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O Congresso aprovou nesta quarta-feira, 25, a derrubada do decreto do governo Lula que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em paralelo, Senado e Câmara também aprovaram o projeto de lei complementar que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais. Nas redes sociais, parlamentares da oposição e da base de apoio ao governo reagiram às votações do Congresso.

 

Enquanto a votação sobre o IOF dividiu as orientações das bancadas do governo e da oposição, o aumento do número de deputados contou com orientação favorável da oposição, mas não houve posição expressa da bancada do governo.

 

O projeto de decreto legislativo (PDL) que derrubou o aumento do IOF foi aprovado na Câmara por 383 votos a 98. O Senado encampou a decisão em votação simbólica.

 

Na Câmara, a derrubada do decreto do IOF teve PL e PT unânimes: enquanto 88 parlamentares do PL votaram para derrubar o aumento, 65 petistas votaram para manter o decreto. O deputado federal Rui Falcão (SP) cometeu um engano e foi o único petista a votar a favor da derrubada.

 

No X (antigo Twitter), a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) chamou o Congresso de "inimigo do povo" e afirmou que o decreto promovia justiça tributária ao onerar "quem pode e deve pagar mais". "Medida injusta para beneficiar os mais ricos", disse Natália Bonavides (PT-RN). Para Kiko Celeguim (PT-SP), a votação "passou por cima do bom senso" e representou "o interesse dos mais ricos se sobrepondo às necessidades do povo".

 

A derrubada do decreto foi celebrada entre opositores do governo federal. O relator do texto, Coronel Chrisóstomo (PL-RO), afirmou que, antes de criar um novo imposto, o governo federal deve apresentar medidas de contenção de gastos. "O povo não pode arcar com a irresponsabilidade deste governo", disse o relator. "A Câmara e o Senado ouviram o grito do povo brasileiro", afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara.

 

Em paralelo, o Congresso aprovou o aumento do número de deputados federais, uma medida que também provoca um efeito em cascata na quantidade de deputados estaduais e distritais do País.

 

Na Câmara, o PL orientou sua bancada a favor do projeto. Setenta deputados do partido votaram a favor do aumento de deputados, enquanto seis membros da sigla contrariam a orientação da bancada e votaram contra a medida. No Senado, a bancada foi liberada. Dos treze presentes na sessão, seis votaram a favor e sete, contra.

 

Um dos votos contrários foi o de Marcos Pontes (SP). "Precisamos cortar gastos, ser mais eficientes e não engordar o poder público sem representatividade expressiva", disse o ex-ministro da Ciência e Tecnologia.

 

A bancada do PT na Câmara não orientou seus deputados. Contudo, entre petistas, o apoio ao texto foi majoritário. Enquanto três deputados foram contrários ao projeto, houve 42 votos a favor.

 

A Federação PSOL/Rede, que é governista, orientou seus membros pela obstrução, apoiando um requerimento para tirar o projeto da pauta. A deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP) criticou a aprovação do texto, alegando que "a demanda (do Congresso) por 'corte de gastos' parece bem seletiva". Luciene votou favorável à retirada do projeto de pauta. Após a tentativa de obstrução ser superada, a parlamentar acabou votando a favor do aumento de deputados.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu da maioria já formada nesta quarta, 25, no julgamento sobre a responsabilidade das plataformas digitais, redes sociais e provedores de internet por publicações de usuários.

 

Fachin ponderou sobre os riscos e benefícios de punir as plataformas por conteúdos publicados por terceiros. Para o ministro, ampliar as obrigações das empresas de tecnologia ajudará a proteger direitos fundamentais, mas pode gerar "censura colateral", inclusive de jornalistas.

 

"A adoção de controle de discurso dos usuários não faz parte do estado de direito democrático", disse o ministro. "A necessidade de ordem judicial para se remover conteúdo por terceiro parece ser a única forma constitucionalmente adequada de compatibilizar a liberdade de expressão com regime de responsabilidade ulterior (posterior)."

 

O placar está em 8 a 2 para ampliar a obrigação das empresas na moderação de conteúdo. Resta apenas o voto do ministro Kassio Nunes Marques.

 

Fachin argumentou que a tecnologia está em "incessante mutação" e que o julgamento do STF sobre a moderação de conteúdo não será suficiente para resolver os problemas gerados pela concentração de poder nas mãos das plataformas. "Corremos o risco de não conseguir ajustar o remédio pela falta de um completo diagnóstico."

 

Congresso

 

O ministro defendeu que a regulamentação seja feita pelo Congresso, com a edição de uma legislação abrangente. "Não creio que este tema necessariamente será solvido ou esgotado com a remoção ou não de conteúdos das plataformas. Creio que há uma necessidade de uma regulação estrutural e sistêmica, preferencialmente não via Poder Judiciário."

 

Depois de Fachin, votou a ministra Cármen Lúcia, que acompanhou a maioria para ampliar as responsabilidades das plataformas. "Quando se tem anúncio, impulsionamento, monetização, não são neutras as plataformas. Elas não são apenas prateleiras nas quais se deposita algo que elas não têm conhecimento do que seja", argumentou a ministra.

 

Artigo 19

 

O julgamento gira em torno do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que proíbe a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados pelos usuários, exceto se houver descumprimento de decisões judiciais para remover as postagens.

 

Há maioria de votos para criar novos parâmetros de atuação das big techs. Os ministros apresentaram propostas diferentes e o plenário precisa equilibrá-las em uma tese para ser aplicada nacionalmente pelo Poder Judiciário, o que só deve ocorrer no segundo semestre. O julgamento é considerado internamente o mais importante da história recente do STF.

 

A maioria entende que houve uma "desconstitucionalização" do artigo 19, ou seja, a norma era adequada no momento em que foi aprovada, em 2004, mas, hoje, não é mais suficiente para resguardar os usuários no ambiente virtual em um contexto de escalada de casos de violência digital, com cyberbullying, stalking, fraudes e golpes online, discurso de ódio e fake news.

 

Os principais pontos de preocupação são a proteção de crianças e adolescentes, de minorias sociais e da democracia.

 

O assunto está no radar dos ministros há mais de dois anos. Havia expectativa de que o Congresso avançasse na regulamentação das redes, mas como o PL das Fake News ficou paralisado no Legislativo, após pressão das big techs, em 2023, o STF decidiu agir. Os ministros preferiram aguardar as eleições de 2024 para se debruçar sobre o tema fora do período eleitoral.

 

Uma ala da Câmara e do Senado acusa o tribunal de avançar sobre atribuições do Legislativo, mas os ministros acordaram que não era mais possível esperar o Congresso desengavetar a pauta. O debate ganhou força na Corte após o descumprimento de decisões judiciais por plataformas estrangeiras, como Telegram e X, que ofereceram resistência em nomear representantes legais no Brasil.

 

A expectativa é de que Nunes Marques vote mais alinhado a Fachin e Mendonça.

 

Posições

 

Relatores dos dois casos abordados no julgamento que colocou em xeque o artigo 19 do Marco Civil da Internet, Dias Toffoli e Luiz Fux defenderam punições para as empresas de tecnologia que não removerem publicações ofensivas (injúria, calúnia e difamação) imediatamente após a simples notificação dos usuários.

 

O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes consideraram que a exigência de ordem judicial para remoção desses conteúdos deve continuar a valer, desde que as empresas melhorem seus sistemas internos de monitoramento.

 

Um dos maiores defensores da regulamentação, Alexandre de Moraes votou para equiparar legalmente provedores de redes sociais e serviços de mensagens, como WhatsApp, aos meios de comunicação tradicionais. Segundo ele, as big techs não podem ser "terra sem lei" nem operar com "imunidade territorial absoluta".

 

Os sete ministros, além de Cármen Lúcia, afirmaram que é dever das plataformas impedir espontaneamente a circulação de publicações criminosas. Há diferenças, no entanto, do rol de crimes definidos em cada voto.

 

Já André Mendonça votou para manter as regras como estão, além de defender que perfis inteiros não poderiam ser suspensos, apenas publicações específicas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados estaduais de São Paulo levaram 93 segundos na noite desta quarta-feira, 25, para aprovar quatro projetos de lei que resultaram na criação de 1.344 cargos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e reajustes de 5% e 7%, respectivamente, para os servidores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e da própria Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

 

A votação foi comandada pelo presidente da Alesp, André do Prado (PL), que almeja ser vice na chapa à reeleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou candidato a governador caso o aliado dispute a Presidência da República em 2026.

 

Além dos quatro projetos, foram aprovadas outras duas propostas. A primeira, apresentada pelo próprio Tarcísio, autoriza o governo paulista a contratar brigadistas temporários para combater incêndios. A segunda transfere cargos do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo para o TJ-SP, autor do projeto. No total, os seis projetos de lei foram aprovados em menos de três minutos.

 

As votações ocorreram por aclamação. Apenas dois deputados, Gil Diniz (PL) e Leonardo Siqueira (Novo), registraram voto contrário à parte das propostas. Os parlamentares devem votar ainda nesta noite o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo de São Paulo para 2026.

 

Os deputados aprovaram a criação de 50 varas de entrância final e 30 varas de entrância intermediárias no TJ-SP, com um cargo de juiz para cada uma delas. Há também a criação de cargos de escrevente, coordenador, supervisor e chefe de Seção Judiciário. No total, a Alesp deu o aval para criação de 1.040 cargos.

 

O tribunal não informou no projeto qual é o impacto orçamentário da medida e disse apenas que as novas despesas serão custeadas com recursos de seu próprio orçamento. O Estadão questionou o TJ-SP qual é o custo dos novos cargos, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. Na justificativa enviada à Alesp, o órgão disse que a criação das novas varas é necessária por causa do aumento populacional no Estado.

 

"Com base em dados do IBGE, observamos que a população do Estado aumentou de 43.528.708 habitantes em 2013 para 47.333.288 em 2023. Projeções para 2033 indicam uma estimativa de cerca de 49.963.489 pessoas [...] O aumento populacional está associado a um crescimento nos conflitos e, consequentemente, dos processos judiciais, o que pode sobrecarregar os tribunais e tornar o sistema mais lento", justificou o TJ-SP.

 

O outro projeto relacionado ao órgão cria 260 cargos de coordenador e 44 cargos de diretor - Siqueira e Diniz votaram contra. Segundo o TJ-SP, o objetivo é apenas regularizar a situação de servidores comissionados "que já se encontram percebendo 'pro-labore', correspondente aos vencimentos dos referidos cargos". Portanto, de acordo com o tribunal, não há aumento de despesas.

 

O único projeto com estimativa de impacto é o reajuste para os servidores do TCE-SP, que custará R$ 20,5 milhões ao ano. No caso da Alesp, há a menção que o custo do reajuste para os servidores será custeado pelo orçamento do próprio Legislativo. O TCE-SP informou que não vai se posicionar. Procurada, a Alesp não havia se manifestado até a publicação da reportagem.

 

Leonardo Siqueira criticou a velocidade com que os projetos foram aprovados. "É isso que acontece: para as pessoas que vivem no seu dia a dia, não há recursos. Mas para os donos do poder, sempre há recursos", disse ele. Ele foi contra o reajuste para o TCE e a criação de cargos no TJ-SP.

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, reiterou nesta terça-feira, 24, no Supremo Tribunal Federal (STF), que a chamada minuta golpista apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres tinha pontos idênticos ao documento apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos chefes das Forças Armadas em uma reunião no Palácio no Alvorada em dezembro de 2022.

 

"Os documentos têm conteúdo semelhante, pois tratam do mesmo assunto, em que pese jamais ter afirmado que se trata do mesmo documento", afirmou o general.

 

Os documentos previam medidas como estado de defesa, estado de sítio e Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para anular o resultado da eleição presidencial de 2022, segundo o general.

 

Freire Gomes foi convocado para uma acareação com o ex-ministro na ação penal da trama golpista. Ele manteve as versões anteriores que apresentou à Polícia Federal durante o inquérito e na audiência de instrução do processo no STF.

 

As informações constam na ata da audiência, que não foi gravada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

 

'Assessorou'

 

O ex-comandante do Exército também afirmou que participou de reuniões ministeriais com Anderson Torres antes das eleições e que o ex-ministro "assessorou juridicamente o ex-presidente em pontos específicos". Freire Gomes acrescentou, no entanto, que Anderson Torres nunca opinou "no sentido da quebra do estado de direito".

 

O general já havia sido ouvido como testemunha no processo. Nos depoimentos anteriores, ao ser confrontado com a minuta golpista, declarou que o conteúdo, em termos gerais, era muito parecido com o que foi apresentado por Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas.

 

'Pontos idênticos'

 

"Eu não me lembro ipsis litteris dos documentos para comparar, não tenho essa capacidade. O que eu sei, sim, é que o conteúdo, em termos gerais, era muito parecido ou tinha pontos idênticos", afirmou na audiência de instrução.

 

Na ocasião, a defesa de Anderson Torres defendeu que o documento circulou na internet e que o general pode ter "se confundido". Freire Gomes, contudo, disse ter convicção de sua versão. "Esse documento, nós fomos tomar conhecimento, como eu falei, na reunião do dia 7", repetiu o ex-comandante do Exército.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira, 25, o projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais no Brasil. Como foi modificado, retorna para nova análise da Câmara. Se aprovada e sancionada, a regra já valerá para a eleição de 2026.

 

Foram 41 votos favoráveis - o mínimo necessário - e 33 contra. A votação da redação final terminou com a rejeição de um destaque (trecho separado).

 

O prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso estabeleça a nova distribuição de cadeiras com base no Censo de 2022 termina em menos de uma semana, em 30 de junho.

 

O relator, Marcelo Castro (MDB-PI), acatou uma emenda para proibir que a alteração eleve gastos públicos. O relator, no entanto, modificou o teor da sugestão para retirar as emendas parlamentares da restrição. Segundo ele, porém, não haverá aumento do volume total de emendas.

 

"As emendas parlamentares não podem ser aumentadas, porque é um porcentual. As emendas individuais correspondem a 2% da receita corrente líquida do ano anterior. Pode dividir os 2% por 513 ou por 531. O ônus para o erário é o mesmo", afirmou nesta quarta-feira, 25, durante a leitura de seu parecer.

 

Castro disse que a distribuição de cadeiras não é debatida há quase 40 anos e que uma simples redistribuição prejudicaria regiões mais pobres.

 

"Sete Estados do Brasil perderiam representação. Cinco desses Estados são do Nordeste. Por que? Porque é a região mais pobre do Brasil. Pessoas sem oportunidade de emprego vão para outros lugares", declarou o relator.

 

Pelo texto aprovado, Santa Catarina, Pará, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Ceará, Paraná e Rio Grande do Norte ganharão novos assentos.

 

A votação e críticas

 

PL, MDB e PT liberaram suas bancadas. O Novo orientou contra e tentou travar a votação, alegando que o projeto não foi analisado pelas comissões do Senado e que a sessão estava esvaziada por conta das festas juninas no Nordeste.

 

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), contrário à mudança, afirmou que o Supremo Tribunal Federal determinou apenas a revisão da distribuição do número de cadeiras, não o aumento de vagas.

 

"É o jeitinho brasileiro. Vão aumentar para ninguém perder [...] Aumentar o número de deputados é uma invenção do Congresso", declarou Girão.

 

O relator, Marcelo Castro, rebateu e disse que a decisão do STF não proibia novos assentos.

 

"Em nenhum momento, o Supremo disse que o número tinha de ser manter em 513. Pelo contrário, o número será estabelecido pelo Congresso, é competência do Congresso", disse Castro.

 

Impacto nas contas públicas

 

Para o relator, o projeto está "isento de qualquer impacto orçamentário e financeiro".

 

Um levantamento do Estadão/Broadcast mostrou, porém, que, por causa do efeito cascata, o projeto abre margem para criação de 30 novas vagas de deputados estaduais, que podem custar mais de R$ 76 milhões por ano para os Estados - somado ao gasto extra de R$ 64,8 milhões da Câmara, o impacto total da proposta ultrapassa os R$ 140 milhões anuais.

 

O levantamento considerou portais de transparência de cada Legislativo estadual para calcular o custo de um deputado, levando em conta salário, cota parlamentar, auxílios e verba destinada ao pagamento de salários para os assessores do gabinete. A conta pode ser ainda mais cara: como as novas cadeiras valeriam apenas a partir da eleição de 2026, os salários e benefícios podem ser reajustados até lá.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou querer um Senado forte para "reequilibrar os poderes", criticou o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o Marco Civil da Internet e disse que o episódio da facada em 2018 "acabou colaborando" para sua eleição. As declarações foram dadas durante entrevista ao canal do YouTube AuriVerde Brasil, nesta quarta-feira, 25.

 

Segundo ele, o foco da Justiça é diminuir o impacto de quem usa as redes para se comunicar. "Como é que a gente pode esperar uma campanha para 2026 com uma rede social censurada?", perguntou.

 

O Supremo retoma nesta quarta-feira, 25, às 14h, o julgamento sobre a responsabilização de provedores e redes sociais por publicações de usuários.

 

Bolsonaro relembrou a campanha eleitoral de 2018, em que contou com o apoio de seu filho 02, Carlos Bolsonaro (PL), que atuou como marqueteiro. "Ele trabalhou bastante do meu lado, a gente fazia live lá de casa, que naquele tempo era Facebook, e na reta final eu tinha em média 400 mil pessoas me assistindo, e foi um diferencial", afirmou.

 

Segundo ele, a facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial, também contribuiu para a sua eleição. "Aquela facada que não foi perfeita [...] acabou colaborando para a eleição nossa", afirmou.

 

Ele voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de não ter "tomado providências" sobre os acampamentos golpistas que culminaram nos ataques de 8 de janeiro.

 

"Enquanto eu estava na frente dos quartéis, eu como presidente, não tivemos problema nenhum. Zero problema. Agora, quando eu deixei a presidência, o Lula poderia, né, ter tomado providência para os pequenos acampamentos deixarem de existir, não fez? Porque no meu entender, ele tinha um propósito, e esse propósito se concretizou no domingo, dia 8 de janeiro. Ou seja, ninguém dá golpe no domingo", disse.

 

Segundo o ex-presidente, se ele tivesse interesse de dar um golpe "teria dado em 2022, e não depois de entregar o governo".

 

Bolsonaro aproveitou também para convocar seus apoiadores a participarem da manifestação que será realizada no próximo domingo, 29, na Avenida Paulista, cujo mote será "justiça, liberdade e anistia". Para ele, uma "solução de imediato não vai acontecer", já que a anistia é "um ato político e privativo do Congresso Nacional".

 

Ele também voltou a defender a narrativa de que os processos que envolvem ele e seus filhos Eduardo Bolsonaro (PL) e Carlos Bolsonaro são uma tentativa de retirá-los da disputa eleitoral do próximo ano.

 

"Estão demonstrando que essas pessoas com potencial para o Senado vão ter problemas com a Justiça. Isso também é negação à democracia. Eu nunca falei que queremos um Senado forte para qualquer outra medida de força. Eu quero um Senado forte para reequilibrar os poderes", afirmou.

 

"Você pode ver as pesquisas. Eu sempre boto um pé atrás e estou fazendo a pesquisa. Mas aí tem as pesquisas. Eu sou o mais competitivo e derroto o Lula. Depois vêm os outros nomes ali para baixo. Então, tirar gente do páreo por intermédio de inelegibilidades ou condenações absurdas é ser conhecido como lawfare", disse.

 

A principal estratégia do ex-presidente é eleger um número relevante de senadores para pleitear o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Para ele, ter maioria na Câmara e no Senado pode oferecer "poderes absolutos".

 

Segundo ele, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o incumbiu de decidir quais seriam os candidatos ao Senado Federal, enquanto os cargos de deputado federal, estadual e governadores ficarão sob responsabilidade dos presidentes dos diretórios estaduais e do próximo Valdemar.

 

"Das 54 vagas [do Senado] nós vamos fazer juntamente com outros partidos de centro e centro-direita, pelo menos 40 vagas. Somando o pessoal da legislatura anterior, a gente vai ter uns 55, 56 senadores que realmente estejam comprometidos com o futuro do Brasil no lado do Senado Federal, isso é uma grande jogada", afirmou.

 

Um levantamento do Estadão/Broadcast mostrou que o presidente Lula terá de garantir uma taxa maior de vitória caso queira sair de 2026 com maioria no Senado, em meio às estratégias da direita para ampliar espaço. Segundo a contagem, 52% das vagas em disputa pertencem a senadores considerados fiéis ao governo, contra 28% da oposição.

 

O ex-presidente afirmou ainda que o partido não deverá lançar candidato apenas para marcar posição nas eleições. A solução para ampliar o espaço em estados onde tem menor força será costurar

 

"Tem estados, por exemplo, que não temos condições de lançar um governador. Então, vamos tentar uma vice. Não vamos lançar um candidato só para marcar posição, não interessa. Quanto ao Senado, em alguns estados nós não temos como chegar lá, então vamos pegar aí o União Brasil, o PP, o PSD, o PR que tem conversado conosco", explicou.

 

"A gente não vai lançar por exemplo, dois candidatos em cada estado, vamos lançar um e em alguns poucos estados vamos lançar dois, mas em outros estados não vamos lançar nenhum, vamos brigar por uma primeira suplência para nós, ou seja, deu tudo para nos fortalecer o ano que vem", disse

A Nestlé vai remover corantes certificados de seu portfólio de alimentos e bebidas nos Estados Unidos até meados de 2026, informou a companhia. Corantes certificados são aditivos sintéticos regulamentados pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês).

 

Segundo a empresa, mais de 90% de seu portfólio atual nos EUA não inclui corantes sintéticos.

 

Essa iniciativa reflete planos semelhantes de outras grandes empresas alimentícias, num momento em que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promove a remoção de corantes artificiais dos alimentos nos EUA.

 

Fabricantes de alimentos como Conagra Brands, Kraft Heinz e General Mills anunciaram recentemente planos de remover corantes certificados de seus produtos ao longo dos próximos anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A alta de 0,26% registrada em junho pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais branda desde janeiro de 2025, quando subiu 0,11%. Considerando apenas os meses de junho, o resultado foi o mais baixo para o mês desde 2023, quando subiu 0,04%.

 

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer pelo segundo mês seguido, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em junho de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,39%. Em maio de 2025, apresentou elevação de 0,36%.

 

A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 5,40% em maio de 2025 para 5,27% em junho de 2025.

 

Com o resultado anunciado na manhã desta quinta, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,06% no ano até junho.

As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos saltaram 16,4% em maio ante abril, a US$ 343,6 bilhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira, 26, pelo Departamento do Comércio do país. O resultado veio bem acima do esperado por analistas consultados pela FactSet, de 9,4% no período.

 

Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis aumentaram 0,5% na comparação mensal de maio. Sem a categoria de defesa, as encomendas subiram 15,5% no mês.

 

A variação mensal de abril sofreu revisão, de queda de 8,4% para recuo de 6,6% ante março.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou nesta quinta-feira, 26, que o consumo nos lares brasileiros mostrou alta de 2,04% em maio ante abril. Segundo ele, a demanda foi apoiada por medidas de estímulo à renda e queda de inflação no período.

 

Ele destacou a antecipação do 13º salário para beneficiários do INSS, o reajuste dos servidores públicos federais e o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda como fatores que ajudaram a impulsionar o consumo.

 

Milan mencionou ainda que o aumento real da renda e empregabilidade têm sido contínuos, o que também colabora para a alta da demanda no intervalo.

 

Quanto ao decreto que instituía o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o executivo afirmou que a antecipação dos recebíveis aliviou preocupações com o impacto. A elevação do tributo, porém, foi derrubada quarta-feira, 25, pelo Congresso.

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal total de R$ 10,225 bilhões em maio de 2025, valor menor do que o registrado no mesmo mês de 2024, quando ficaram em R$ 10,233 bilhões, a preços correntes. No acumulado de 2025, as desonerações totalizaram R$ 50,693 bilhões, volume inferior ao registrado no ano passado (R$ 52,085 bilhões, a preços correntes).

 

Esse é um tema sensível ao governo, que vetou integralmente a prorrogação da política de desoneração da folha de pagamentos de 17 setores econômicos, e apresentou uma medida provisória com uma proposta de reoneração gradual.

 

Sem a concordância do Congresso com o texto, o governo aceitou enviar o tema como projeto de lei com urgência constitucional para tentar negociar uma alternativa. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que cobrava uma medida de compensação para a benesse, o Legislativo avançou numa proposta, que foi sancionada em setembro de 2024 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Adotada desde 2011, a desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20%, incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, a depender do setor produtivo. Na prática, a medida reduz a carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 230,152 bilhões em maio de 2025, uma alta real (descontada a inflação) de 7,66% na comparação com o resultado de maio de 2024, quando o recolhimento de tributos somou R$ 20,979 bilhões, a preços correntes, conforme a Receita Federal. Em relação a abril, quando o montante foi de R$ 247,715 bilhões (a preços correntes), a arrecadação caiu 7,33%, em termos reais.

 

De acordo com a Receita, o resultado de maio de 2025, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

 

O resultado das receitas veio acima da mediana das estimativas das instituições do mercado financeiro ouvidas pelo Projeções Broadcast, que era de R$ 220,8867 bilhões. O intervalo das projeções variava de R$ 208 bilhões a R$ 297,20 bilhões.

 

Esta é a primeira divulgação da arrecadação deste ano, que estava atrasada devido à greve dos auditores fiscais, iniciada em novembro de 2024. No início de junho, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves determinou que os auditores voltassem ao trabalho.

 

O Fisco destacou que o resultado de maio de 2025, comparado com o mesmo período do ano passado, foi influenciado pelo comportamento dos indicadores macroeconômicos, que impactaram diretamente a arrecadação e pela postergação no pagamento de tributos por contribuintes do Rio Grande do Sul, em decorrência das enchentes que afetaram significativamente a base arrecadatória de 2024.

 

Além disso, a Receita destacou o desempenho dos tributos incidentes sobre o comércio exterior, impulsionado pela elevação das alíquotas médias e pela valorização cambial e o aumento na arrecadação do IRRF-Capital, favorecido pela alta da taxa Selic, que contribuiu para o melhor desempenho dos fundos e dos títulos de renda fixa.

 

Acumulado

 

Nos cinco primeiros meses de 2025, a arrecadação federal somou R$ 1,191 trilhão. Segundo a Receita, este também é o melhor resultado para o período na série histórica, iniciada em 1995.

 

O montante representa um aumento real de 3,95% na comparação com os cinco primeiros meses de 2024, quando a arrecadação somou R$ 1,089 trilhão.

 

Em relação ao acumulado do ano, a Receita destacou a melhora do desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão, entre outros aspectos, do crescimento da arrecadação dos tributos nas importações e do desempenho das entidades financeiras. Houve ainda elevação da arrecadação da contribuição previdenciária em razão do desempenho das empresas do Simples Nacional e da redução da desoneração da folha.

O conflito entre Kylian Mbappé e Paris Saint-Germain ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira. O atacante, que está com o Real Madrid no Mundial de Clubes, acionou o time francês na Justiça por suposto caso de assédio moral e tentativa de extorsão na assinatura da renovação do seu último contrato com a equipe parisiense.

 

A investigação judicial foi revelada pelo Ministério Público de Paris, após demandas da agência de notícias AFP. A apuração do caso começou na terça-feira, a partir de denúncia do jogador da seleção francesa.

 

De acordo com o jornal francês L'Equipe, dois juízes de instrução já foram designados para avaliar o caso. A queixa foi apresentada por Mbappé no dia 16 de maio. Na denúncia, ele acusa o PSG de assédio moral e diz que foi alvo de uma tentativa de extorsão no processo de renovação do seu contrato, em 2023.

 

Este tipo de situação é conhecido no futebol como "lofting". Na prática, o clube afasta o jogador das partidas numa tentativa de pressionar por uma renovação. O PSG, que disputa o Mundial de Clubes nos Estados Unidos, não se manifestou publicamente sobre as acusações do atacante.

 

Os conflitos entre jogador e clube vêm se arrastando nos últimos anos, principalmente ao longo da última temporada, já com Mbappé defendendo as cores do Real Madrid. Em abril, o jogador partiu para o ataque para tentar resolver outra disputa judicial ao obter autorização para confiscar o valor de 55 milhões de euros (cerca de R$ 362 milhões) do PSG.

A Conmebol definiu multa para Damián Bobadilla, do São Paulo, acusado de xenofobia contra Miguel Navarro, do Talleres. O são-paulino teria chamado o adversário de "venezuelano morto de fome", durante a partida entre as equipes pela Copa Libertadores, em 27 de maio.

 

O valor da sanção é de US$ 15 mil (cerca de R$ 83,34 mil). A quantia será descontada do que seria repassado pela Conmebol ao São Paulo por direitos de transmissão e patrocínio.

 

A entidade argumenta que Bobadilla cometeu as infrações descritas nas alíneas b, c e f do artigo 11.2 do Código Disciplinar. O texto define como condutas inadequadas: "comportar-se de forma ofensiva, ultrajante ou fazer declarações difamatórias de qualquer natureza; violar as pautas mínimas do que deve ser considerado como comportamento aceitável no domínio do desporto e do futebol organizado; comportar-se de forma que o futebol, como esporte em geral, e a Conmebol em particular, possam ser desacreditados em decorrência de tal comportamento".

 

Bobadilla ainda foi advertido sobre uma possível reincidência. Caso o atleta são-paulino seja flagrado novamente em situações que se enquadrem nessas infrações, ele pode ser suspenso por até três anos, conforme o artigo 27 do Código Disciplinar.

 

O jogador pode recorrer da decisão no Comitê de Apelações da Conmebol, com o pagamento de uma taxa de US$ 3 mil (R$ 16,67 mil).

 

Em paralelo, Bobadilla foi indiciado pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) por ofensa xenofóbica. A pena para esse tipo de crime varia de prisão por um a três anos e multa. O fato de o jogador não ter antecedentes criminais e ter se desculpado com Navarro pode ser levado em consideração para a fiação de uma sentença.

 

O pedido de desculpas veio um dia após a partida. "No calor do momento, reagi mal e peço desculpas publicamente", disse Bobadilla em um vídeo divulgado pelo São Paulo.

 

O paraguaio garantiu naquela ocasião que havia sido "ofendido antes" e que nunca teve a intenção de "discriminar". Navarro retrucou avisando que iria "até as últimas consequências".

Enquanto milhares de torcedores estão atentos aos jogadores em campo, nos bastidores do Mundial de Clubes existe um trabalho silencioso e tecnológico feito para garantir que os resultados sejam definidos apenas pelo desempenho dos atletas. A Fifa pôs em prática a Força-Tarefa de Integridade para monitorar o mercado de apostas em tempo real durante a competição.

 

Esse trabalho é feito por meio da Universal Fraud Detection System, o Sistema Universal de Detecção de Fraude, em tradução livre, utilizado pela Sportradar, empresa suíça parceira da Fifa e líder mundial em tecnologia esportiva. A ferramenta combina inteligência artificial com análise humana especializada.

 

Por ano, a tecnologia analisa mais de 30 bilhões de alterações de odds, que representam a probabilidade de um evento acontecer, provenientes de mais de 600 operadores globalmente. O sistema também leva em conta dados detalhados sobre o comportamento de apostas, como valores apostados, horários e padrões repetitivos, sempre de forma anônima.

 

Essas informações são fornecidas por operadores parceiros e complementadas por alertas enviados por mais de 120 casas de apostas conectadas à plataforma Sportradar Integrity Exchange (SIE), da Sportradar, parceira da Fifa, Conmebol, CBF e outras confederações.

 

Conforme a Sportradar, a tecnologia realiza mais de 3.500 leituras por segundo e produz predições minuto a minuto com base em mais de 100 variáveis por partida. Caso um padrão fora do comum seja detectado, uma equipe de analistas é acionada para revisar os dados e, se necessário, classificar o jogo como suspeito.

 

As informações são compartilhadas com a Força-Tarefa de Integridade da Fifa, na qual também estão organizações internacionais dedicadas à proteção da integridade esportiva. O grupo esteve reunido em Miami, semanas antes do Mundial, para alinhar estratégias e protocolos para o campeonato.

 

O trabalho no Mundial de Clubes também funciona como um campo de testes para aprimorar os métodos que serão utilizados na Copa do Mundo de 2026. O torneio permite simular, em um ambiente real e com alto volume de apostas, os desafios que a Fifa vai encarar em escala ainda maior no principal evento do futebol do planeta.

 

No Brasil, a Sportradar é parceira da CBF e de 17 federações estaduais e monitora mais de 10 mil partidas por temporada. Segundo a empresa de tecnologia esportiva, com sede em St. Gallen, na Suíça, esse trabalho contribuiu para redução de 48% no número de jogos suspeitos.

João Fonseca voltou à quadra central do ATP 250 de Eastbourne nesta quinta-feira, após ter seu jogo suspenso por falta de iluminação natural na noite de quarta. E, na retomada da difícil partida contra o americano Taylor Fritz, o brasileiro de 18 anos sucumbiu ao bom domínio do número cinco do mundo sobre a grama e foi superado por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (5/7) e 7/5.

 

A partida, que valia vaga nas quartas de final, foi retomada no início da terceira parcial, com empate de 1 a 1 em sets no placar. No retorno do duelo, Fritz se mostrou mais concentrado e preciso nos golpes. Aproveitou um break point no quarto game e sacou para fechar em 5/3, porém viu Fonseca esboçar reação ao devolver a quebra. O brasileiro, contudo, voltou a perder o saque no 12º game e o americano sacramentou a vitória.

 

Curiosamente, Fonseca jogava melhor quando o jogo foi paralisado na quarta, por volta de 20h35 pelo horário local, 16h35 de Brasília. Naquele momento, o brasileiro estava com a confiança em alta após buscar uma virada no tie-break do segundo set. Do outro lado, Fritz parecia perdido, surpreso pela reação do jovem carioca.

 

Nesta quinta, em condições diferentes, Fonseca demonstrou dificuldade em retomar o ritmo de jogo. A temperatura estava mais baixa, com forte vento em quadra. Mesmo assim, o brasileiro ofereceu resistência diante de um dos maiores especialistas na grama no circuito.

 

O americano é o principal cabeça de chave do torneio, atual campeão e busca seu quarto troféu na competição inglesa. Fritz, que foi número quatro do mundo em 2024, costuma se destacar na grama: quatro dos seus nove títulos no circuito foram conquistados sobre o piso mais rápido do calendário.

 

Apesar de todo esse domínio, o americano fez jogo parelho com o brasileiro ao longo dos três sets. Ainda na quarta, Fritz fez valer sua intimidade com a grama de Eastbourne logo nos primeiros games. Ele aproveitou a primeira oportunidade cedida pelo brasileiro e obteve a primeira quebra de saque logo no segundo game.

 

Fonseca "entrou" no jogo no terceiro game e passou a confirmar seus games de saque com certa tranquilidade. Porém, não conseguiu aproveitar o único break point cedido pelo americano, que faturou a primeira parcial sem sobressaltos.

 

O segundo set foi mais parelho, com saques dominantes para ambos os lados. Fonseca concedeu dois break points, mas evitou a quebra com jogadas firmes, uma delas uma deixadinha arriscada que Fritz rebateu para fora. No tie-break, o brasileiro saiu atrás, mas buscou a virada e empatou o duelo.

 

Na retomada da partida, Fritz mostrou maior consistência na grama. Ele terminou o jogo com 30 erros não forçados, contra 40 do brasileiro. No quesito bolas vencedoras, a diferença foi mínima. O americano anotou 26, diante de 24 de Fonseca. No total, a partida teve duração de 2 horas.

Beatriz Haddad Maia não resistiu à tenista número quatro do mundo, a italiana Jasmine Paolini, e foi eliminada do WTA 500 de Bad Homburg, nesta quinta-feira. A brasileira foi superada por 2 sets a 0, com duplo 7/5, e se despediu nas quartas de final do torneio alemão, seu último antes de Wimbledon, que começa na segunda-feira.

 

Apesar da derrota, a número 1 do Brasil encerra boa campanha na grama da competição alemã, com duas vitórias seguidas, na primeira rodada e nas oitavas de final. Bia emplacou dois triunfos consecutivos apenas três vezes nesta temporada. E foi apenas a segunda vez no ano que alcançou a fase de quartas de final.

 

A brasileira, portanto, mostra bons sinais de recuperação após oscilações e seguidas derrotas na primeira metade do ano. O saldo geral do ano segue negativo, com nove vitórias e 19 revezes até agora. Mas as semanas recentes foram mais animadoras, com três triunfos e quatro derrotas em seus últimos três torneios.

 

Às vésperas de Wimbledon, que começa na próxima segunda-feira, a número 1 do Brasil acumula boas performances na grama, contra adversárias até do Top 10 do ranking. Seus melhores resultados foram a vitória de quarta-feira, sobre a ucraniana Elina Svitolina, ex-número 3 do mundo e atual 14ª, e o triunfo sobre a experiente checa Petra Kvitova, dona de dois títulos no Grand Slam britânico em Queen's.

 

Nesta quinta, Bia fez bom jogo contra Paolini, uma das melhores tenistas das duas últimas temporadas, duas vezes vice-campeã de Grand Slam. A brasileira chegou a faturar duas quebras de saque, uma em cada set. Mas também oscilou no serviço e Paolini aproveitou duas chances de quebra em ambas as parciais para obter a vantagem suficiente para fechar os sets e a partida em 1h35min.

 

Com o resultado, Bia segue sem conseguir vencer a difícil rival italiana. Em quatro confrontos no retrospecto, perdeu todos. Agora a brasileira segue sua preparação para Wimbledon, onde será a única brasileira presente na chave principal feminina. A data de estreia ainda não foi definida.

O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, cometeu uma gafe durante a entrevista coletiva desta quarta-feira ao confundir Botafogo e Flamengo. O espanhol fazia uma análise sobre as dificuldades dos grupos do Mundial de Clubes da Fifa quando acabou se equivocando.

 

"Há grupos nessa fase que são mais fortes que outros. Por exemplo: o Atlético de Madrid se saiu muito bem, fez seis pontos e normalmente com seis pontos você se classifica. Mas o grupo tinha o PSG e o Flamengo e mais um. É difícil", disse Guardiola.

 

A chave analisada por Guardiola foi o Grupo B, um dos mais equilibrados da primeira fase, que terminou com o PSG na liderança, seguido por Botafogo e Atlético de Madrid, ambos com seis pontos, mas com franceses e brasileiros avançando nos critérios de desempate. O Seattle Sounders, dos Estados Unidos, terminou zerado, mas dificultou a vida das equipes.

 

Já o Flamengo faz parte do Grupo D e se classificou em primeiro lugar, com sete pontos, um a mais que o Chelsea, adversário que venceu de virada por 3 a 1 na segunda rodada. Espérance e LAFC completaram a chave.

 

Recentemente, em outra coletiva durante o torneio, Guardiola elogiou o bom desempenho dos times sul-americanos, especialmente os brasileiros e o próprio Botafogo. "Adoro ver o Botafogo, todos os times brasileiros, argentinos, como eles comemoram, como estão juntos. Eu os amo", afirmou o técnico espanhol.

 

Vice-líder do Grupo G, já classificado com seis pontos, o Manchester City enfrenta a Juventus nesta quinta-feira, em Orlando, em duelo que decide quem avança em primeiro lugar. Enquanto isso, os já eliminados Wydad Casablanca e Al-Ain, ambos com zero ponto, cumprem tabela no Audi Field, em Washington D.C.

 

O grupo dos ingleses cruza com a chave H, que também será definida nesta quinta-feira. Real Madrid e Red Bull Salzburg dividem a liderança com quatro pontos, enquanto o Al Hilal aparece em terceiro, com três. O Pachuca, sem pontuar, já está eliminado. Espanhóis e austríacos se enfrentam às 22h, na Filadélfia. Já em Nashville, os sauditas encaram os mexicanos.

Finanças

As Melhores

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, endossou os comentários do presidente americano, Donald Trump, e disse que os ataques contra o Irã "foram históricos e de sucesso" e, por isso, os americanos devem celebrar, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 26.

 

"Os ataques nos dão a chance de ter paz, um acordo e evitar que Teerã tenha armas nucleares", afirmou. Na ocasião, Hegseth atacou a imprensa e disse que a mídia quer "minar" os feitos americanos, bem como o "quão especial os EUA são por serem os únicos capazes de fazerem isso ofensiva".

 

"Trump criou as condições para encerrar a guerra entre Irã e Israel", defendeu, ao acrescentar que a conquista do republicano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - com maiores investimentos em defesa - é "histórico e uma 'mudança no jogo'".

Em um retorno à política nuclear da Guerra Fria, o Reino Unido vai adquirir um esquadrão de jatos dos EUA capazes de carregar bombas atômicas. Serão 12 caças-bombardeiros F-35A, que permitirão aos britânicos retomarem a capacidade de lançar armas nucleares do ar. O anúncio foi feito nesta quarta, 25, pelo governo britânico na cúpula da Otan.

 

O reforço do poder aéreo, igualando os franceses, facilitará eventuais ações britânicas em caso de crise. O Reino Unido também anunciou que se juntaria à missão nuclear aérea da Otan, com aeronaves equipadas com bombas americanas B61 armazenadas na Europa.

 

Sete membros da Otan, incluindo Alemanha e Itália, têm aeronaves de dupla capacidade que podem transportar ogivas nucleares americanas. O Reino Unido já opera jatos F-35B, mas eles não estão equipados para lançar armas atômicas. "Pela primeira vez em muitos anos, temos de nos preparar para a possibilidade de o Reino Unido ficar sob ameaça direta, em um cenário de guerra", afirmou o governo britânico, em documento justificando a compra.

 

A decisão de adicionar uma capacidade nuclear aérea à dissuasão do Reino Unido no mar foi antecipada em uma revisão estratégica de defesa, publicada este mês, liderada por George Robertson, ex-secretário-geral da Otan. O relatório identificou a Rússia como uma ameaça grave e pediu que Londres construísse até uma dúzia de submarinos de ataque e investisse bilhões de libras em armas.

 

Ameaças

 

Após décadas de relativa paz na Europa, o exército britânico é atualmente menor do que em qualquer outro momento desde a era napoleônica. O governo está investindo em uma campanha de recrutamento e prometeu usar recursos do orçamento para gastos militares.

 

"Em uma era de incerteza, não podemos mais considerar a paz como garantida, e é por isso que meu governo está investindo em segurança, garantindo que nossas forças armadas tenham o equipamento necessário", disse o premiê britânico, Keir Starmer.

 

Com o governo sob forte pressão financeira interna e a população britânica enfrentando pressões contínuas do custo de vida, alguns críticos questionaram como compromissos com gastos militares serão pagos e se eles virão às custas de outras prioridades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou vitória sobre Israel e disse que seu país "deu um tapa na cara da América". A declaração ocorreu nesta quinta-feira, 26, em sua primeira manifestação pública desde que o cessar-fogo entre os dois países entrou em vigor.

 

Khamenei falou em vídeo transmitido pela televisão estatal iraniana, na primeira aparição desde o dia 19, parecendo mais cansado do que há apenas uma semana.

 

Na mensagem, o aiatolá disse que os EUA só intervieram na guerra porque "sentiram que, se não interviessem, o regime sionista seria completamente destruído". Ele acrescentou que os EUA "não obtiveram ganhos com" a guerra.

 

"A República Islâmica foi vitoriosa e, em retaliação, deu um tapa na cara da América", afirmou, em aparente referência a um ataque iraniano com mísseis a uma base americana no Catar na segunda-feira (23), que não causou vítimas.

 

Khamenei, de 86 anos, não é visto em público desde que se abrigou em um local secreto após o início da guerra, no dia 13, quando Israel atacou instalações nucleares iranianas e alvejou altos comandantes militares e cientistas.

 

Após os EUA atacarem três centrais nucleares do Irã, no fim de semana, o presidente americano, Donald Trump, intermediou um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira (24). Fonte: Associated Press*.

 

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que cerca de quatro milhões de pessoas no mundo vivem com Mal de Parkinson. Essa condição neurodegenerativa é mais frequente em pessoas acima dos 60 anos. Além disso, um estudo publicado pela revista científica The BMJ aponta que o Parkinson irá afetar mais de 25 milhões de pessoas até 2050.

Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, reforça que é importante se atentar aos sinais da doença para garantir um tratamento precoce. “Reconhecer os sintomas cedo pode garantir o melhor manejo da condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O início rápido do tratamento medicamentoso e de outras terapias (fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia) pode aliviar os sintomas motores e retardar (tremor, bradicinesia, rigidez) e não-motores (distúrbios do sono, depressão, constipação), proporcionando maior conforto e funcionalidade ao paciente”, comenta ele.

Ainda de acordo com o estudo publicado na The BMJ, a faixa etária mais impactada será acima de 80 anos, a proporção de homens e mulheres afetados aumentará de 1,46 para 1,64 no período. Confira abaixo cinco mitos sobre a doença de Parkinson:

1. O tremor é o único e principal sintoma da Doença de Parkinson

Mesmo que o tremor seja o sintoma mais conhecido e aparente em muitos pacientes com Parkinson, ele não é o único, nem o mais incapacitante para todos. O sintoma motor mais importante e universalmente presente é a bradicinesia (lentidão dos movimentos). 

“Outros sintomas motores incluem rigidez muscular e instabilidade postural. Além disso, a doença de Parkinson é multissistêmica e apresenta diversos sintomas não-motores, como distúrbios do sono, depressão, ansiedade, perda do olfato, constipação e problemas cognitivos”, comenta Yokoo.

2. A Doença de Parkinson afeta apenas pessoas idosas

É verdade que a maioria dos casos de Parkinson é diagnosticada em pessoas com mais de 60 anos. No entanto, segundo o neurologista, a doença pode se manifestar em adultos jovens (antes dos 50 anos). “Além disso, o Parkinson juvenil pode surgir em pessoas com menos de 21 anos, porém, é uma condição rara”, ressalta ele.

3. Existe um exame que comprova a Doença de Parkinson

Ainda hoje, não existe um exame laboratorial ou de imagem que confirme o diagnóstico de Parkinson. O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na avaliação neurológica dos sintomas do paciente e na sua história médica. “Exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia, são geralmente utilizados para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes”, explica o especialista.

4. A Doença de Parkinson é uma condição incurável e debilitante, que leva à total dependência

É verdade que a Doença de Parkinson não tem cura. No entanto, existem tratamentos eficazes (medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e, em alguns casos, cirurgia) que ajudam a controlar os sintomas, melhorar significativamente a qualidade de vida e manter a autonomia dos pacientes por muitos anos. “Com o manejo adequado, muitos pacientes conseguem levar uma vida produtiva e com boa funcionalidade”, reforça o médico.

5. A Doença de Parkinson pode levar à Doença de Alzheimer

A Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer são condições neurológicas distintas, com mecanismos e áreas diferentes do cérebro afetadas. Uma não causa a outra. “Embora pacientes com Parkinson possam desenvolver problemas cognitivos (demência associada à Doença de Parkinson), isso é diferente da Doença de Alzheimer, que é uma patologia à parte”, finaliza Yokoo.

O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental com um aumento alarmante nos casos de depressão, ansiedade e burnout que afeta diretamente a produtividade e o bem-estar das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade atinge 9,3% da população, enquanto a depressão chega a 5,8% dos brasileiros.

A situação é ainda mais crítica entre os jovens, que lidam com pressões acadêmicas e sociais intensas, resultando em um aumento relevante de casos de ansiedade e depressão nessa faixa etária. O relatório Global Mind Project (2024) revelou que jovens de 18 a 34 anos apresentam uma média de apenas 38 pontos no índice MHQ (Mind Health Quotient), indicando dificuldades significativas em gerenciar a rotina, manter relações sociais e controlar emoções.

“Um dos principais fatores que fazem o brasileiro não procurar tratamento é o preconceito com relação a transtornos mentais e a busca por ajuda. Combater esse preconceito passa pela tarefa de educar a população sobre o que é saúde mental, os sinais de alerta, onde buscar ajuda e como oferecer apoio a pessoas em sofrimento”, ressalta a psicóloga, psicanalista e fundadora da Rede de atendimento Psicanalítico Lacaniano - UNBEWUSSTE, Fabiana Ratti.

O psicólogo, professor e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, Marcos Torati, aponta algumas questões que também afetam a saúde mental do brasileiro. “Reconhecer que a desigualdade social, a pobreza, a violência e a falta de acesso à educação e saneamento básico impactam diretamente a saúde mental contribui para o entendimento da origem das questões psicológicas na sociedade contemporânea”, comenta.

O futuro da psicologia e psicanálise

Para alterar esse cenário, é preciso olhar para os profissionais que atuam no cuidado com a saúde mental da população. Em 2025, Fabiana Ratti lançou o livro "Clínica e Supervisão", que explora técnicas para engajar pacientes no tratamento psicanalítico desde as sessões iniciais. Com cerca de 30 anos de experiência em consultório, ONGs e desenvolvimento de redes de atendimento, Fabiana Ratti oferece um guia prático para estudantes e profissionais de saúde, incluindo psicólogos e psicanalistas.

"O objetivo da obra é reduzir a desistência de pacientes antes que a análise se estabeleça. O livro, dividido em sete capítulos, aborda desde a redefinição do inconsciente na perspectiva lacaniana até a importância de se adaptar às complexidades dos laços sociais efêmeros da era digital", explica Ratti.

A autora investiga como o capitalismo, o consumismo e a tecnologia influenciam os indivíduos, ressaltando a necessidade de o analista desenvolver recursos e dominar conceitos e metodologias para criar um ambiente acolhedor, que permita ao paciente prosseguir no tratamento e aprofundar suas questões.

Uma pesquisa da Vittude, plataforma de saúde mental, revela que 86% dos brasileiros sofrem de algum transtorno mental. Além disso, como reflexo do contexto social, Torati observa que a crescente psiquiatrização é impulsionada pela popularidade da lógica psiquiátrica norte-americana, que, no ambiente virtual, estimulou autodiagnósticos e identitarismos psicopatológicos, onde o sintoma se torna identidade e vice-versa.

"A valorização excessiva do diagnóstico psiquiátrico pode levar os pacientes a priorizar o tratamento da 'doença' em detrimento de uma visão mais abrangente da saúde, que englobe fatores biológicos, emocionais, sociais e históricos. Nesse contexto, o psicólogo tem a responsabilidade de ajudar o paciente a entender que o diagnóstico pode ser um efeito, e não necessariamente a causa fundamental de seu sofrimento", destaca Torati.

Segundo ele, psicólogos clínicos frequentemente recebem pacientes com autodiagnósticos psiquiátricos. Essa condição do paciente pode afetar a autopercepção do indivíduo, fixando-o no sintoma e dificultando a exploração de questões psicológicas mais profundas.

"Encontrar um equilíbrio entre intervenções farmacológicas e psicoterapêuticas é a principal alternativa. A psicoterapia é essencial para todos os pacientes psiquiátricos, mas nem todo sofrimento psicológico requer medicação. É necessário considerar que os psicofármacos visam aliviar sintomas e estabilizar o psiquismo, facilitando o trabalho psicoterapêutico", finaliza Torati.

O diabetes é uma das doenças crônicas que mais avançam globalmente. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, mais de 537 milhões de pessoas vivem atualmente com a condição. Em uma década, a taxa de incidência da doença aumentou 61,8%, reflexo direto de fatores como sedentarismo, má alimentação e envelhecimento da população.

O Brasil ocupa a 6ª posição no ranking mundial de países com maior número de casos. A doença, causada pela produção insuficiente ou má absorção da insulina, afeta diretamente a regulação do açúcar no sangue e, se não controlada, pode levar a graves complicações.

Sintomas mais comuns:

  • Visão embaçada

  • Sede constante e urinar com frequência

  • Perda de peso e aumento de apetite

  • Desânimo, cansaço excessivo

  • Infecções de pele e dificuldade na cicatrização de feridas

Complicações possíveis:

O diabetes mal controlado pode levar a cegueira, infarto, hipertensão, insuficiência renal, gangrena, impotência sexual masculina e infecções graves.

Como prevenir?

Apesar da gravidade, a doença pode ser evitada ou controlada com hábitos saudáveis, entre eles:

  • Alimentação equilibrada, com baixo consumo de açúcares e carboidratos simples

  • Prática regular de atividades físicas

  • Monitoramento da glicemia (níveis de açúcar no sangue)

Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações. Testes simples e gratuitos são oferecidos em unidades básicas de saúde em todo o Brasil.

A prevenção é o melhor caminho. Adotar um estilo de vida saudável pode evitar o surgimento da doença ou garantir qualidade de vida para quem já convive com o diabetes.

 
 
 

A Aldeia Kaingang Tupé Pãn, localizada no Morro do Osso, em Porto Alegre (RS), foi palco da primeira edição dos Jogos Tradicionais dos Povos Originários do Sul no último dia 14. O evento reuniu cerca de 600 indígenas de 15 aldeias das etnias Kaingang, Mbya Guarani, Xokleng e Charrua, promovendo a valorização e a preservação das práticas esportivas indígenas, como tiro de lança, arco e flecha, corrida da tora, cabo de guerra e futebol masculino e feminino — este último com arbitragem do conhecido árbitro Márcio Chagas da Silva.

A iniciativa busca não apenas consolidar os esportes tradicionais no calendário esportivo do Rio Grande do Sul, mas também fortalecer as expressões culturais dos povos originários da região.

A organização do evento ficou sob responsabilidade técnica da Cooperativa Voz da Periferia – Criativistas, em parceria com a Aldeia Tupé Pãn e outras 14 aldeias.

Viabilizado por meio de editais do Ministério dos Povos Indígenas, da Bolsa Funarte de Apoio a Ações Artísticas Continuadas 2024, do Programa Retomada Cultural RS, da Funai e da CONAB, o festival contou com estrutura para acolher atletas e visitantes, incluindo transporte, hospedagem colaborativa, alimentação e a entrega da Taça Krenak às aldeias participantes. A programação também incluiu atividades pós jogos, como a escolha da guerreira e do guerreiro Indígena, além de um evento festivo com apresentações musicais.

Para Mariana Martinez, coordenadora do Escritório Estadual do MinC no RS, a realização da iniciativa representa a concretização dos objetivos do Programa Retomada Cultural RS. “O Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, investiu mais de R$ 60 milhões para fomentar políticas públicas efetivas voltadas à recuperação do setor cultural no Rio Grande do Sul após a catástrofe natural que atingiu o estado. São ações formativas, incentivo à diversidade cultural e promoção de atividades artísticas continuadas que seguem reverberando positivamente na vida da população, gerando emprego e renda para os trabalhadores e fazedores de cultura”.

Segundo Cláudio Calmo, presidente da Cooperativa Voz da Periferia, “realizar em conjunto com a aldeia o primeiro Jogos Tradicionais dos Povos Originários do Sul mostra os impactos econômicos na cadeia de fornecedores da cultura e serviços correlatos”. O evento gerou trabalho para 63 pessoas, sendo 50 delas indígenas — mais do que um legado material, trata-se de trabalho digno para o movimento. “É também uma oportunidade importante para abrir espaço na mídia tradicional para a cultura indígena”, completou.

Para assegurar a documentação e a preservação desse momento histórico para os povos indígenas do Sul do Brasil, o evento contou com transmissão ao vivo pelas plataformas do @criativistascoop e de diversas aldeias no YouTube, Facebook e Instagram.

Cultura, Esporte e Identidade: o Legado dos Jogos Tradicionais

Os Jogos Tradicionais dos Povos Originários do Sul têm como objetivo fomentar o reconhecimento e a valorização dos esportes ancestrais, incentivando a participação de atletas indígenas de diferentes gêneros e faixas etárias. A iniciativa gerou impacto positivo na prática esportiva dentro das aldeias, contribuindo para hábitos mais saudáveis e para o fortalecimento da identidade cultural dos povos originários da região.

A atividade também se destacou por promover ampla participação feminina, com torneios que incentivaram o engajamento de mulheres indígenas no esporte.

Apesar da rica presença indígena no Sul do Brasil, muitos brasileiros ainda desconhecem sua importância na formação da identidade cultural da região. Esse desconhecimento contribui para uma imagem distorcida, que associa o Sul exclusivamente à descendência europeia, como alemães e italianos, com características físicas caucasianas. Iniciativas como os Jogos Tradicionais ajudam a desconstruir esse imaginário e a reafirmar a diversidade cultural brasileira.

Em 29 de junho, às 18h, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) realiza uma projeção artística na fachada do Edifício Anchieta, localizado na Avenida Paulista, 2.584, em parceria com a Visualfarm, para celebrar seus três anos de fundação. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

 Frame da projeção em celebração ao aniversário do MCI. Imagem: divulgação

 A projeção presta uma homenagem visual à presença indígena em São Paulo e no Brasil, reafirma o MCI como um espaço vivo e plural em constante diálogo com os povos originários. A iniciativa traduz a diversidade das culturas indígenas em imagens e luzes, cita nomes de diferentes etnias, grafismos tradicionais e elementos naturais que compõem universos simbólicos. Nomes indígenas projetam-se como afirmações de existência e continuidade, reforçando a contemporaneidade dos povos.

 Animais nativos dos biomas brasileiros ganham destaque como guardiões espirituais e símbolos fundamentais da existência indígena, integrados a uma cosmologia que une natureza, território e cultura. Os grafismos respeitam as formas, cores e significados próprios de cada povo, compõem um visual sagrado e pulsante. Com uma estética vibrante e orgânica, a projeção encena um ciclo visual de transformação e celebra a resistência e vitalidade dos povos indígenas por meio de cores intensas, traços vivos e ritmos que evocam danças, rios e cantos.

 A direção de arte é assinada por Leandro Karaí Mirim, indígena do povo Guarani, com artes da artista Aua Mendes, indígena do povo Mura, em diálogo com grafismos das etnias Guarani, Terena, Tupi-Guarani Nhandewa, Kaingang, Wassu Cocal e Tupi.

 

Um planeta ameaçado pelo colapso ambiental precisa de ajuda com urgência. Estamos falando de Carbonia, um mundo criado para interagir com o público sobre decisões que devem ser tomadas para garantir a sobrevivência de seus habitantes. Energia, transporte, alimentação e preservação da natureza, entre outros aspectos que garantem o equilíbrio da vida, fazem parte da experiência interativa e imersiva “O Desafio de Carbonia”, que estreia dia 3 de julho no Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

“O Desafio de Carbonia” convida o público a ver, ouvir e fazer, estimulando escolhas conscientes e o pensamento crítico frente às mudanças climáticas. No centro da experiência está Carbonia, um planeta fictício que espelha os desafios vividos na Terra. Ali, os visitantes assumem o papel de líderes de diferentes regiões e tomam decisões que impactam diretamente o meio ambiente e o futuro do planeta. Com entrada gratuita e localizada na parte externa do Catavento, próximo à fonte, a experiência é voltada especialmente para crianças acima de 12 anos e adolescentes.

“A ciência já alertou. Agora é hora de tomar consciência e agir. A educação é a principal ferramenta para que as novas gerações compreendam a crise climática e sintam que fazem parte da solução”, afirma Sérgio Pompéia, presidente do IPBio (Instituto de Pesquisas da Biodiversidade) e criador do projeto.  

Imersão sensorial e tomada de decisão

Na prática, o visitante entra em um domo esférico, mais conhecido como geodésica, em que pode ver um documentário de 15 minutos com projeções panorâmicas. O filme narra a história do uso da energia pela humanidade e suas consequências para o clima.

Em seguida, começa o jogo coletivo “O Desafio de Carbonia”. Organizados em grupos, os participantes assumem o papel de gestores de nações que compõem o planeta Carbonia. Cada grupo recebe informações sobre as características do seu bioma — como florestas, montanhas, áreas costeiras, regiões solares ou minerais — e precisa tomar decisões estratégicas sobre geração de energia, uso dos recursos, preservação ambiental, desenvolvimento econômico e bem-estar da população.

A cada rodada, os jogadores escolhem ações que impactam diretamente os indicadores do planeta, como emissões de carbono, qualidade do ar, desmatamento, crise hídrica, geração de energia e estabilidade climática. As escolhas são refletidas em tempo real nas projeções do domo, com mudanças de luzes, sons, gráficos e imagens que mostram as consequências dos caminhos escolhidos, sejam eles positivos ou negativos para o equilíbrio do planeta.

Ao final do jogo, cada grupo visualiza seu desempenho e é convidado a refletir sobre os desafios reais da descarbonização e sobre como as escolhas coletivas moldam o futuro.

A experiência continua na plataforma digital

A experiência imersiva no Museu Catavento é apenas o começo. O público pode continuar explorando os desafios de Carbonia em casa ou na escola por meio de uma plataforma digital interativa. No ambiente online, os participantes podem jogar novamente, de forma individual ou em grupo, acessando também conteúdos complementares como o documentário, uma midiateca com informações científicas, materiais pedagógicos e trilhas educativas voltadas especialmente para professores e estudantes.

A plataforma conta com recursos de gamificação que aumentam o engajamento dos jogadores, como passaporte digital, cards colecionáveis com o desempenho de cada partida, rankings e conquistas. Cada decisão tomada no jogo impacta variáveis como carbono emitido, qualidade dos biomas, bem-estar da população e desenvolvimento sustentável, estimulando a aprendizagem prática e o pensamento crítico sobre os desafios climáticos.

“Estamos muito felizes por realizar esta iniciativa que extrapola nossa narrativa corporativa, ou seja, que vai além dos muros da nossa empresa e do setor em que atuamos para a descarbonização do transporte”, explica Patrícia Acioli, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Scania Operação Industrial para a América Latina, patrocinadora do projeto. “Nesse trabalho a gente coloca a ciência, a cultura e a vivência para passar a mensagem: legado se faz a partir do coletivo, e esperamos que muitas pessoas sejam tocadas pelo projeto”.

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