Motta diz que levará para sessão requerimento de urgência de projeto que cria Bancada Cristã

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na manhã desta quarta-feira, 22, que levará para a sessão deliberativa desta tarde um requerimento de urgência para um projeto de resolução que cria a Bancada Cristã, com direito a voz e voto nas reuniões do colégio de líderes.

As declarações ocorreram durante um culto religioso realizado na Câmara. Na ocasião, Motta disse ter recebido um requerimento de urgência do presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Gilberto Nascimento (PSD-SP), e do presidente da Frente Parlamentar Católica, Luiz Gastão (PSD-CE), para acelerar a tramitação do projeto.

"Hoje é um dia de muita alegria para nós", disse Motta. "Acabo de receber, das mãos do Gilberto e do Gastão, um requerimento de urgência que trata de um projeto de resolução que cria a bancada cristã na Casa, demonstrando que as bancadas evangélica e católica têm interesse de caminhar conjuntamente em muitas pautas que são de interesse da população brasileira", disse.

Motta acrescentou: "Isso é muito importante para nossa Casa. É muito importante na Câmara dos Deputados. Quero dizer ao Gilberto, ao Gastão, a todos que estão presentes, que levarei em Mesa o requerimento de urgência hoje (quarta), para a sessão de logo mais à tarde, para que a Casa possa apreciar este requerimento de urgência e, consequentemente depois, o projeto de resolução".

A proposta altera o capítulo que criou a Bancada Negra, voltada para a representação de parlamentares negros com direito a voz e a voto nas reuniões de líderes. De acordo com o texto, a Bancada Cristã será composta por parlamentares "que professam a fé cristã", com um cargo de coordenação-geral e três vice-coordenadorias.

O artigo contém um dispositivo que diz que "compete à Bancada Cristã, além de zelar pela participação de seus respectivos deputados e deputadas nos órgãos e nas atividades da Câmara dos Deputados, participar, com os líderes, das reuniões convocadas pelo presidente da Câmara dos Deputados, com direito a voz e voto".

O texto também prevê o direito à Bancada Cristã de usar da palavra durante o período destinado às comunicações de liderança, por cinco minutos, semanalmente, no plenário da Câmara. A criação da bancada não implicará em ônus ou aumento de gastos financeiros para a Casa, diz o projeto.

Na justificativa, os autores citam o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dizem que "o Brasil é reconhecidamente uma nação de maioria cristã". Os parlamentares sustentam que "tal realidade social deve encontrar correspondência na representação política e no espaço democrático da Câmara Federal".

Eles também mencionam o direito constitucional à liberdade religiosa e dizem que a Bancada Cristã "reforça o direito dos parlamentares de organizarem-se para promover o debate público à luz de seus valores e convicções, garantindo maior articulação e visibilidade às pautas que defendem a família, a vida, a justiça social e a liberdade de expressão da fé".

A justificativa prossegue: "Cumpre registrar que a formalização da Bancada Cristã não tem caráter excludente, mas integrador: busca dar voz a milhões de brasileiros que desejam ver representados, no Parlamento, seus princípios éticos e espirituais". Eles concluem: "a criação da Bancada Cristã representa não apenas a valorização da fé, mas também o fortalecimento da democracia, na medida em que amplia os instrumentos de participação e organização parlamentar".

Em outra categoria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comandou exercícios nucleares no país, informou o Kremlin, num momento em que as relações com os EUA passam por tensão, após o presidente Donald Trump, ter levantado dúvidas sobre a continuidades dos diálogos para um acordo de paz na Ucrânia.

O exercício envolveu a tríade nuclear de Moscou e colocou em teste um míssil balístico intercontinental Yars, na base de lançamento de Plesetsk; um míssil balístico intercontinental Sineva, lançado por um submarino no Mar de Barents; e bombardeiros estratégicos Tu-95 disparando mísseis de cruzeiro de longo alcance.

Segundo o Kremlin, o treinamento testou o nível de preparação dos órgãos de comando militar e as habilidades práticas das tropas russas.

Na semana, Trump informou que encontraria Putin em Budapeste, na Hungria.

O encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Donald Trump foi agendado para o fim da tarde de domingo, 26, em Kuala Lumpur, na Malásia - início da manhã do mesmo dia no Brasil. A reunião ainda não foi divulgada pelo governo brasileiro, de acordo com fontes, por cautela, já que o anúncio tampouco foi feito até o momento pela Casa Branca.

Na segunda-feira, 20, o Itamaraty já tinha adiantado que o encontro entre os dois poderia se dar no domingo, para quando o cerimonial de Lula tinha deixado "janelas abertas" na programação da viagem à Ásia iniciada ontem - o presidente volta a Brasília no dia 28.

Os dois presidentes estarão no país nessa data para participarem da 47ª Cúpula do bloco econômico do Sudeste Asiático (Asean). O local foi considerado apropriado pelas partes por ser "neutro". A primeira vez que os líderes se encontraram foi durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, de forma muito breve. Depois, se telefonaram e, de acordo com relatos, Lula teria pedido a Trump que revisse a sobretarifa de 40% na importação de alguns produtos brasileiros.

Depois da chamada, houve uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Após a reunião, o chanceler disse a jornalistas que o encontro foi auspicioso.

Além do tarifaço, também deve estar na pauta a escalada de conflitos dos Estados Unidos com dois países da América Latina: Venezuela e Colômbia. A ideia da diplomacia brasileira é a de agir com parcimônia nesse encontro, sem necessariamente aguardar por soluções práticas de imediato. O que está claro para o governo brasileiro é que não serão discutidas ações ligadas à política interna do País.

A diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu nesta quarta-feira, 22, a "terrível falha" na segurança do museu após o surpreendente roubo à luz do dia das Joias da Coroa francesa. Ela afirmou ainda que ofereceu sua renúncia do cargo - o que foi recusado pelo ministro da Cultura. Fechado desde o ocorrido, o museu reabriu pela manhã.

Em testemunho ao Senado francês, a diretora disse que o Louvre tinha uma prejudicial falta de câmeras de segurança e outras "fraquezas" expostas pelo roubo de domingo, 19.

"Hoje estamos vivendo uma terrível falha no Louvre, pela qual assumo minha parte da responsabilidade", disse ela.

Por que roubar o Louvre? Tem mais a ver com pedras preciosas do que com arte

A polícia continua as buscas pelo grupo de quatro criminosos que realizaram o roubo na galeria Apollo. As autoridades dizem que os ladrões passaram menos de quatro minutos dentro do Louvre no domingo de manhã. Um elevador de carga foi movido para a fachada voltada para o Sena, uma janela foi forçada e duas vitrines foram quebradas.

A fuga foi realizada em motocicletas pelo centro de Paris. Os alarmes foram acionados, atraindo agentes para a galeria e forçando os ladrões a fugirem.

As joias têm um valor estimado de 88 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 550,2 milhões, segundo anunciado pela promotora Laure Beccuau na terça-feira, 21.

"O curador do Louvre estimou os danos em 88 milhões de euros", uma quantia "extremamente impressionante", mas que "não é de forma alguma paralela ou comparável aos danos históricos", acrescentou a promotora à rádio RTL.

*Com informações das agências internacionais.