'água ou toalhas molhadas, é a principal. Além disso, o órgão frisou que atividades físicas ao ar livre devem ser evitadas, assim como proximidade com os focos de queimadas. Para pessoas com comorbidades e com maior vulnerabilidade, como é o caso de gestantes, idosos e crianças, o trabalho junto às equipes de saúde deve ser ainda mais intenso, com atenção principalmente aos casos de náuseas, vômitos, falta de ar, tontura, confusão mental e dores intensas de cabeça, peito ou abdômen.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a universalização do sistema de saúde tem um "preço" e, ao mesmo tempo em que oferece tratamento a toda uma população, há uma queda na qualidade do trabalho prestado. Em um discurso com críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula disse, porém, que não aceitará o descrédito ao Sistema Único de Saúde (SUS).

"Desde que o SUS foi criado, abriu-se uma guerra na tentativa de desacreditar o SUS, de que o serviço não era de qualidade, que as pessoas eram mal atendidas, que eram vistas sendo atendidas em corredores de pronto-socorro", disse Lula, durante cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Oswaldo Cruz nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Planalto. Uma das condecoradas foi a primeira-dama, Rosângela da Silva.

De acordo com o presidente, no entanto, essas críticas não levam em conta que "toda vez que a gente tenta fazer com que todos tenham direito, o tratamento não é igual àquele que a gente atende meia dúzia de pessoas".

"A universalização tem um preço. O primeiro é o bom, de atender toda a humanidade. O segundo é que ela exige mais recurso, mais trabalho e muitas vezes, com a quantidade de gente, cai um pouco a qualidade. Mas isso nunca foi motivo para que a gente aceitasse o descrédito do SUS", acrescentou o chefe do Executivo federal.

No discurso, Lula fez diversas críticas ao governo Bolsonaro, especialmente na postura da gestão ao lidar com a pandemia de covid-19. "Nunca pensei viver um momento na história do Brasil em que você tinha uma linguagem oficial do presidente da República, de ministros da Saúde, de médicos com mandatos de deputado, tendo a desfaçatez de inventar tantas mentiras contra a vacinação", disse.

Pelo terceiro dia consecutivo, a qualidade do ar em São Paulo foi considerada uma das piores do mundo, de acordo com a empresa suíça de tecnologia IQAir, que monitora as condições da poluição em grandes cidades. O ranking de 120 metrópoles publicado no site da plataforma indica que nesta quarta-feira, 11, São Paulo ocupava o segundo lugar na lista, atrás de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e à frente de Karashi, no Paquistão. Na véspera e na antevéspera, a cidade já havia figurado em primeiro lugar no ranking.

A empresa suíça é especializada em tecnologia da qualidade o ar e organiza o ranking de 120 grandes cidades do mundo com dados gerados por estações operadas pelos governos locais, instituições de pesquisa regionais e organizações sem fins lucrativos. A classificação segue parâmetros de qualidade americanos.

A análise coincide com a da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). De acordo com o site da instituição, a qualidade do ar hoje na região metropolitana de São Paulo, de forma geral, é "muito ruim", com possibilidade de "aumento de sintomas respiratórios para a população em geral".

Segundo o último boletim, na região metropolitana e na capital, 16 estações registram qualidade do ar "muito ruim", oito estações com qualidade "ruim". No interior do estado, uma estação com qualidade "muito ruim", 15 com qualidade "ruim" e 11 estações com qualidade "moderada".

A qualidade do ar está muito ruim em São Paulo devido à suspensão de material particulado oriundo das queimadas que ocorrem em todo o País. Este material está sendo carreado para o sudeste, segundo o órgão. Por outro lado, as condições meteorológicas não estão favorecendo a dispersão dos poluentes, por conta da estiagem e dos ventos fracos.

Nessa classificação, de acordo com a Cetesb, pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças podem ter os sintomas agravados. A população em geral pode apresentar sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço. A indicação é reduzir esforço físico pesado ao ar livre. O tempo seco e a onda de calor devem continuar em São Paulo, ao menos, até domingo, 15.