Marçal publica pedido de desculpas a Malafaia e diz que eleição em São Paulo 'já está decidida'

Política
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O candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) publicou nesta terça-feira, 10, em suas redes sociais um vídeo pedindo desculpas e dizendo "ter respeito" pelo pastor Silas Malafaia, organizador do ato bolsonarista ocorrido na Avenida Paulista no último sábado, 7.

 

"Te peço perdão, Silas, porque você organizou, tem colocado a sua cara a bater, você sabe o respeito que eu tenho por você, mas aqui em São Paulo já está decidido", disse o ex-coach, em referência ao resultado das eleições municipais na capital paulista.

 

No 7 de Setembro, o candidato chegou no fim do evento e foi barrado de subir no trio elétrico de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Malafaia, Marçal evitou participar antes por ter receio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo de ataques durante o evento.

 

Ao Estadão, o pastor chamou o ex-coach de "otário" e afirmou que ele tentou "lacrar" com o episódio.

 

Bolsonaro, com quem o ex-coach ensaiava uma aproximação nas últimas semanas, se incomodou com a atitude de Marçal e disse que o candidato queria "fazer palanque às custas dos outros" e que foi impedido de subir no trio "por questões óbvias".

 

O ex-presidente também publicou um vídeo em sua lista de transmissão no Telegram classificando o candidato do PRTB como "traidor", "arregão" e "aproveitador".

 

No vídeo publicado em suas redes sociais, Marçal lamentou por não ter chegado a tempo do ato e afirmou que seria um "arregão" se falasse que compareceria ao evento e não fosse. Ele lembrou que estava voltando da viagem que fez a El Salvador e por isso chegou no "obrigado do Bolsonaro".

 

"Se eu falasse que iria e não conseguisse chegar a tempo eu seria um 'arregão'. Eu fui. Infelizmente, como alguém vindo lá da América Central, chegou no 'obrigado' do Bolsonaro. Eu lamento, queria ter chegado antes", ponderou o candidato.

 

No sábado, Marçal desembarcou de helicóptero nas proximidades da Avenida Paulista, caminhou pela multidão, deu autógrafos a apoiadores e, quando o evento já tinha terminado, tentou subir no trio elétrico onde Bolsonaro estava, mas acabou barrado. Por conta da viagem, candidato manteve suspense sobre sua participação no ato durante toda a semana.

 

O ex-coach ainda disse para o religioso ajudar Alexandre Ramagem (PL) nas eleições do Rio de Janeiro. "Ajuda o Ramagem para gente [sic] não perder a eleição aí com o Ramagem, se não vai dar primeiro turno para o Paes".

 

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de setembro, Ramagem aparece com 11% das intenções de voto, enquanto o prefeito Eduardo Paes (PSD), que tenta a reeleição, tem 59%.

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O CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou ter ficado surpreso com os protestos contra sua montadora de veículos elétricos nos Estados Unidos e atribuiu as manifestações violentas a democratas e à esquerda norte-americana.

"Foi um choque para mim perceber que estamos nesse nível de ódio real e de violência da esquerda", disse Musk em entrevista à Fox News. "Achava que a esquerda, os democratas, eram o partido da empatia, o partido que se importa com os outros. Mas eles estão incendiando carros, lançando coquetéis molotov e atirando em concessionárias", acrescentou. "Estão simplesmente destruindo Teslas."

Nas últimas semanas, concessionárias, estações de recarga e veículos da Tesla têm sido alvos de uma onda de ataques.

Musk classificou os atos como "insanos" e sugeriu que as manifestações estão relacionadas às suas medidas à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

"Quando você tira o dinheiro que eles estão recebendo de forma fraudulenta, ficam muito irritados. Querem me matar porque estou impedindo essa fraude. E querem prejudicar a Tesla porque estamos combatendo o terrível desperdício e a corrupção no governo", afirmou o executivo.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira, 19, a retomada das negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ressaltando que "nenhuma abordagem militar trará a segurança de que israelenses e palestinos tanto necessitam". Em uma publicação no X, Macron defendeu o "fim das hostilidades, a libertação dos reféns e a retomada das negociações" em Gaza. "A retomada dos ataques israelenses representa um retrocesso dramático para as populações de Gaza, os reféns, suas famílias e toda a região", acrescentou.

O enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, confirmou que representantes dos Estados Unidos se reunirão na Arábia Saudita na segunda e na terça-feira da semana que vem para discutir o acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que, segundo ele, está em um "bom caminho", em entrevista para a Bloomberg TV, nesta quarta-feira, 19.

"Um progresso incrível e enorme tem sido feito para o cessar-fogo na Ucrânia. Acho que podemos chegar em acordo total em algumas semanas", afirmou, ao dizer que acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, está "agindo de boa fé".

Segundo Witkoff, é provável uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Putin. O enviado especial também disse que o republicano acredita na paz. "A Rússia é uma relação crítica para Washington", mencionou, ao dizer que atualizou o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre os avanços do acordo por telefone na terça-feira, 18.