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O estrategista político Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, comparou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a juízes nazistas da década de 1930 e afirmou que as eleições presidenciais brasileiras de 2026 serão as mais importante do mundo.
Em entrevista concedida neste domingo, 19, a um canal brasileiro no YouTube, Bannon também declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa retornar ao poder e mencionou a existência de uma comunidade internacional disposta a ajudar o Brasil. Bolsonaro, no entanto, está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.
"É escandaloso o juiz do Supremo, e as pessoas devem saber e prever. Os brasileiros sabem que este homem é radical. Ele é como um juiz nazista dos anos 1930. Ele eventualmente precisa ser removido do cargo. Precisamos vencer em 2026. Sua justiça é mais corrupta que a de Lula. [...] Mesmo Lula sendo ruim, seu sistema judicial é mais corrupto que ele, e o juiz do Supremo Tribunal talvez seja um dos mais corruptos e uma das pessoas mais demoníacas do mundo. É por isso que é tão importante que o povo brasileiro vença em 2026 e restaure o presidente Bolsonaro na Presidência [...] A eleição mais importante do mundo é a eleição do Brasil", disse.
O STF foi procurado para comentar as declarações, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.
As declarações foram feitas durante um almoço organizado por Bannon, que reuniu integrantes da comitiva de parlamentares brasileiros que estão nos Estados Unidos para acompanhar a cerimônia de posse de Trump, marcada para esta segunda-feira, 20.
"No War Room [programa de comentários políticos comandado por Steve Bannon], estamos aqui para agir, e a comunidade de soberania internacional está pronta para apoiar vocês de qualquer maneira. Tínhamos pessoas confirmadas para este evento. Mais de 2 mil pessoas querem ver Bolsonaro hoje. Todos querem vir aqui para ver o presidente Bolsonaro", completou.
Bolsonaro tentou comparecer à posse de Trump, mas teve o pedido de restituição do passaporte negado por Moraes, que é relator do inquérito que investiga a suposta participação do ex-presidente em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Desde fevereiro de 2024, o passaporte dele está apreendido por decisão de Moraes no âmbito da Operação Tempus Veritatis.
Bannon também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de "vender a Amazônia" e de "corrupção". "Ele está traindo os brasileiros agora mesmo, vendendo a Amazônia ao Partido Comunista Chinês", disse.
Quem é Steve Bannon?
Steve Bannon é um estrategista político norte-americano que teve um papel central na campanha presidencial de Donald Trump em 2016. Após a vitória de Trump, Bannon foi nomeado estrategista-chefe da Casa Branca em 2017.
Bannon também é conhecido por apoiar líderes de extrema direita em todo o mundo, incluindo Viktor Orbán, na Hungria. Em 2024, ele foi condenado a quatro meses de prisão por se recusar a cooperar com a investigação sobre o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021. Bannon começou a cumprir a pena em julho do ano passado e foi libertado em outubro, um mês antes da eleição presidencial americana.
Ligações com o Brasil
No Brasil, Bannon é conhecido por ser aliado da família Bolsonaro e é considerado uma referência para os filhos do ex-presidente, de quem se tornou conselheiro político. Em janeiro de 2023, ele utilizou as redes sociais para estimular os atos golpistas em Brasília. Também usou seu perfil do Gettr - uma rede social de extrema direita - para chamar os golpistas de "lutadores da liberdade" e para disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral do Brasil.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já classificou o americano como "ícone do combate ao marxismo cultural". O parlamentar, inclusive, tentou que o pai se consultasse com Bannon sobre como se portar depois de ter perdido as eleições de 2022.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será empossado nesta segunda-feira, 20. A cerimônia terá a presença de integrantes da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de parlamentares brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá ao evento, e o governo brasileiro será representado por Maria Luiza Viotti, embaixadora do País em Washington.
Bolsonaro não irá à posse pois está com o passaporte retido pela investigação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A defesa do ex-presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do documento, mas teve o pedido negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Neste sábado, 18, Bolsonaro afirmou que se sentia constrangido por não poder ir à posse do aliado. O ex-presidente concedeu entrevista coletiva no Aeroporto de Brasília, onde acompanhou o embarque aos Estados Unidos da sua mulher, Michelle Bolsonaro (PL), que irá ao evento. Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também acompanhará a posse.
O parlamentar teve encontros em Washington com o presidente argentino, Javier Milei, e com o expoente da extrema direita americana Steve Bannon. Também neste fim de semana, esteve em um jantar promovido pelo futuro vice-presidente, J.D. Vance, e em um baile de gala para celebrar a comunidade latino-americana e espanhola nos Estados Unidos. No local, encontrou o filho de Trump, Donald Trump Jr, que perguntou pelo ex-presidente Bolsonaro.
Além de Eduardo, 19 deputados federais confirmaram ao Estadão que estarão presentes na posse, além do senador Jorge Seif (PL-SC). O número é menor do que os 39 parlamentares de oposição que manifestaram interesse em comparecer ao evento.
Nenhum dos parlamentares está em missão oficial como representante do Poder Legislativo. Dessa forma, os custos com translado e diárias não foram arcados com recursos públicos.
Veja a lista:
1) Deputado Adilson Barroso (PL-SP)
2) Deputada Bia Kicis (PL-DF)
3) Deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
4) Deputado Capitão Alden (PL-BA)
5) Deputada Carla Zambelli (PL-SP)
6) Deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
7) Deputada Coronel Fernanda (PL-MT)
8) Deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC)
9) Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
10) Deputado Giovani Cherini (PL-RS)
11) Deputado Joaquim Passarinho (PL-PA)
12) Senador Jorge Seif (PL-SC)
13) Deputado Luiz Philippe de Orleans (PL-SP)
14) Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS)
15) Deputado Marcos Pollon (PL-MS)
16) Deputado Maurício do Vôlei (PL-MG)
17) Deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS)
18) Deputado Messias Donato (Republicanos-ES)
19) Deputado Sargento Gonçalves (PL-RN)
20) Deputada Silvia Waiãpi (PL-AP)
21) Deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Morreu neste domingo, 19, aos 91 anos, o ex-comandante do Exército general Gleuber Vieira. Ele esteve à frente da instituição militar de 1999 a 2003, durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, e foi o último a ocupar o cargo de ministro do Exército antes da criação do Ministério da Defesa.
Nascido em 8 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro, e formado como aspirante a oficial de artilharia pela Academia Militar das Agulhas Negras em 1954, Gleuber Vieira atingiu o mais alto posto da hierarquia militar ao assumir, entre 1º de janeiro e 10 de junho de 1999, o cargo de ministro do Exército - sendo o último a ocupar essa função antes da reformulação da estrutura das Forças Armadas.
Com a criação do Ministério da Defesa, assumiu, em 10 de junho de 1999, o posto de primeiro Comandante do Exército, função que desempenhou até 1º de janeiro de 2003. Durante seu comando, o Brasil ampliou a participação em missões de paz da ONU, incluindo operações em Moçambique e Angola. Ele também implementou mudanças institucionais, como a abertura dos Colégios Militares, do Instituto Militar de Engenharia e da Escola de Saúde do Exército para mulheres.
O general do Exército foi ainda autor de publicações, entre elas História Oral do Exército na Segunda Guerra Mundial (2001), e idealizou a Fundação Cultural Exército Brasileiro (Funceb), criada para preservar a história militar e fortalecer sua conexão com a sociedade.
Em nota, o Exército lamentou o falecimento: "Prestamos nossas homenagens e expressamos as mais sinceras condolências à família, aos amigos e a todos que tiveram o privilégio de conviver com este grande líder. Que sua memória inspire futuras gerações de brasileiros a servir com honra e dedicação à Pátria".
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que pode ser escolhido para sair como candidato à Presidência da República em 2026, mas disse que a "indefinição" sobre a situação eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) adia a decisão. Atualmente, o ex-presidente está inelegível. As declarações ocorreram em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo, 19.
"Tenho feito reuniões regulares com governadores de direita. O grupo está de acordo que, caso Bolsonaro tenha condição de disputar, ele é o candidato mais viável. Caso não tenha, tentaremos encontrar um outro nome. Eu posso, sim, ser considerado viável e vir a ser escolhido", disse o governador, na entrevista.
Em seguida, ele respondeu se a espera por Bolsonaro trava a direita na construção de uma candidatura: "Essa indefinição sobre ele ser ou não candidato, com toda certeza, acaba postergando essa decisão e o trabalho que já poderia estar acontecendo".
Zema evitou opinar se achou justo o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal. "Eu sou favorável a toda investigação. Se há suspeita, que seja investigado. Quem não deve, não teme. Sou favorável à democracia, nunca apoiaria nenhum golpe e se alguém fez algo errado, que se explique", disse.
Questionado se considera Bolsonaro um aliado, Zema disse que há momentos em que o Novo e o PL não trabalham em conjunto. "Vamos pegar aqui o caso da minha eleição em 2022. Conversei com Bolsonaro para caminharmos juntos aqui em Minas, mas infelizmente não deu certo. Ele lançou o senador Carlos Viana e isso poderia ter me custado a eleição em primeiro turno", declarou.
Zema também afirmou ver como "ótimos nomes" para 2026 Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, e Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná.
"Tarcísio teria, na minha opinião, toda a condição, mas tem dito que quer ser candidato à reeleição. Me dou muito bem com Caiado e Ratinho. Da mesma maneira que eu, estão concluindo seu segundo mandato, são bem avaliados e representam bem a direita. São ótimos nomes", disse. Perguntado se seria vice de algum deles, Zema afirmou que não quer ser "rainha da Inglaterra".
Na eleição para o governo de Minas, Zema disse que vê Rodrigo Pacheco (PSD), Alexandre Kalil (PSD) e Alexandre Silveira (PSD) como principais nomes da esquerda. Ele afirmou ainda que vai apoiar seu atual vice, Professor Mateus (Novo), mas que não anularia a possibilidade de tomar outra posição para obter o apoio do bolsonarismo à Presidência.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apresentou uma queixa-crime contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso foi sorteado para o ministro André Mendonça.
Haddad associou Flávio ao esquema de "rachadinha", crime que consiste no parlamentar dono do mandato obter para si parte do salário dos funcionários de seu gabinete, ao defender o governo das críticas ao redor da desinformação sobre o Pix.
A declaração do ministro da Fazenda foi dada numa coletiva de imprensa para explicar a medida provisória editada pelo governo para reiterar o sigilo e a não taxação das operações de Pix. Ele aproveitou para criticar o clã Bolsonaro, que capitalizou a ofensiva contra o governo Lula nas últimas duas semanas.
"Nós não podemos colocar a perder os instrumentos que o Estado tem de combater o crime. As 'rachadinhas' do senador Flávio foram combatidas porque uma autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas do Flávio Bolsonaro. Agora ele está reclamando da Receita? Ele foi pego pela Receita. Então não adianta esse pessoal, que comprou mais de 100 imóveis com dinheiro de rachadinha, não pode ficar indignado com o trabalho que a Receita está fazendo. O Flávio Bolsonaro, em vez de criticar o governo, devia se explicar como é que ele, sem nunca ter trabalhado, angariou um patrimônio espetacular. Quem combateu esse tipo de crime foi a Receita Federal, com esses instrumentos", afirmou Haddad.
O Estadão revelou em 2018 que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) havia apontado uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio.
O Ministério Público investigou por dois anos o caso, que resultou em denúncia de crimes de fraude, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra Flávio, Queiroz e outros 15 envolvidos. Em 2021, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as decisões anteriores sobre o caso envolvendo Queiroz e Flávio.
A declaração irritou o senador. Por meio de nota, ele afirmou: "O próprio Judiciário já reconheceu que as acusações contra mim eram ilegais e o caso foi arquivado a pedido do próprio Ministério Público. Nunca houve sequer o recebimento de denúncia criminal contra mim, sou ficha limpa. Haddad é um impostor, dorme e acorda pensando em como meter impostos no lombo dos brasileiros. Ele está totalmente perdido e quer esconder sua incompetência mentindo criminosamente contra mim. Como ele é um mentiroso, não tenho dúvidas de que será condenado".
A líder do PSOL na Câmara, deputada federal Erika Hilton (SP), solicitou à Polícia Federal neste domingo, 19, a abertura de um inquérito sobre ameaças de morte recebidas na internet após a divulgação de um vídeo em que rebate afirmações do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em relação ao Pix.
De acordo com a assessoria da parlamentar, internautas fizeram postagens na rede social X em que disseram que ela deveria ser fuzilada, que pistoleiros deveriam ser "contratados para ficar em sua cola" e que o "Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação" - em uma referência ao assassino da vereadora Marielle Franco. Ela também relata que as ameaças foram estendidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
À PF, os advogados de Hilton enviaram mensagens e informações dos respectivos perfis e pediram a identificação dos autores dos crimes, segundo a assessoria. "Não recuarei. Estou, junto de meus advogados e equipe de segurança, tomando as medidas cabíveis para responsabilizar quem comete crimes, mas, acima de tudo, não podemos perder o foco, que é espalhar a verdade sobre os fatos", disse a deputada, em nota à imprensa.
No vídeo sobre o Pix, publicado no sábado, 18, Hilton faz um discurso em formato semelhante ao de Nikolas, mas, em vez de um cenário preto, como o do deputado, ela está vestida de branco. "Estão mentindo para você. O governo Lula nunca defendeu a taxação do Pix. Quem sempre defendeu foi o ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes", diz ela.
Segundo a assessoria, o vídeo teve 80 milhões de visualizações em 12 horas de veiculação. A "crise do Pix" se deu por causa de uma Instrução Normativa da Receita Federal publicada em setembro e que passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano. A medida ampliava a fiscalização da Receita sobre movimentações financeiras. O governo, no entanto, revogou a instrução e apontou como razão a disseminação de informações falsas.
O Banco Central (BC) realiza nesta segunda-feira, 20, dois leilões de dólares com compromisso de recompra, os chamados "leilões de linha". Cada operação terá limite de US$ 1 bilhão (R$ 6,06 bilhões).
Os leilões representam a primeira intervenção da autoridade monetária no mercado de câmbio em 2025. O BC injeta novos recursos no mercado quando considera que há alguma anormalidade nas negociações, o que ajuda a frear a disparada de preços.
Na sexta-feira, o dólar fechou cotado a R$ 6,06, em alta de 0,2%. Em 2024, a moeda americana teve valorização de 27% ante o real.
O leilão A ocorre entre 10h20 e 10h25, e o B, de 10h40 às 10h45. A liquidação das operações de recompra do BC ocorrerá no dia 4 de novembro, para o leilão A, e em 2 de dezembro, no caso do leilão B.
Em dezembro, o BC injetou US$ 32,575 bilhões no mercado de câmbio por meio de leilões, em meio à forte saída de dólares do País.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O índice de preços ao produtor (PPI, pela sigla em inglês) da Alemanha subiu 0,8% em dezembro de 2024 ante igual mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 20, pelo Destatis, como é conhecido o escritório de estatísticas do país.
O resultado veio abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, que esperavam alta de 1,0%, mas representa uma aceleração comparado ao mês anterior. Em novembro, o PPI havia registrado inflação de 0,1% na taxa anual, o primeiro avanço do índice de preços ao produtor na Alemanha desde junho de 2023.
Contudo, na comparação mensal, o PPI da Alemanha caiu 0,1% em dezembro ante novembro. Neste caso, a projeção era de alta de 0,2%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,32% na segunda quadrissemana de janeiro, em aceleração após o acréscimo de 0,25% observado na primeira quadrissemana deste mês, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta segunda-feira, 20.
Na segunda leitura de janeiro, seis dos componentes do IPC-Fipe ganharam força ou aceleraram a inflação. Apenas um, o de despesas pessoais, teve desaceleração dos preços no período.
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na segunda quadrissemana de janeiro:
- Habitação: -0,59% (de -0,62% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Alimentação: 1,12% (de 1,06% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Transportes: 0,18% (de -0,21% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Despesas Pessoais: 0,57% (de 0,93% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Saúde: 0,72% (de 0,64% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Vestuário: 0,46% (de 0,35% na primeira quadrissemana de janeiro)
- Educação: 1,51% (de 0,96% na primeira quadrissemana de janeiro)
A Starbucks informou que planeja realizar demissões como parte de um processo de reestruturação de sua equipe corporativa. O tamanho do corte não foi especificado, e ele não deve atingir os funcionários das lojas. A decisão foi comunicada aos empregados na sexta-feira, por meio de carta do presidente e CEO da companhia, Brian Niccol.
A empresa busca reduzir sua complexidade. Niccol disse que as decisões serão comunicadas até o início de março. "Não tomo essas decisões de ânimo leve e entendo que isso criará incerteza e preocupação até lá", escreveu. "Eu queria ser transparente sobre nosso progresso e nossos planos e garantir que você ouça sobre esse trabalho diretamente de mim."
A Starbucks emprega 361 mil pessoas em todo o mundo, de acordo com relatório anual apresentado em setembro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Laís Adriana*
São Paulo, 20/01/2025 - As bolsas da Europa operam sem direção única nesta segunda-feira, em compasso de espera pela posse de Donald Trump como presidente dos EUA e em dia de liquidez reduzida por feriado americana, que mantém mercados fechados em Wall Street. Na semana, falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nova rodada de balanços corporativos e de dados sobre atividade econômica serão destaque.
Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve queda de 0,05%, a 523,37 pontos. O Deutsche Bank observa que a consolidação do Eurostoxx ocorre após o índice registrar seu quarto ganho semanal consecutivo na semana anterior (+2,37%), marcando também seu melhor desempenho desde setembro.
Segundo analistas, o alívio nas perspectivas de flexibilização monetária e nos rendimentos soberanos dos dois lados do Atlântico continuam apoiando a recuperação dos ativos de risco, mas agora o foco deverá recair novamente sobre Trump. A Pepperstone acredita que a atenção do mercado estará sobre quaisquer sinais de política fiscal e de ordens executivas que o republicano possa assinar já nos primeiros dias de seu mandato. O Société Générale observa que a incerteza quanto as novas políticas econômicas dos EUA manterá desafios sobre a leitura e estratégia dos mercados internacionais.
Além da posse de Trump, investidores europeus também monitoram sinais sobre os próximos passos do BCE. Hoje, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha acelerou à taxa anual de 0,8% em dezembro, menos que o esperado. Em entrevista ao Politico, o dirigente do BCE Robert Holzmann (Áustria) alertou que um corte de juros em janeiro ainda não está decidido e que dependerá do desempenho da inflação. Na semana, a presidente Christine Lagarde também falará sobre política monetária no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Às 7h25 (de Brasília), o índice DAX tinha alta de 0,10% em Frankfurt, depois de renovar máxima histórica a 20.931,33 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançava 0,19%. Em Madri, o Ibex 35 tinha queda marginal de 0,01%. Em Lisboa, o PSI 20 caía 0,05%. Em Milão, o FTSE MIB cedia 0,31%, pressionado pelas perdas de 2,1% da Telecom Itália (grupo Tim) e de 1,6% da Enel.
Em Londres, o FTSE 100 subia 0,21%, com ganhos limitados pela persistência de incertezas políticas no Reino Unido. Segundo o jornal britânico The Independent , a Câmara dos Lordes aprovou e enviou hoje ao governo um inquérito que pressiona por reformas "urgentes" no sistema de benefícios para pessoas com deficiência.
Contato:
*Com informações da Dow Jones Newswires
Os preços médios do etanol hidratado subiram em 15 Estados, caíram em 6 e no Distrito Federal (DF) e ficaram estáveis em 4 na semana de 12 a 18 de janeiro. No Acre não houve base para comparação. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,97% na comparação com a semana anterior, a R$ 4,17 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 1,27% no período, de R$ 3,95 para R$ 4,00 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 1,24%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou a R$ 3,98. A maior alta semanal, de 6,77%, foi registrada na Paraíba, para R$ 4,26.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,34 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,16, foi observado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,93, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 5,29 o litro.
O time alternativo montado pelo Flamengo para disputar as primeiras rodadas do Campeonato Carioca continua sem vencer. Neste domingo, perdeu por 2 a 1 para o Nova Iguaçu, pela terceira rodada da Taça Guanabara, em jogo disputado no estádio Castelão, em São Luis (MA).
Os dois times reeditaram as finais do estadual de 2024, no qual o Flamengo se tornou campeão com duas vitórias: 3 a 0 e 1 a 0. Mas, neste momento, na tabela de classificação, o atual campeão soma apenas um ponto e divide a lanterna com o Bangu. Na outra ponta, o Nova Iguaçu divide a liderança com o Maricá, com sete pontos cada.
Por coincidência, o Flamengo enfrenta o Bangu na próxima quarta-feira, de novo na capital do Maranhão, pela quarta rodada. No mesmo dia, o Nova Iguaçu fará o duelo pela liderança contra o Maricá.
Antes deste jogo, o Flamengo tinha empatado com o Madureira por 1 a 1, em Campina Grande (PB), e depois perdido por 2 a 1 para o Boavista, em Aracaju (SE). Com pouco mais de quatro mil pessoas nas arquibancadas, este "tour" do Flamengo pelo Nordeste se caracterizou por um fiasco financeiro. Os torcedores sabiam que não veriam as estrelas rubro-negras e, por isso, não deram importância aos jogos.
Mesmo sem o apoio da torcida, o Flamengo começou melhor, com mais movimentação. Quase abriu o placar aos 17 minutos, quando Thiaguinho aproveitou vacilo da defesa e só não marcou porque o goleiro Lucas Maticoli fez o "abafa". No rebote, Lorran bateu rasteiro e acertou a trave.
Mas o "Laranjão", como é chamado o Nova Iguaçu, mostrou eficiência no ataque e fez seu gol aos 33 minutos. O lance começou pelo lado esquerdo com Andrey, que levantou a bola para a grande área. Phillippe Costa não conseguiu dominar, mas a bola sobrou para o chute de primeira de Lucas Cruz no canto esquerdo do goleiro Dyogo Alves.
O empate quase saiu aos 45, quando Lucas Maticoli não segurou falta cobrada na frente da área e teve que aliviar a bola com o pé para impedir o complemento de Thiaguinho.
O segundo tempo começou com o Flamengo imprimindo uma forte pressão no ataque. O empate saiu aos cinco minutos, quando Wallace Yan, que tinha entrado no lugar de Thiaguinho, aproveitou a sobra de uma bate rebate dentro da área, para finalizar para as redes.
O gol animou os flamenguistas que mantiveram o ritmo forte, porém, num lance casual, o Nova Iguaçu teve um pênalti a seu favor. Victor Rangel invadiu a área pelo lado esquerdo e cruzou, mas a bola bateu no braço de Felipe Vieira que tentou aliviar de carrinho. Na cobrança, o próprio Victor Rangel deslocou o goleiro Dyogo Alves e fez 2 a 1, aos 21 minutos.
Depois disso, o Nova Iguaçu se fechou na defesa e apenas se arriscou em contra-ataques esporádicos. Ao Flamengo faltou mais força e qualidade para tentar evitar a sua segunda derrota na competição.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 2 NOVA IGUAÇU
FLAMENGO - Dyogo Alves; Daniel Sales, Pablo, Felipe Vieira e Zé Welinton (Ainoã); Rayan Lucas, Fabiano (Schola), Guilherme Gomes (João Alves) e Lorran (Felipe Teresa); Thiaguinho (Wallace Yan) e Carlinhos. Técnico: Cléber dos Santos (interino)
NOVA IGUAÇU - Lucas Maticoli; Gabriel Pinheiro, Guilherme (Fernandinho), Mateus Müller (Jorge Pedra) e Sidney; Igor Guilherme, Lucas Cruz (Igor Lemos) e João Lucas (Renan); Xandinho, Andrey e Philippe Costa (Victor Rangel). Técnico: Carlos Vitor.
GOLS - Lucas Cruz, aos 33 minutos do primeiro tempo; Wallace Yan, aos cinco, e Victor Rangel, aos 21 do segundo.
CARTÕES AMARELOS - João Lucas, Fernandinho e Mateus Muller (Nova Iguaçu).
ÁRBITRO - Wallace Rogério Rufino de Lima.
RENDA - R$ 190.210,00.
PÚBLICO - 4.696 pagantes.
LOCAL - Estádio Castelão, em São Luis (MA).
A possibilidade de Neymar reforçar o Santos ainda neste começo de temporada já agita o vestiário do Santos. Autor do gol de empate do time na visita à Ponte Preta, por 1 a 1, em Campinas, pelo Paulistão, o atacante Guilherme não escondeu a ansiedade para ser companheiro do astro, que tenta rescindir com o Al-Hilal e antecipar a volta ao País - já tem salários acertados com o clube.
"Estou muito feliz com esse início de ano artilheiro (anotou os três gols do Santos). Acho que é o começo de ano do jeito que eu esperava", celebrou Guilherme, à TNT. "Trabalhamos muito para isso, terminei o ano passado bem, tive um bom 2024, começando e terminando bem, então fico feliz por estar ajudando e ter marcado mais um gol com essa camisa", seguiu, antes de revelar o quanto o time já conta com Neymar.
"Tenho tudo para continuar crescendo, mesmo com grandes jogadores chegando. Tomara que Neymar também chegue, que não apenas o Guilherme, mas todos ganham", afirmou, revelando que vem recebendo muitas ligações de familiares e amigos para saber se a volta do astro é realidade. "Também não temos muitas informações, mas é o que todos estão esperando e espero que aconteça."
Sobre o jogo com a Ponte Preta, Guilherme não escondeu que o técnico Pedro Caixinha ficou muito irritado com a apresentação fraca da primeira etapa. O treinador colocou quatro jogadores no aquecimento com somente 22 minutos.
"Ele disse que tanto na Vila Belmiro quanto fora temos de ter a mesma postura e não fomos bem no primeiro tempo. Ele cobrou e voltamos melhor. É um trabalho novo, não quero dizer que melhor ou pior, mas muito diferente (de Fábio Carille). Hoje não conseguimos fazer, de fato, o que ele exige, levamos uma dura, mas conseguimos buscar o empate."
Agora o Santos se prepara para o clássico com o Palmeiras, quarta-feira, às 21h35, na Vila Belmiro, apesar da possibilidade de ser levado ao Pacaembu. Preservado da viagem a Campinas, o venezuelano Soteldo volta para tentar melhorar o poder criativo e ofensivo, carente no Moisés Lucarelli.
Novos depoimentos reforçam a versão de José André da Rocha Neto, dono da Vai de Bet, sobre o acordo entre a empresa e o Corinthians. O negócio é objeto de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, por suspeita de furto qualificado, apropriação indébita, corrupção privada no esporte e lavagem de capitais. As versões contradizem Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, que diz ter procurado a empresa e afirma ter intermediado o acordo.
Segundo o Estadão havia noticiado, José André da Rocha Neto entrou em contato com o empresário Antônio Pereira dos Santos, o Toninho, ao tomar conhecimento da busca do Corinthians por um novo patrocinador máster, no fim de 2023. Toninho e seu funcionário, Sandro dos Santos Ribeiro, então, assumiram a função de intermediar o negócio.
Os dois esperavam receber R$ 25 milhões como comissão, mas até hoje não tiveram nenhum centavo do trabalho nas suas contas. "Nós não estávamos lá de graça. A gente foi e estava intermediando para ter uma comissão", disse Toninho, em depoimento revelado pelo Fantástico, da TV Globo.
O motivo de Neto ter procurado Toninho era que o empresário tinha contatos dentro do clube. "Toninho me liga um dia: 'Sandrinho, aciona aquele amigo seu do Corinthians, porque o menino da Vai de Bet, o André, está fechando patrocínios. De repente, a gente põe eles no Corinthians'. Na hora eu já pensei que, se a gente fecha um negócio desses, uma comissão de um patrocínio do Corinthians, ganhei meu ano", depôs Sandro, funcionário de Toninho.
O contato ao qual eles se referem é Washington Araújo Silva, que trabalhou na campanha de Augusto Melo à presidência, em 2023. Sandro e Toninho, então, reiteraram o encontro no Hotel Tivoli, em São Paulo, relatado por José Rocha Neto.
Foi nesta reunião, segundo os três depoimentos, que houve o acerto entre Corinthians e Vai de Bet. Além de Sandro, Toninho e José Rocha Neto, estavam presentes Augusto Melo, na época presidente eleito, e Marcelo Mariano, que viria a assumir a diretoria administrativa do clube, também chamado por Marcelinho.
"Chegando lá em São Paulo, estava o Marcelinho, o presidente (Augusto Melo) e mais três pessoas, Toninho e duas que não sei o nome", disse José André da Rocha Neto em seu testemunho. "No meio da reunião, o presidente saiu para uma outra reunião, deixou o Marcelinho lá com essas três pessoas. Pedi um tempo para pensar, subi para o quarto do hotel. Pensei, desci depois de duas horas, e fechei o negócio", completa.
O relato de Jose Rocha Neto coincide com o que foi dito por Toninho e Sandro e mostrado pelo Fantástico. Segundo eles, houve uma tentativa de definir os termos para a comissão, mas Marcelo apontou que era necessário que o contrato fosse feito por uma empresa já cadastrada no Corinthians, no caso a Rede Social Media, de Alex Cassundé.
"Falei: 'Certeza que vai dar essa 'embarrigada' na gente'. Pronto. Foi dito e feito", disse Sandro em depoimento. Tanto o nome dele quanto o de Toninho não estão no contrato. O dono da Vai de Bet nega ter conhecido Alex Cassundé.
Ainda conforme depoimento de José Rocha Neto, ele não discutiu o porcentual para a intermediação. "Deixamos certo que a (comissão) da intermediação seria nesses R$ 360 milhões, mas não me meti em porcentual de intermediador".
As três versões contradizem Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, que afirmou às autoridades que encontrou a marca por meio do ChatGPT e, assim, conseguiu o contato da empresa. Ele é dono da intermediadora suspeita de fazer repasses de parte da comissão a uma empresa "laranja", registrada no município de Peruíbe, no litoral paulista.
Procurado pela reportagem nesta semana, o advogado de Cassundé, Claudio Salgado, disse, em nota, que as informações prestadas em junho foram "sustentadas por provas de como os fatos aconteceram". Do R$ 1,4 milhão pago à empresa de Cassundé, R$ 1 milhão foi transferido para a Neoway. Em seu testemunho, ele afirmou que o pagamento era referente a um serviço de telemedicina, mas que foi vítima de um golpe. Contudo, não registrou boletim de ocorrência.
A empresa que recebeu os valores é a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, com endereço na Avenida Paulista que serviria como "laranja". Ela está no nome de Edna Oliveira dos Santos, mulher de origem humilde que vive em Peruíbe, no litoral paulista. "Todas as empresas ligadas, direta ou indiretamente, a pessoas do litoral, de Peruíbe, são empresas relacionadas à organização criminosa PCC", disse o delegado Tiago Correia, ao Fantástico.
O presidente do Corinthians, citado por deixar a reunião do acordo, disse que não tomou decisão sobre qual CNPJ seria registrado no contrato, mas que isso já chegou definido a ele. Ao Fantástico, Melo disse confiar no ex-diretor Marcelo Mariano, que, segundo ele, deixou o cargo para poder se defender no caso.
Augusto Melo novamente negou qualquer relação com Alex Cassundé, o que é o contrário do que o dono da Rede Social Media diz. O programa da TV Globo também mostrou uma nota de Marcelinho, em que o ex-diretor afirma que o contrato só foi possível pela atuação de Cassundé e que o patrocínio foi "assinado por todas as partes, sem questionamento, o que comprova lisura do procedimento".
O acordo de R$ 360 milhões da Vai de Bet com o Corinthians previa o pagamento de R$ 10 milhões ao longo dos 36 meses de contrato - ao todo, o clube recebeu R$ 66 milhões pelo tempo de parceria. O contrato previa o também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Ltda. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do contrato.
O dono da empresa de apostas disse que não teve contato com mais ninguém do Corinthians após fechar o acordo, com exceção de Marcelo Mariano, com quem discutiu como a marca da Vai de Bet seria utilizada no clube, e que não participou da coletiva do anúncio da parceria porque estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos. Por isso, pediu a André Murilo de Paes Bezerra, diretor administrativo da Vai de Bet, para participar do anúncio.
André Murilo prestou depoimento no mesmo dia e também afirmou que nunca teve contato com Alex Cassundé e que, em nenhum momento, recebeu ligação do intermediário apontado no contrato com o Corinthians e não tem conhecimento de conversas entre Cassundé e qualquer outro representante da marca. Após o caso vir à tona, José André conta que acionou a equipe jurídica da Vai de Bet.
DIA D PARA AUGUSTO MELO
Em 12 de dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar que suspendeu a votação do impeachment de Augusto Melo. Com isso, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., pôde convocar nova reunião. Se a destituição for aprovada nesta segunda-feira, o tema ainda terá de passar pelo crivo da assembleia de associados. O presidente tem confiança de que não será tirado do cargo em um eventual retorno da votação.
Para Augusto Melo, a movimentação fere o estatuto do Corinthians. Isso porque a Comissão de Ética e Disciplina recomendou a suspensão da votação até o fim das investigações da Polícia Civil no caso da Vai de Bet.
O Palmeiras deu adeus ao sonho de chegar ao seu terceiro título na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Neste domingo, o time alviverde perdeu de virada para o Grêmio, por 3 a 2, em Barueri, em uma noite desastrosa do goleiro Deivid. Com a vitória, o time gaúcho avançou para a semifinal, onde enfrentará o Corinthians, que venceu o Vasco por 1 a 0, em Santo André. Na outra semifinal, o São Paulo vai enfrentar o Criciúma.
Aos 19 anos, Deivid teve uma atuação para esquecer. No primeiro gol do Grêmio, o goleiro saiu para tentar cortar o lance com uma manchete, mas acabou vendo a bola ir direto para o fundo das redes. No segundo gol, deu azar, quando a bola bateu em suas costas após tocar no travessão e entrar. No terceiro gol, Deivid foi inocentado de culpa.
Essa não foi a primeira falha de Deivid na competição. Na vitória por 2 a 1 contra o Referência, o goleiro cometeu um erro similar ao de Marcos em 2003. Ele tentou dar um chutão e acabou furando a bola, numa lembrança do famoso lance na derrota do Palmeiras para o Vitória por 7 a 2 na Copa do Brasil daquele ano.
O Grêmio, em busca de seu primeiro título na competição, suportou a pressão e não se intimidou com os mais de 10 mil torcedores presentes na Arena Barueri. O time gaúcho saiu atrás no placar após gol de Erick Belé, mas virou com Pedro Gabriel e Gabriel Mec.
No segundo tempo, Riquelme empatou para o Palmeiras, e Figueiredo teve duas bolas na trave, mas foi o Grêmio quem comemorou a classificação, com um gol decisivo de Luiz Eduardo.
Deivid ainda tentou se redimir nos minutos finais. Fez uma defesa milagrosa em um contra-ataque gremista, mas não conseguiu evitar a eliminação do Palmeiras, que, apesar de lutar, viu o sonho de mais um título ser frustrado.
CORINTHIANS AVANÇA
Maior campeão da Copinha, com 11 títulos, o Corinthians foi eficiente ao derrotar o Vasco por 1 a 0, no estádio Bruno José Daniel, com um gol de Gui Negão aos seis minutos do primeiro tempo, após uma falha defensiva do adversário na saída de bola.
O Corinthians não fez uma grande exibição, mas contou com o apoio de seus torcedores para controlar a partida, neutralizando os espaços do Vasco e garantindo a vitória sem maiores sustos.
Bia Haddad e Laura Siegemund foram eliminadas do Aberto da Austrália pela dupla da canadense Gabriela Dabrowski e a neozelandesa Erin Routliffe com derrota por 2 sets a 1, na noite deste domingo, com parciais de 7/6 (7/5), 3/6 e 4/6. Agora, as vencedoras vão enfrentar a japonesa Miyu Kato e a mexicana Renata Zarazua, que bateram Asia Muhammad e Demi Schuurs, de virada, por 2 sets a 1.
A partida que derrubou Bia e Laura foi acirrada. Elas levaram o primeiro set no tie-break, em uma grande virada. Dabrowski e Routliffe chegaram a abrir três games de vantagem, mas a brasileira e a alemã empataram. Até no game derradeiro, houve muito equilíbrio, terminando com 7/5.
Dabrowski e Routliffe começaram o segundo set melhor. Desta vez, contudo, elas não deram margem para Bia e Laura reagirem da mesma forma. A canadense e a neozelandesa conseguiram abrir dois games de vantagem e mantiveram a diferença até fechar o set com 6/3.
O terceiro set começou, mais uma vez, com Dabrowski e Routliffe na frente. Elas abriram dois games, mas Bia e Laura conseguiram encostar. A partir do 2 a 2, a cada game conquistado por uma dupla, a outra empatava. Isso mudou após o 4 a 4. Dabrowski e Routliffe foram implacáveis nos dois últimos games, fechando em 40 a 15 duas vezes e garantindo a vitória do set e da partida, com 6/4.
A canadense é a terceira no ranking de duplas femininas, uma posição atrás da neozelandesa. Já Laura Siegeman é a 19ª, enquanto Bia Haddad ocupa a posição de número 60.
Na história do torneio de duplas, porém, a brasileira tem um melhor retrospecto. Sua melhor marca foi a final em 2022, ao lado da casaque Anna Danilina. Já o melhor resultado de Laura foram as quartas de final no ano passado, junto da checa Barbora Krejciková.
No individual, Bia perdeu para a russa Veronika Kudermetova por 2 sets a 0, na madrugada de sábado, e caiu na terceira fase. Se vencesse, a brasileira poderia alcançar um marco histórico e se tornar a primeira representante do País a chegar nas oitavas de final do Aberto da Austrália na era aberta do tênis - desde que a modalidade admitiu jogadores profissionais.
Outras duas duplas com brasileiras disputavam o torneio feminino. Na noite de sábado, Luisa Stefani e a norte-americana Peyton Stearns caíram diante da francesa Kristina Mladenovic e da chinesa Shuai Zang. Antes, as próprias Luisa e Peyton haviam eliminado Ingrid Martins e a romena Irina-Camelia Begu.
O Internacional anunciou neste domingo a contratação definitiva do lateral-esquerdo Alexandro Bernabei, um dos destaques do último Campeonato Brasileiro. O clube colorado pagou ao Celtic, da Escócia, cerca de R$ 37 milhões, com possibilidade de bônus por metas, para assinar com o atleta até o final de 2028.
"Estou muito feliz aqui, minha família também. Quero continuar dando o meu melhor para ajudar o Inter a conquistar grandes resultados. Sei o tamanho e o peso que é vestir essa camisa. Agora, é seguir buscando as melhores conquistas junto com meus companheiros e nossa torcida", declarou Bernabei, visivelmente emocionado com a oficialização de sua permanência no clube.
Bernabei chegou ao Internacional em março de 2024, por meio de um empréstimo, e rapidamente se tornou uma peça-chave na equipe, especialmente durante a recuperação do time no segundo semestre da competição. Ao longo do Campeonato Brasileiro, o lateral disputou 23 partidas, marcou três gols e contribuiu com seis assistências, números que lhe garantiram o prêmio de melhor lateral-esquerdo da competição.
As boas atuações no Brasileirão chamaram a atenção de outros clubes do futebol brasileiro, com Palmeiras chegando a avaliar a possibilidade de fazer uma proposta ao Celtic para contratar o jogador. No entanto, Bernabei optou por permanecer no Rio Grande do Sul, atraído pela continuidade de seu projeto no Internacional.
A confirmação da permanência de Bernabei no Internacional caiu em um momento estratégico, já que o clube estreia no Campeonato Gaúcho nesta quarta-feira, às 19h, contra o Guarany de Bagé, no Estádio Estrela D'Alva. A presença do lateral na competição estadual promete reforçar ainda mais a equipe, que visa iniciar o ano com o pé direito.
Três reféns israelenses foram libertadas neste domingo, 19, pelo grupo terrorista Hamas e recebidas pelos seus parentes em Israel depois do acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes entrar em vigor. A trégua estava prevista inicialmente às 9h15 do horário local, mas atrasou três horas porque Israel não havia recebido os nomes das pessoas que seriam libertadas. O Hamas declarou que o atraso se deu por "questões técnicas".
As reféns foram identificadas como Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. As três foram sequestradas no ataque terroristas de 7 de outubro de 2023 e eram mantidas em esconderijos na Faixa de Gaza desde então. O acordo prevê a libertação de outros 30 reféns em breve, em troca da soltura de 90 mulheres e adolescentes palestinos presos por Israel.
As mulheres foram recebidas pela Cruz Vermelha em Gaza, onde passaram por uma avaliação médica, e depois entregues aos militares israelenses. Elas se reencontraram com as mães no Hospital Sheba, em Tel Aviv. Uma das libertadas, Emily Damari, perdeu dois dedos no dia em que foi sequestrada e apareceu nas imagens divulgadas com a mão esquerda enfaixada.
Após a libertação, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, divulgou um vídeo em que aparece em uma conversa telefônica com o principal coordenador da libertação dos reféns, Gal Hirsch. "Eu sei, todos nós sabemos, que elas passaram por um inferno. Elas estão saindo da escuridão para a luz, da escravidão para a liberdade", afirma o premiê no vídeo.
ALEGRIA E INCERTEZA
Com a trégua no conflito estabelecida, tanto os israelenses quanto os palestinos sentem uma mistura de alegria e incerteza. "A pedra que estava sobre o meu coração foi removida", disse Dov Weissglas, um ex-político israelense. "Queremos ver os reféns em casa, ponto final."
A mesma metáfora serviu para os palestinos descreverem a sensação da trégua na Faixa de Gaza, onde foram as ruas para celebrar o fim das bombas e das operações militares. Cidadãos festejaram na cidade de Deir al Balah, no centro do enclave, e começavam a retornar para casa. "O peso do meu peito foi aliviado", disse Ziad Obeid, um funcionário público de Gaza que foi deslocado várias vezes durante a guerra. "Nós sobrevivemos."
Apesar do alívio, a incerteza persiste no futuro da trégua. Previsto inicialmente para seis semanas, o acordo tem outras duas fases que ainda não foram negociadas. O atraso nas primeiras horas do cessar-fogo foi um alerta de sua fragilidade. Segundo autoridades de Gaza, ataques israelenses feriram e mataram mais pessoas durante esse período.
Os palestinos permanecem incertos sobre o destino de vários milhares de seus cidadãos detidos sem comunicação durante a guerra, que podem não ser libertados nas trocas dos próximos dias. Reema Diab, dona de casa que mora no centro de Gaza, ainda não havia conseguido localizar o marido, um criador de cavalos, no domingo. Segundo ela, ele foi levado para um interrogatório em Israel em dezembro de 2023 e nunca mais retornou para casa. "Estou aliviada pelo derramamento de sangue ter chegado ao fim, mas meu coração dói", disse.
Em Israel, a incerteza é pelo destino de 65 reféns que permanecerão em Gaza caso a trégua chegue ao fim após as primeiras seis semanas. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O vice-presidente da China, Han Zheng, teve reuniões com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, JD Vance, e com líderes empresariais americanos, incluindo Elon Musk, em Washington, no domingo, 19.
Zheng, que serve como enviado do presidente chinês Xi Jinping para a posse de Donald Trump na Casa Branca, marcada para esta segunda-feira, 20, "discutiu uma série de tópicos, incluindo fentanil, equilíbrio comercial e estabilidade regional," com Vance, de acordo com a equipe de transição de Trump.
O vice-presidente chinês enfatizou os "extensos interesses comuns e enorme espaço de cooperação" que os Estados Unidos e a China compartilham nas relações econômicas e comerciais, apesar de "alguns desacordos e fricções", segundo um resumo da reunião com Vance divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da China nesta segunda-feira. Fonte: Associated Press.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu neste domingo, 19, impor tarifas comerciais para levar indústrias de volta ao país. A fala foi feita em discurso no ginásio Capital One Arena, em Washington. Trump toma posse nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente americano.
"Vamos cortar impostos. Vamos acabar com a inflação. Vamos reduzir os preços. Vamos aumentar os seus salários e trazer milhares de fábricas de volta para os Estados Unidos, exatamente onde elas devem estar. Isso será feito através de tarifas, políticas inteligentes", prometeu. "Vamos construir nos Estados Unidos, vamos contratar americanos, vamos comprar produtos americanos."
O presidente eleito não detalhou as medidas econômicas que pretende adotar, mas sinalizou que elas devem ser tomadas já nesta segunda-feira, por meio de ordens executivas, equivalentes a medidas provisórias no Brasil.
Ele relatou que foi aconselhado a não assinar todas as ordens executivas de imediato, mas disse que ignorou a recomendação. "Terei muito o que assinar depois", afirmou. "Vocês verão ordens executivas que eu vou aprovar, muitas, muitas."
Trump citou medidas para desregulamentar a aérea ambiental e de energia. Para a primeira, prometeu acabar com todas as regulamentações que "atrapalham os negócios". Para a segunda, disse que usará os recursos energéticos dos Estados Unidos, como o petróleo, para acabar com a inflação.
Ele prometeu também a construção de um grande "domo de ferro" para proteger os Estados Unidos, usando para isso as forças armadas do país.
O câncer do colo do útero é uma condição que atinge muitas mulheres. Estima-se que 17 mil casos serão diagnosticados entre 2023 e 2025, de acordo com o Ministério da Saúde. O diagnóstico precoce desta neoplasia é muito importante para o tratamento, pois se descoberto na fase inicial pode ser curado.
Esse tipo de câncer instala-se na parte inferior do útero e, em quase todos os casos, é originado por uma infecção persistente por tipos específicos do Papilomavírus Humano (HPV).
"A condição pode inicialmente se desenvolver sem apresentar sintomas evidentes. No entanto, à medida que a doença progride, alguns sinais podem surgir, como sangramento vaginal anormal, sangramento durante a relação íntima, dor pélvica e corrimento vaginal incomum com odor desagradável", explica Thais Almeida, oncologista no IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento de câncer.
A prevenção é uma estratégia fundamental quando se trata de câncer do colo do útero. O principal método de prevenção é a vacinação contra o HPV, recomendada e disponível no SUS para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos de idade com esquema de dose única. A vacina protege contra cepas (tipos) de alto risco do HPV que podem causar o desenvolvimento do tumor.
Almeida ainda ressalta que o HPV é um vírus com diversas variações, logo, a vacinação previne os tipos mais frequentes do vírus, porém não todos, sendo, outra importante forma de prevenção o uso de preservativo masculino ou feminino nas relações íntimas.
“A realização regular do exame de Papanicolau, cuja frequência depende da idade e do histórico médico, também pode ajudar na identificação de mulheres com alto risco para lesões pré-cancerosas ou cancerosas, possibilitando a realização de medidas de redução de risco ou até mesmo diagnóstico precoce, quando há maiores chances de cura”, reforça a especialista.
As diretrizes brasileiras estão em fase de atualização devido a incorporação dos testes moleculares para detecção do HPV de alto risco ao SUS em 2024 como forma de rastreamento do câncer do colo do útero, segundo o Ministério da Saúde.
Formas de se diagnosticar
Além do Papanicolau, outro exame que é importante para o diagnóstico é a colposcopia que é um exame ginecológico visual que utiliza um colposcópio para ampliar a imagem do colo do útero, ajudando na visualização de áreas anormais, além de permitir a realização de biópsias.
“Caso a biópsia se mostre necessária durante a colposcopia (retirada de um pequeno fragmento de tecido do colo do útero para que seja analisado em laboratório), poderá ser confirmado o diagnóstico de lesão pré cancerígena ou câncer e determinado o tipo de tumor”, comenta a especialista.
Tratamentos
O tratamento pode variar conforme o estágio da doença. As possibilidades podem incluir a remoção apenas do colo do útero nas lesões pré malignas até cirurgias para remover o tumor, com variações que vão de procedimentos menos a mais invasivos. Além disso, a radioterapia utiliza radiação para destruir as células cancerosas, enquanto a quimioterapia faz uso de medicamentos para combater o câncer.
“Também há a terapia alvo, que se baseia em medicamentos que atuam especificamente em alvos moleculares nas células cancerosas. Informação, autocuidado e adesão às medidas preventivas são essenciais para evitar o câncer do colo do útero”, explica Thais Almeida. O especialista ainda reforça que é essencial procurar um profissional de saúde em caso de sintomas, pois a detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura.
A calvície sempre foi um dos desafios estéticos mais comuns, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar dos avanços nas técnicas de transplante capilar e no desenvolvimento de tratamentos tópicos e orais, a busca por uma solução definitiva continua. Nos últimos anos, a genética tem se mostrado um caminho promissor para a prevenção e até mesmo para a reversão da calvície. Mas será que estamos realmente próximos de uma cura?
Dra. Danielle Gitti, farmacêutica esteta, tricologista e CEO da Cabeloz, acompanha de perto os avanços científicos na área e explica como a genética pode revolucionar os tratamentos para queda de cabelo.
O Papel da Genética na Calvície
A calvície androgenética, a forma mais comum de perda capilar, tem forte influência genética. Estudos mostram que genes herdados dos pais determinam a predisposição à queda de cabelo, afetando a sensibilidade dos folículos ao hormônio dihidrotestosterona (DHT), um dos principais responsáveis pelo afinamento e miniaturização dos fios.
"A genética desempenha um papel crucial na calvície. Por mais que existam fatores ambientais que influenciam a saúde capilar, a predisposição genética ainda é determinante para quem desenvolverá a queda de cabelo progressiva", explica Dra. Danielle.
Atualmente, testes genéticos já conseguem identificar a propensão à calvície, permitindo que pacientes iniciem tratamentos preventivos antes mesmo dos primeiros sinais de queda.
Edição Genética e a Possibilidade de Uma Cura Definitiva
Nos últimos anos, a ciência avançou significativamente na área de edição genética, principalmente com a tecnologia CRISPR-Cas9, que permite modificar sequências de DNA para corrigir genes defeituosos. Essa tecnologia, que já vem sendo testada para tratar doenças genéticas, também tem sido estudada como uma alternativa para bloquear os genes responsáveis pela calvície.
"Se conseguirmos modificar a predisposição genética para a calvície, poderemos evitar que os folículos se tornem sensíveis ao DHT, prevenindo a queda dos fios antes mesmo de ela começar", destaca a especialista.
Cientistas já estão investigando formas de reprogramar células-tronco do couro cabeludo para regenerar folículos capilares de maneira natural e permanente. Essas pesquisas indicam que, no futuro, poderemos desenvolver terapias capazes de reverter completamente a calvície sem a necessidade de transplantes.
Enquanto a Cura Não Chega: Os Avanços Atuais no Transplante Capilar
Embora a cura genética para a calvície ainda esteja em estágio experimental, os avanços nos transplantes capilares já permitem resultados cada vez mais naturais e eficazes.
"As técnicas modernas, como FUE (Follicular Unit Extraction) e DHI (Direct Hair Implantation), possibilitam a extração e implantação precisa dos folículos, garantindo uma recuperação rápida e um aspecto natural", explica Dra. Danielle.
Além disso, terapias complementares, como o uso de fatores de crescimento, bioestimulação capilar e tratamentos com células-tronco, ajudam a fortalecer os fios e a prolongar a longevidade dos folículos transplantados.
"A combinação de transplante capilar com tratamentos regenerativos já está transformando a vida de muitos pacientes. Enquanto aguardamos uma solução definitiva pela genética, essas abordagens oferecem uma resposta eficaz para quem deseja recuperar a densidade capilar e a autoestima", reforça a especialista.
Conclusão
O futuro do tratamento da calvície está cada vez mais ligado à genética. Embora ainda não exista uma cura definitiva, os avanços na edição genética e na bioengenharia capilar indicam que estamos no caminho certo para revolucionar essa área da tricologia.
"Se as pesquisas continuarem evoluindo nessa direção, é possível que, em um futuro não muito distante, consigamos evitar a calvície de forma preventiva, sem a necessidade de intervenções cirúrgicas. Enquanto isso, os transplantes capilares seguem sendo a solução mais eficaz e segura para quem busca recuperar os fios", conclui Dra. Danielle Gitti.
Com a constante evolução da ciência, o sonho de uma cura definitiva para a calvície pode estar mais próximo do que imaginamos.
A ministra Nísia Trindade anunciou, nesta sexta-feira (17), a reativação de 218 leitos no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e estabeleceu prazo para que a emergência volte a funcionar após seis anos fechada. A unidade é administrada, desde outubro do ano passado, pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Nesta manhã, a ministra da Saúde visitou a unidade, na Zona Norte do Rio de Janeiro e destacou que a emergência voltará a funcionar até 31 de janeiro. As medidas fazem parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro.
Dos 218 leitos reabertos, 100 já estão em funcionamento na unidade. Com a medida, 100% das vagas estarão em operação. A emergência contará com 50 leitos e terá acesso referenciado, ou seja, o serviço de regulação do município encaminhará os pacientes para o local. Isso impede que casos leves concorram com graves. Na prática, 423 leitos estarão em funcionamento, sendo 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No início, o cenário encontrado era de mais da metade dos leitos fechados.
Durante a agenda, a ministra Nísia Trindade também anunciou o início do funcionamento do novo raio-X do Hospital de Bonsucesso. As obras no centro de imagem estavam paradas desde 2020, quando a unidade sofreu um incêndio. Desde então, o local operava com aparelhos portáteis.
“Desde o início do governo, sob o comando do presidente Lula, estamos investindo nos hospitais federais do Rio de Janeiro. A maior demonstração é o lançamento do Plano de Reestruturação. A abertura dos leitos e da emergência é um grande avanço para o serviço de saúde do Rio e para a população. Com a reestruturação, os hospitais alcançarão o pleno funcionamento da capacidade e ficarão ainda mais integrados ao SUS”, destacou a ministra.
Nesse cenário, a reabertura da emergência vai fortalecer a capacidade de resposta em situações críticas e a recuperação plena dos leitos vai permitir um salto na capacidade de atendimento, reduzindo filas e ampliando o acesso aos serviços de saúde.
Ao todo, o Ministério da Saúde vai investir R$ 263,7 milhões no Hospital Federal de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e mais R$ 218,29 milhões em 2025. Os recursos garantem avanços na gestão de melhoria da infraestrutura da unidade.
Reestruturação
Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação. Os hospitais federais de Bonsucesso (HFB), do Andaraí (HFA), Cardoso Fontes (HFCF) e Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo.
O HFCF e o HFA foram municipalizados para a Prefeitura do Rio de Janeiro. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.
A unidade de Bonsucesso é administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) desde outubro de 2024. Entre as ações mais recentes, está a contratação de 2 mil funcionários. Dentre os profissionais, estão médicos, nutricionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros.
O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.
No caso da unidade da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) com o hospital.
O Hospital de Ipanema está passando por ações de construção para modernização e melhorias nos próximos meses.
Servidores
A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção dos servidores por outros locais de trabalho.
O Ministério da Saúde criou um canal de atendimento para tirar dúvidas de servidores sobre o plano de movimentação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do DGH. Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.
O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro apresenta de 22 de janeiro a 08 de março de 2025 a exposição Terra, primeira individual da artista plástica paulista, Zilah Garcia. Com curadoria da historiadora da arte, crítica, professora e pesquisadora carioca, Daniele Machado, a mostra reúne cerca de 20 peças de duas séries que entrelaçam memória afetiva, sustentabilidade e inovação técnica no fazer artístico inspirados no clássico Os sertões, de Euclides da Cunha.
"A exposição traz muito da minha verdade porque reflete histórias e experiências que carrego desde a infância, especialmente as que aprendi com meus avós. Essas memórias fundamentam as peças que o público verá na mostra", comenta a artista. As obras, que ocupam parcialmente o espaço cultural localizado no centro do Rio, ressignificam texturas, cores e materiais, e dialogam com temas como o êxodo nordestino, a resiliência humana e o impacto ambiental.
"Zilah é uma artista em pleno processo de construção, que se permitiu correr riscos significativos ao explorar novas técnicas e materiais. Os resultados de sua pesquisa e produção têm sido reveladores, e o risco assumido reflete coragem e dedicação", observa Daniele Machado.
Nascida em Olímpia, cidade do interior de São Paulo que ficou conhecida como a capital do folclore, Zilah Garcia cresceu em contato com as artes no ateliê da mãe e iniciou sua trajetória artística ainda criança, estudando pintura, escultura e desenho. Mais tarde, chegou a estudar a técnica de afresco na Itália.
Após dedicar-se por quase três décadas ao mercado de moda e estamparia, decidiu concentrar-se nas artes plásticas há cerca de três anos. Desde então, frequenta os cursos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde vem experimentando diferentes técnicas e linguagens, além de ampliar seu repertório nos cursos teóricos ministrados por Daniele Machado na mesma instituição.
Diálogo com a literatura brasileira e as raízes familiares
Os trabalhos foram inicialmente inspirados no clássico da literatura brasileira Os sertões, de Euclides da Cunha. Em 2022, enquanto organizava seu ateliê, Zilah encontrou uma edição do livro, que havia lido na adolescência. A obra, que narra uma espécie de epopeia da vida sertaneja contra as elites brasileiras, trouxe à tona as imagens das histórias contadas por seu avô, que migrou do sertão nordestino para São Paulo em busca de uma vida melhor. Esse reencontro reavivou memórias familiares e aprofundou a conexão com o município de Quixeramobim, no Ceará, terra natal de Antônio Conselheiro, figura central da sangrenta Guerra de Canudos (1896-1897) e origem dos antepassados da artista. O bisavô de Zilah, Damião Carneiro, foi proprietário da fazenda Canafístula, localizada na mesma cidade.
"Minha obra é uma homenagem à luta dos sertanejos descritos neste livro originalmente publicado em 1902. Cada grão de terra carrega consigo histórias de resiliência e esperança, refletindo a força de um povo que resiste mesmo diante das condições mais adversas", afirma Zilah.
Experimentação com a terra
Tendo como matéria-prima a terra, a série é composta por pinturas-objetos – obras que, embora tenham a tela como suporte, incorporam um caráter tridimensional através de um processo artesanal e experimental desenvolvido por Zilah. O efeito craquelado, característico da terra que se racha devido à seca, é obtido por meio dessa experimentação que discute forma e espaço. Para criar as texturas, a artista coleta terra de diferentes regiões do Brasil e processa pedras que, ao serem trituradas, se transformam em uma espécie de massa. Essa mistura é esculpida na tela, aderindo à superfície durante o processo de secagem.
Para alcançar a consistência ideal, Zilah utiliza instrumentos manuais, trituradores elétricos e até secadores de cabelo, ajustando seu método conforme as características dos materiais encontrados. De acordo com a curadora, "essa liga não só evoca as condições áridas descritas na obra literária, mas estabelece um vínculo sensorial com o ambiente retratado". Na poética de Zilah, a seca se transforma na solução criativa que garante a conservação das obras, ao longo do tempo.
Os trabalhos Onze Anos e Doze Anos evidenciam as duras condições de aridez que marcam a narrativa de Euclides da Cunha. Em peças como Terra Ignota e Culto das Seis, Zilah integra páginas de edições antigas de Os Sertões, que passam por um processo cuidadoso de impermeabilização antes de serem aplicadas sobre a massa de terra. Esse tratamento assegura que o papel interaja com os outros materiais sem perder integridade.
Para Daniele, a série de Zilah estabelece um diálogo profundo com a obra do grande escritor brasileiro, explorando a seca em múltiplas dimensões: "Pensando a seca não apenas como uma questão social, mas também como um elemento plástico. Ou, ainda, como um projeto político que transcende as questões naturais. E, na esfera da História da Arte, refletindo sobre a relação da matéria com a umidade."
Sustentabilidade e reaproveitamento de materiais
A mostra inclui a instalação Embaixada ao céu, composta por 200 exemplares de diferentes edições de Os Sertões. Resgatados de sebos ou comprados diretamente de pessoas de diversas regiões do país, os livros foram incorporados à obra e serão doados na abertura da exposição, evidenciando o compromisso da artista com a questão da sustentabilidade.
"Essa instalação é, também, um convite à reflexão sobre o ciclo de vida dos objetos. Livros são frequentemente descartados apesar da potência atemporal de disseminar conhecimento e fomentar a imaginação", afirma Zilah.
Além do evidente reaproveitamento de materiais, a curadora Daniele Machado destaca que a prática artística de Zilah abraça a sustentabilidade ao priorizar o uso de recursos locais, como pigmentos orgânicos.
No mesmo contexto, a série Abrindo camadas (2023) une o fazer artístico ao ativismo ambiental. Movida pela coleta de resíduos plásticos recolhidos em praias de Santa Catarina, onde a artista viveu por um período, Zilah criou tapeçarias com sacolas plásticas reutilizadas. "Essa obra transcende o aspecto tangível e convida o público a refletir sobre o impacto de suas escolhas, demonstrando como o que é descartado pode ser transformado em algo de valor e significado", comenta a artista.
Daniele ressalta a conexão entre a prática do tecer – aprendida com a avó de Zilah – e o uso das sacolas plásticas na tapeçaria. A Mar de Torções (2024) celebra essa memória ao contrastar elementos de técnicas ancestrais, como rendas e panos bordados feitos pela avó da artista, com a tapeçaria contemporânea criada a partir de sacolas plásticas. "Esses elementos estabelecem uma ponte entre a memória familiar e a sustentabilidade, mostrando como o ato de tecer atravessa gerações, ressignificando-se desde a renda tradicional até as criações contemporâneas com materiais reciclados", conclui a curadora.
A exposição conta ainda com um filme que documenta a viagem de Zilah ao município de Canudos, interior da Bahia, no final de 2024. A projeção exibe a paisagem descrita por Euclides da Cunha sobre a História de Canudos e revela como a vivência da artista naquele território influenciou sua pesquisa artística.
A USP dá início no próximo dia 30 de janeiro à etapa da capital paulista da itinerância da exposição inédita e gratuita “USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus”, que percorreu todos os municípios onde há campus da universidade: Ribeirão Preto, Pirassununga, Bauru, São Carlos, Piracicaba, Lorena e São Paulo. A abertura acontece às 10h no Centro de Inovação da USP – InovaUSP, e a exposição fica em cartaz na cidade até o dia 28 de fevereiro, com visitação de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h.
A mostra apresenta uma experiência imersiva e digital que promove o encontro e a descoberta dos museus estatutários da universidade, detentores dos maiores e mais relevantes acervos do Brasil: Museu de Arte Contemporânea (MAC), Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Museu de Zoologia (MZ) e o Museu do Ipiranga, que faz parte do Museu Paulista (MP).
Com seções exclusivas, os quatro diferentes acervos estarão reunidos no mesmo espaço por meio da intersecção entre recursos de realidade virtual e peças físicas selecionadas, criando para o público uma oportunidade de contemplar em um só trajeto a diversidade de conhecimento produzido e preservado por estes museus da USP. Todas as simulações e criações virtuais foram feitas na própria Universidade,
pela equipe do InovaUSP.
“A proposta dessa exposição parte do desejo da universidade de maior aproximação com o público. Em relação aos museus, nossos acervos estão entre os maiores e mais importantes do mundo, com conteúdos incríveis e um trabalho de pesquisa e conservação bastante qualificado. Assim, a curadoria da mostra selecionou recortes representativos em uma concepção que leva o público para uma imersão nesse universo.
A ideia não é simplesmente levar os museus até outros locais, até porque isso seria impossível, mas sim passar ao público um pouco dessa dimensão e revelar todo este trabalho, convidando para que as pessoas façam uma visita aos museus sempre que tiverem essa oportunidade”, explica o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
O percurso inicia com “4M”, filme documentário imersivo em formato de videoinstalação do artista e videomaker Tadeu Jungle. O acervo do MAC apresenta Boccioni no Brasil, tendo como destaque uma réplica da célebre obra Formas Únicas da Continuidade no Espaço, além da mostra Tempos Fraturados. O recorte do MAE para a exposição investiga a ocupação passada e presente dos povos indígenas na cidade de São Paulo e traz artefatos junto a uma projeção tridimensional do sítio arqueológico Abrigo Itapeva.
O MZ trata do processo evolutivo animal e apresenta uma compilação de fósseis, além de mostrar exemplares impressionantes de dinossauros, inclusive um descoberto pela equipe do museu. Já o enfoque do MP se volta para a diversidade da sociedade paulista por meio de retratos históricos e coleções de porcelanas, além de levar o visitante a conhecer parte das salas expositivas do Museu do Ipiranga e a célebre obra Independência ou Morte!
A nova mostra receberá visitas espontâneas autoguiadas e também contará com monitores e programa educativo para receber grupos e escolas da cidade.
O coordenador da exposição, Hussam El Dine Zaher, que também é pró-reitor adjunto de Cultura e Extensão Universitária, comenta como essa exposição também tem um papel de divulgar uma pequena amostra de espaços que podem ser visitados para uma experiência ainda mais profunda.
“Diferente de muitas experiências imersivas, em que a realidade virtual leva o público para lugares e tempos distantes — difíceis ou impossíveis de acessar —, “USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus” traz até o público museus dos quais ele está a apenas alguns quilômetros de distância, como em um chamado para sua visitação e para o entendimento de seu papel enquanto espaços públicos e objetos de produção e formação acadêmica”, diz.
Zaher destaca ainda o envolvimento dos museus no trabalho de produção da iniciativa: “Todos os diretores, curadores e equipes tiveram uma dedicação imensa ao longo de vários meses planejando e construindo essa exposição. É um trabalho de muitas mãos e olhares, por isso, tão rica”, afirma.
Já a vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, que idealizou e propôs a realização desta ação para comemorar os 90 anos da Universidade, destaca a dimensão da presença da USP: “Ao mesmo tempo em que contamos com museus que possuem acervos absolutamente notáveis, alguns os maiores do mundo, temos, em cada um dos nossos campi, uma verdadeira cidade universitária. Por isso, a concepção desse projeto parte de um compromisso da gestão de atuar e pensar em um contexto de USP integrada. Este projeto foi pensado para que todos pudessem ter um contato mais próximo com obras fundamentais e a solução tecnológica supriu a complexidade e o custo de transportar as obras de valor às vezes inestimável”, explica.
USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus
Mais informações e agendamento de grupos: expomuseus90anos.usp.br
Abertura: 30 de janeiro, às 10h.
Visitação: de 30 de janeiro a 28 de fevereiro de 2025, segunda-feira a sábado, das
9h às 18h
Local: InovaUSP – Centro de Inovação da USP
Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 370 – Butantã – São Paulo
Prédios na Vila Mariana e Barra Funda passaram a contar com murais do Museu de Arte de Rua (MAR), iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa. A ação espalha arte por muros e prédios de diversas regiões da cidade e desde seu lançamento como um concurso, o projeto já movimentou mais de 1.240 propostas artísticas. Somente em 2024, foram 579 inscrições, com 64 artistas selecionados e um investimento de mais de R$ 4,2 milhões.
Na Vila Mariana, Zona Sul, a vibrante “Verde Louro” ganha vida pelas mãos do pernambucano Max Motta. Com a força de uma mulher negra sorridente interagindo com um louro, a obra combina cores intensas e nuances de arte clássica em um estilo singular, repleto de emoção e beleza.
Já na Barra Funda, Zona Oeste, o paulistano Alex Hornest, também conhecido como Onesto, dá vida ao mural “Apanhador de Sonhos”. Sua estética marcante, reconhecida por detalhes e originalidade, promete transformar a paisagem com uma criação repleta de simbolismo e expressão.
Ambas foram realizadas pela produtora Gentilização, especializada em artes de grande proporção em prédios e edificações, que realizou mais de 20 intervenções em laterais e fachadas na cidade, com recursos contemplados pelo MAR.
“O MAR é um case de sucesso e deve permanecer para cada vez mais fomentar artistas e territórios. A arte cura, possibilita horizontes, educa, traz alegria e contagia positivamente a rotina do cidadão", destaca a idealizadora da Gentilização, Vera Nunes.
Tanto os munícipes quanto os artistas e produtores culturais saem ganhando, por desenvolver a economia criativa ao estimular a criação de mais produtos artísticos e fornecer espaço para que seja expressa maneiras de enxergar o mundo, além de revitalizar espaços públicos.
O Museu de Arte de Rua (MAR) a céu aberto em São Paulo
Criada em 2017, a iniciativa conta com 510 obras espalhadas pela cidade e tem como principal propósito fortalecer e reconhecer as artes urbanas, atuando em duas frentes principais: os "Projetos Especiais", que estabelecem parcerias com órgãos e setores da Administração Pública para a criação de intervenções artísticas, e os "Editais", nos quais o MAR promove concursos públicos para selecionar projetos de arte urbana nas categorias Solo (muros) e Altura (prédios).
As inscrições são abertas a artistas de todo o Brasil, com a condição de que as intervenções sejam realizadas no município de São Paulo.
Mais detalhes sobre a edição de 2025 do edital do MAR serão divulgados nos canais oficiais da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa ainda no primeiro semestre.